De Pueblos Indígenas en Brasil
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Criancas morrem com diarreia na seca do AM
22/10/2005
Fonte: FSP, Cotidiano, p.C7
Cinco eram indígenas
Crianças morrem com diarréia na seca do AM
Kátia Brasil
Pelo menos seis crianças -cinco delas indígenas- morreram no Amazonas, em setembro ou neste mês, com diarréia. A Funasa (Fundação Nacional de Saúde) afirmou que os casos estão associados à escassez de água potável por causa da estiagem.
A situação é mais crítica entre os índios ticunas (das cinco crianças que morreram, quatro eram da etnia) das aldeias localizadas na região do alto Solimões, no oeste amazonense, na qual os igarapés e lagos continuam secos.
"A água não tem qualidade, é lama pura. O problema vem desse material contaminado porque eles estão bebendo água das cacimbas [poços]", diz Francisco Ayres, 43, administrador da Funasa. No Amazonas, são 83.966 índios, segundo a Funai (Fundação Nacional do Índio), sendo cerca de 35 mil no alto Solimões.
Desde o agravamento da estiagem, em agosto, os índios, como os ribeirinhos, abriram cacimbas ao longo das margens dos rios.
De acordo com a Funai, a maioria dos índios não utilizou o hipoclorito de sódio -que purifica a água- porque o produto não chegou às aldeias. "Eles bebem a água que encontram, não têm remédio e não têm comida. Quando chega uma família aqui, nós providenciamos a ajuda", afirmou o administrador da Funai em Tabatinga, Davi Félix Cecílio.
Ayres, da Funasa, afirmou que, em Atalaia do Norte, o hospital local vem diagnosticando, desde o último dia 10, 30 casos por dia de diarréia. Duas crianças -uma delas indígena- morreram.
A Funai confirmou mortes por diarréia também na aldeia Feijoal, em Benjamin Constant e em São Paulo de Olivença. A enfermeira Manuela Muraguchi, 23, do Conselho Geral da Tribo Ticuna, organização que atua na assistência médica da aldeia Feijoal (são 1.900 índios), disse que 25 crianças e 15 adultos estavam doentes ontem, com diarréia, febre e vômitos. "Não tem medicamento para saber se é rotavírus, não há alimentos para os indígenas também", afirmou a enfermeira. A diarréia é um dos sintomas do rotavírus.
Francisco Ayres afirmou que os casos apontam para uma epidemia. Ele disse que a Funasa vai disponibilizar R$ 2 milhões para a rede básica de saneamento.
Ontem, o diretor da Secretaria Nacional de Defesa Civil, José Luís D'Ávila Fernandes, disse que os índios serão beneficiados.
FSP, 22/10/2005, p. C7
Crianças morrem com diarréia na seca do AM
Kátia Brasil
Pelo menos seis crianças -cinco delas indígenas- morreram no Amazonas, em setembro ou neste mês, com diarréia. A Funasa (Fundação Nacional de Saúde) afirmou que os casos estão associados à escassez de água potável por causa da estiagem.
A situação é mais crítica entre os índios ticunas (das cinco crianças que morreram, quatro eram da etnia) das aldeias localizadas na região do alto Solimões, no oeste amazonense, na qual os igarapés e lagos continuam secos.
"A água não tem qualidade, é lama pura. O problema vem desse material contaminado porque eles estão bebendo água das cacimbas [poços]", diz Francisco Ayres, 43, administrador da Funasa. No Amazonas, são 83.966 índios, segundo a Funai (Fundação Nacional do Índio), sendo cerca de 35 mil no alto Solimões.
Desde o agravamento da estiagem, em agosto, os índios, como os ribeirinhos, abriram cacimbas ao longo das margens dos rios.
De acordo com a Funai, a maioria dos índios não utilizou o hipoclorito de sódio -que purifica a água- porque o produto não chegou às aldeias. "Eles bebem a água que encontram, não têm remédio e não têm comida. Quando chega uma família aqui, nós providenciamos a ajuda", afirmou o administrador da Funai em Tabatinga, Davi Félix Cecílio.
Ayres, da Funasa, afirmou que, em Atalaia do Norte, o hospital local vem diagnosticando, desde o último dia 10, 30 casos por dia de diarréia. Duas crianças -uma delas indígena- morreram.
A Funai confirmou mortes por diarréia também na aldeia Feijoal, em Benjamin Constant e em São Paulo de Olivença. A enfermeira Manuela Muraguchi, 23, do Conselho Geral da Tribo Ticuna, organização que atua na assistência médica da aldeia Feijoal (são 1.900 índios), disse que 25 crianças e 15 adultos estavam doentes ontem, com diarréia, febre e vômitos. "Não tem medicamento para saber se é rotavírus, não há alimentos para os indígenas também", afirmou a enfermeira. A diarréia é um dos sintomas do rotavírus.
Francisco Ayres afirmou que os casos apontam para uma epidemia. Ele disse que a Funasa vai disponibilizar R$ 2 milhões para a rede básica de saneamento.
Ontem, o diretor da Secretaria Nacional de Defesa Civil, José Luís D'Ávila Fernandes, disse que os índios serão beneficiados.
FSP, 22/10/2005, p. C7
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