De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Fazendeiro é assassinado por índios em SC
17/02/2004
Fonte: OESP, Nacional, p. A9
Fazendeiro é assassinado por índios em SC
Em Abelardo Luz, grupo de 200 caingangues manteve, ainda, 6 ruralistas como reféns
Jeni Joana Andrade
Um grupo de 200 índios caingangues matou um fazendeiro e manteve outros quatro ruralistas reféns durante todo o dia de ontem, em Abelardo Luz, no oeste de Santa Catarina. Os caingangues fecharam a estrada que passa pelas terras que reivindicam, na localidade de Toldo Embu, a 574 quilômetros de Florianópolis, na noite de domingo.
Mais tarde, na madrugada, o presidente do Sindicato dos Empregadores Rurais da cidade, Olices Stefani, de 53 anos, foi ao local para saber o que estava acontecendo e acabou baleado. Em seguida, seis fazendeiros que passavam pelo local foram feitos reféns. Dois foram liberados pela manhã, após nove horas aprisionados. Os outros ficaram presos até o início da noite.
O secretário de Articulação Nacional de Santa Catarina, Valdir Colatto, pediu a intervenção do presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Mércio Pereira Gomes para evitar o agravamento do conflito. "A situação é insustentável e o confronto poderá tomar dimensões incontroláveis", disse.
Ao falar sobre a morte do sindicalista, o cacique Albari Santos disse que os índios estavam se defendendo. "Ele chegou e deu dois tiros", afirmou.
O autor do disparo ainda não tinha sido identificado até ontem à noite.
Sobre os reféns, Santos disse que aquela foi a forma que encontraram para pressionar o governo a dar uma solução para o impasse que se arrasta há mais de um ano.
De acordo com os primeiros resultados da investigação policial, a caminhonete que Stefani dirigia foi alvejada três vezes. O sindicalista perdeu o controle do veículo, que capotou.
Demarcação - O cacique Santos representa 41 famílias, que vivem numa área de apenas 9 hectares, em Toldo Embu. Eles reivindicam a ampliação da reserva, com a demarcação de outros 2 mil hectares que teriam pertencido aos seus antepassados. Nas manifestações do final eles contaram com o apoio de um grupo de aproximadamente cem índios do Paraná, que se deslocaram até Santa Catarina em dois ônibus.
O processo de demarcação da área reivindicada pelos índios já passou por todas as fases administrativas e aguarda a decisão do Ministério da Justiça.
No ano passado, autoridades de Santa Catarina e entidades ruralistas pressionaram o governo federal e conseguiram reabrir as discussões sobre a indenização dos proprietários.
Tensão - O presidente da Funai disse ontem que, embora considere justas as reivindicações dos índios, não aprova sua forma de ação. "Já encaminhamos todo o processo de demarcação das terras", disse.
"Eles devem aguardar a decisão do Ministério da Justiça, que virá na hora adequada."
Gomes também quer que o grupo paranaense que se deslocou para a região, para apoiar as manifestações dos caingangues, retorne ao seu local de origem. "Já pedimos às autoridades que os escoltem até Mangueirinha, onde moram", disse.
Segundo o presidente da Funai, a presença de outros grupos de índios na região pode agravar o estado de tensão. "Sabemos dos problemas dos caingangues, que nos anos 50 e 60 foram deslocados das terras em que viviam e confinados em áreas muito pequenas", disse Gomes. Também sabemos que, com o aumento da população indígena, seus problemas se agravaram. Mas a melhor coisa a fazer agora é esperar a decisão da Justiça."(Colaborou Roldão Arruda)
OESP, 17/02/2004, Nacional, p. A9
Em Abelardo Luz, grupo de 200 caingangues manteve, ainda, 6 ruralistas como reféns
Jeni Joana Andrade
Um grupo de 200 índios caingangues matou um fazendeiro e manteve outros quatro ruralistas reféns durante todo o dia de ontem, em Abelardo Luz, no oeste de Santa Catarina. Os caingangues fecharam a estrada que passa pelas terras que reivindicam, na localidade de Toldo Embu, a 574 quilômetros de Florianópolis, na noite de domingo.
Mais tarde, na madrugada, o presidente do Sindicato dos Empregadores Rurais da cidade, Olices Stefani, de 53 anos, foi ao local para saber o que estava acontecendo e acabou baleado. Em seguida, seis fazendeiros que passavam pelo local foram feitos reféns. Dois foram liberados pela manhã, após nove horas aprisionados. Os outros ficaram presos até o início da noite.
O secretário de Articulação Nacional de Santa Catarina, Valdir Colatto, pediu a intervenção do presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Mércio Pereira Gomes para evitar o agravamento do conflito. "A situação é insustentável e o confronto poderá tomar dimensões incontroláveis", disse.
Ao falar sobre a morte do sindicalista, o cacique Albari Santos disse que os índios estavam se defendendo. "Ele chegou e deu dois tiros", afirmou.
O autor do disparo ainda não tinha sido identificado até ontem à noite.
Sobre os reféns, Santos disse que aquela foi a forma que encontraram para pressionar o governo a dar uma solução para o impasse que se arrasta há mais de um ano.
De acordo com os primeiros resultados da investigação policial, a caminhonete que Stefani dirigia foi alvejada três vezes. O sindicalista perdeu o controle do veículo, que capotou.
Demarcação - O cacique Santos representa 41 famílias, que vivem numa área de apenas 9 hectares, em Toldo Embu. Eles reivindicam a ampliação da reserva, com a demarcação de outros 2 mil hectares que teriam pertencido aos seus antepassados. Nas manifestações do final eles contaram com o apoio de um grupo de aproximadamente cem índios do Paraná, que se deslocaram até Santa Catarina em dois ônibus.
O processo de demarcação da área reivindicada pelos índios já passou por todas as fases administrativas e aguarda a decisão do Ministério da Justiça.
No ano passado, autoridades de Santa Catarina e entidades ruralistas pressionaram o governo federal e conseguiram reabrir as discussões sobre a indenização dos proprietários.
Tensão - O presidente da Funai disse ontem que, embora considere justas as reivindicações dos índios, não aprova sua forma de ação. "Já encaminhamos todo o processo de demarcação das terras", disse.
"Eles devem aguardar a decisão do Ministério da Justiça, que virá na hora adequada."
Gomes também quer que o grupo paranaense que se deslocou para a região, para apoiar as manifestações dos caingangues, retorne ao seu local de origem. "Já pedimos às autoridades que os escoltem até Mangueirinha, onde moram", disse.
Segundo o presidente da Funai, a presença de outros grupos de índios na região pode agravar o estado de tensão. "Sabemos dos problemas dos caingangues, que nos anos 50 e 60 foram deslocados das terras em que viviam e confinados em áreas muito pequenas", disse Gomes. Também sabemos que, com o aumento da população indígena, seus problemas se agravaram. Mas a melhor coisa a fazer agora é esperar a decisão da Justiça."(Colaborou Roldão Arruda)
OESP, 17/02/2004, Nacional, p. A9
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