De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Cerâmicas de cinco mil anos são achadas no Sul
07/06/2004
Fonte: O Globo, Ciência e Vida, p. 22
Cerâmicas de cinco mil anos são achadas no Sul
Giuliano Ventura
Especial para O GLOBO
Cerâmicas com quase cinco mil anos de idade foram encontradas em Campos Novos, no meio-oeste catarinense, por arqueólogos da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). Os fragmentos de objetos indígenas, datados num laboratório americano, são do ano 2860 a.C.
Até então, os objetos desse tipo mais antigos encontrados em sítios arqueológicos no Sul do país eram do ano 200 - disse Marco Aurélio Nadal de Masi, coordenador da pesquisa.
Os fragmentos provavelmente faziam parte de tigelas rudimentares usadas em atividades domésticas. Na Amazônia já foram encontradas cerâmica com mais de 7 mil anos. No Sul, porém, pensava-se que a fabricação dos artefatos pelos índios era bem mais recente.
O interior dos estados do Sul foi muito pouco pesquisado e não são recorrentes datações antigas de cerâmicas nessa região - disse a arqueóloga Maria Dulce Gaspar, do Museu Nacional.
A área da descoberta era habitada pelos índios xokleng e kaingang.
As pesquisas em Campos Novos ainda guardaram mais surpresas para os cientistas. Os xokleng são tradicionalmente apontados como um povo caçador-coletor, com poucos conhecimentos agrícolas. No entanto, uma análise do pólen encontrado em algumas das casas subterrâneas comuns na região revelou traços de vegetais das famílias da batata e do sorgo.
- São indicações de que os xokleng conheciam técnicas agrícolas, mas deixaram de utilizá-las depois da ocupação de suas terras pelos colonizadores em 1700 - disse De Masi.
Índios também esculpiam figuras humanas
Em alguns desses sítios foram encontrados cemitérios indígenas, instrumentos de caça e também figuras humanas de cerâmica, revelando mais uma habilidade que, imaginava-se, os xokleng não tinham.
As escavações da Unisul começaram em 2002 e concentram-se numa área de aproximadamente 50 quilômetros de extensão que será inundada pelo lago da Usina Campos Novos, uma hidrelétrica que está sendo construída na região. A usina deverá ficar pronta em 2006, mas até o ano que vem os arqueólogos querem terminar de recolher objetos dos 260 sítios da área.
O Globo, 07/06/2004. Ciência e Vida, p. 22
Giuliano Ventura
Especial para O GLOBO
Cerâmicas com quase cinco mil anos de idade foram encontradas em Campos Novos, no meio-oeste catarinense, por arqueólogos da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). Os fragmentos de objetos indígenas, datados num laboratório americano, são do ano 2860 a.C.
Até então, os objetos desse tipo mais antigos encontrados em sítios arqueológicos no Sul do país eram do ano 200 - disse Marco Aurélio Nadal de Masi, coordenador da pesquisa.
Os fragmentos provavelmente faziam parte de tigelas rudimentares usadas em atividades domésticas. Na Amazônia já foram encontradas cerâmica com mais de 7 mil anos. No Sul, porém, pensava-se que a fabricação dos artefatos pelos índios era bem mais recente.
O interior dos estados do Sul foi muito pouco pesquisado e não são recorrentes datações antigas de cerâmicas nessa região - disse a arqueóloga Maria Dulce Gaspar, do Museu Nacional.
A área da descoberta era habitada pelos índios xokleng e kaingang.
As pesquisas em Campos Novos ainda guardaram mais surpresas para os cientistas. Os xokleng são tradicionalmente apontados como um povo caçador-coletor, com poucos conhecimentos agrícolas. No entanto, uma análise do pólen encontrado em algumas das casas subterrâneas comuns na região revelou traços de vegetais das famílias da batata e do sorgo.
- São indicações de que os xokleng conheciam técnicas agrícolas, mas deixaram de utilizá-las depois da ocupação de suas terras pelos colonizadores em 1700 - disse De Masi.
Índios também esculpiam figuras humanas
Em alguns desses sítios foram encontrados cemitérios indígenas, instrumentos de caça e também figuras humanas de cerâmica, revelando mais uma habilidade que, imaginava-se, os xokleng não tinham.
As escavações da Unisul começaram em 2002 e concentram-se numa área de aproximadamente 50 quilômetros de extensão que será inundada pelo lago da Usina Campos Novos, uma hidrelétrica que está sendo construída na região. A usina deverá ficar pronta em 2006, mas até o ano que vem os arqueólogos querem terminar de recolher objetos dos 260 sítios da área.
O Globo, 07/06/2004. Ciência e Vida, p. 22
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