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Governo é 'leniente' com índios, diz líder ruralista
29/01/2004
Fonte: OESP, Nacional, p. A10
Governo é 'leniente' com índios, diz líder ruralista
ROLDÃO ARRUDA
O presidente da Sociedade Rural Brasileira, João de Almeida Sampaio Filho, acusou ontem o governo federal de estar sendo "leniente" no tratamento das invasões de propriedades rurais pelos índios caiovás-guaranis, no Mato Grosso do Sul.
"Estou estarrecido", disse o líder ruralista. "O governo desviou o foco da discussão. Enquanto os índios invadem propriedades, roubam, destróem casas, vilependiam os direitos mais básicos dos fazendeiros, como mostrou a reportagem do Estado, o governo fica discutindo o que vai fazer se mais tarde for comprovado que a terra pertence mesmo aos índios."
Sampaio Filho citou especificamente o Ministério da Justiça, a Casa Civil e a Fundação Nacional do Índio (Funai). "O ministro da Justiça e o presidente da Funai esqueceram o aspecto básico desta polêmica, que é o desrespeito à lei. Há poucos dias li uma entrevista do ministro José Dirceu, na qual ele afirma a necessidade de se respeitar os direitos de todos os cidadãos.
Então, pergunto a ele: onde ficaram os direitos elementares dos fazendeiros, o direito à propriedade privada?"
Para o presidente da Rural, se ficar constatado que antropólogos e agentes da Funai estão estimulando as invasões, eles também devem ser responsabilizados criminalmente: "Esses flagrantes desrespeitos à lei não podem ficar impunes. O País não pode tolerar esses absurdos."
O líder ruralista manifestou o temor de que as ações dos caivás-guaranis na região dos municípios de Iguatemi e Japorã seja uma espécie de teste:
"Acredito que estão testando os limites do governo e se preparando para invasões em outros lugares do País. O Mato Grosso do Sul pode ser apenas um teste."
Impasse - No Mato Grosso do Sul, o impasse entre índios e fazendeiros, em torno da desocupação das propriedades, prosseguia até ontem. Durante uma reunião com representantes da Polícia Federal, da Ordem dos Advogados do Brasil, da Justiça Federal e da Secretaria de Segurança, os fazendeiros rejeitaram uma proposta apresentada pelos índios, de desocupar 12 das 14 fazendas invadidas na região.
"Eles querem ficar nas duas maiores propriedades, o que é absurdo", disse o presidente do Movimento Nacional dos Produtores, João Bosco Leal.
Os fazendeiros propuseram a desocupação total da área e a formação de uma comissão, com representantes da Funai e peritos indicados pelo Judiciário, para analisar as reivindicações dos índios e apresentar suas conclusões em seis meses.
OESP, Nacional, 29/01/2004, p. A10
ROLDÃO ARRUDA
O presidente da Sociedade Rural Brasileira, João de Almeida Sampaio Filho, acusou ontem o governo federal de estar sendo "leniente" no tratamento das invasões de propriedades rurais pelos índios caiovás-guaranis, no Mato Grosso do Sul.
"Estou estarrecido", disse o líder ruralista. "O governo desviou o foco da discussão. Enquanto os índios invadem propriedades, roubam, destróem casas, vilependiam os direitos mais básicos dos fazendeiros, como mostrou a reportagem do Estado, o governo fica discutindo o que vai fazer se mais tarde for comprovado que a terra pertence mesmo aos índios."
Sampaio Filho citou especificamente o Ministério da Justiça, a Casa Civil e a Fundação Nacional do Índio (Funai). "O ministro da Justiça e o presidente da Funai esqueceram o aspecto básico desta polêmica, que é o desrespeito à lei. Há poucos dias li uma entrevista do ministro José Dirceu, na qual ele afirma a necessidade de se respeitar os direitos de todos os cidadãos.
Então, pergunto a ele: onde ficaram os direitos elementares dos fazendeiros, o direito à propriedade privada?"
Para o presidente da Rural, se ficar constatado que antropólogos e agentes da Funai estão estimulando as invasões, eles também devem ser responsabilizados criminalmente: "Esses flagrantes desrespeitos à lei não podem ficar impunes. O País não pode tolerar esses absurdos."
O líder ruralista manifestou o temor de que as ações dos caivás-guaranis na região dos municípios de Iguatemi e Japorã seja uma espécie de teste:
"Acredito que estão testando os limites do governo e se preparando para invasões em outros lugares do País. O Mato Grosso do Sul pode ser apenas um teste."
Impasse - No Mato Grosso do Sul, o impasse entre índios e fazendeiros, em torno da desocupação das propriedades, prosseguia até ontem. Durante uma reunião com representantes da Polícia Federal, da Ordem dos Advogados do Brasil, da Justiça Federal e da Secretaria de Segurança, os fazendeiros rejeitaram uma proposta apresentada pelos índios, de desocupar 12 das 14 fazendas invadidas na região.
"Eles querem ficar nas duas maiores propriedades, o que é absurdo", disse o presidente do Movimento Nacional dos Produtores, João Bosco Leal.
Os fazendeiros propuseram a desocupação total da área e a formação de uma comissão, com representantes da Funai e peritos indicados pelo Judiciário, para analisar as reivindicações dos índios e apresentar suas conclusões em seis meses.
OESP, Nacional, 29/01/2004, p. A10
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