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Justiça determina a desocupação de 14 fazendas invadidas em MS
15/01/2004
Fonte: FSP, Brasil, p. A7
Justiça determina a desocupação de 14 fazendas invadidas em MS
Caso "pode acabar em morte", diz índio
Hudson Corrêa
Da Agência Folha, em Campo Grande
O juiz federal Odilon de Oliveira, 54, determinou ontem a desocupação de 14 fazendas invadidas desde dezembro por 3.000 índios das etnias guarani e caiuá em Japorã (464 km de Campo Grande).
Oliveira deu prazo de três dias úteis, a contar da notificação, para a Funai (Fundação Nacional do Índio) desocupar as áreas, sob pena de multa diária de R$ 2.000.
"É bem capaz de isso acabar em morte de branco ou de índio", disse ontem à Agência Folha o guarani Gumercindo Fernandes, 38. Segundo ele, os índios vão resistir a uma desocupação.
Se, após o prazo, as propriedades continuarem invadidas, a Polícia Federal deverá realizar a desocupação, determinou Oliveira.
A decisão foi tomada em seis processos movidos por 13 ruralistas. Oliveira afirma que são 14 invasões. Os índios dizem que estão em sete, e o MNP (Movimento Nacional dos Produtores) relaciona 11 fazendas e dois sítios. A Polícia Civil registrou seis invasões.
As lideranças indígenas, segundo Fernandes, ouviram a notícia sobre a decisão pelo rádio. "O juiz deveria vir aqui dizer de boca o que decidiu", afirmou. No dia 9, Oliveira foi a uma das fazendas em busca de acordo. Na ocasião, disse que "não estava ali para despejar ninguém". Ontem, o juiz não deu entrevistas.
O administrador regional da Funai, Wilian Rodrigues, disse que vai recorrer da decisão. Segundo ele, a fundação não pode ir contra os interesses dos índios nem tem estrutura para a desocupação. Por meio de sua assessoria, o superintendente da PF Wantuir Brasil Jacini informou que, após ser notificado da decisão, deve falar sobre a operação na região de conflito, mas adiantou que uma ação policial demanda tempo.
Dono da fazenda Ressaca, o pecuarista Flávio Teles de Menezes, 58, disse ontem ter recebido informações sobre furto de gado nas áreas invadidas. Os animais seriam levados para o Paraguai. Cerca de 5.000 animais estão nas fazendas tomadas pelos índios.
Os indígenas relataram ao juiz que o gado é levado por ladrões vindos do Paraguai.
FSP, 15/01/2004, Brasil, p. A7
Caso "pode acabar em morte", diz índio
Hudson Corrêa
Da Agência Folha, em Campo Grande
O juiz federal Odilon de Oliveira, 54, determinou ontem a desocupação de 14 fazendas invadidas desde dezembro por 3.000 índios das etnias guarani e caiuá em Japorã (464 km de Campo Grande).
Oliveira deu prazo de três dias úteis, a contar da notificação, para a Funai (Fundação Nacional do Índio) desocupar as áreas, sob pena de multa diária de R$ 2.000.
"É bem capaz de isso acabar em morte de branco ou de índio", disse ontem à Agência Folha o guarani Gumercindo Fernandes, 38. Segundo ele, os índios vão resistir a uma desocupação.
Se, após o prazo, as propriedades continuarem invadidas, a Polícia Federal deverá realizar a desocupação, determinou Oliveira.
A decisão foi tomada em seis processos movidos por 13 ruralistas. Oliveira afirma que são 14 invasões. Os índios dizem que estão em sete, e o MNP (Movimento Nacional dos Produtores) relaciona 11 fazendas e dois sítios. A Polícia Civil registrou seis invasões.
As lideranças indígenas, segundo Fernandes, ouviram a notícia sobre a decisão pelo rádio. "O juiz deveria vir aqui dizer de boca o que decidiu", afirmou. No dia 9, Oliveira foi a uma das fazendas em busca de acordo. Na ocasião, disse que "não estava ali para despejar ninguém". Ontem, o juiz não deu entrevistas.
O administrador regional da Funai, Wilian Rodrigues, disse que vai recorrer da decisão. Segundo ele, a fundação não pode ir contra os interesses dos índios nem tem estrutura para a desocupação. Por meio de sua assessoria, o superintendente da PF Wantuir Brasil Jacini informou que, após ser notificado da decisão, deve falar sobre a operação na região de conflito, mas adiantou que uma ação policial demanda tempo.
Dono da fazenda Ressaca, o pecuarista Flávio Teles de Menezes, 58, disse ontem ter recebido informações sobre furto de gado nas áreas invadidas. Os animais seriam levados para o Paraguai. Cerca de 5.000 animais estão nas fazendas tomadas pelos índios.
Os indígenas relataram ao juiz que o gado é levado por ladrões vindos do Paraguai.
FSP, 15/01/2004, Brasil, p. A7
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