De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Tensão volta a rondar a selva
30/04/2004
Fonte: CB, Brasil, p.19
Tensão volta a rondar a selva
Índios dizem que garimpeiros voltaram a entrar na reserva Roosevelt, em Rondônia. PF fará buscas na região onde 29 homens brancos foram assassinados no início do mês
A ameaça de um novo confronto entre indígenas e garimpeiros em Rondônia volta a mobilizar a Polícia Federal (PF) e a direção da Fundação Nacional do Índio (Funai). A tensão voltou à reserva Roosevelt depois que caciques cinta-larga avisaram a Polícia Federal sobre a entrada na área de um grupo formado por 50 a 100 garimpeiros. Eles estariam perto da Grota do Sossego, onde 29 garimpeiros foram mortos na Semana Santa.
Os garimpeiros estariam armados e o governo teme um novo conflito. Hoje, a PF vai se reunir com as lideranças locais para decidir como chegar ao local para retirar os garimpeiros. Na próxima semana, as Forças Armadas começarão a destruir todas as pistas de pouso em terras indígenas da região.
A PF pretende evitar que os garimpeiros se encontrem com índios e possam provocar uma nova tragédia, vingando a morte de 29 mineradores. O delegado federal Mauro Spósito, coordenador-geral de Operações Especiais de Fronteira, já está na cidade de Espigão D'Oeste, uma das entradas da reserva. A situação também está sendo acompanhada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.
Depoimentos
A intenção da Polícia Federal era estabelecer um clima de tranqüilidade na região para depois iniciar as investigações e a fase de depoimentos dos índios sobre as 29 mortes. Mas a tensão gerada com a informação da presença de garimpeiros fez com que o cronograma fosse alterado e a meta agora é tirar os garimpeiros da área para evitar confrontos.
A informação da presença de garimpeiros na reserva Roosevelt foi dada à Fundação Nacional do Índio (Funai) pelo cacique cinta-larga Panderê, que esteve em Porto Velho. A notícia foi repassada à PF que acionou a força-tarefa que atua na área na repressão a diversos tipos de crimes.
Segundo o secretário de Acompanhamento e Estudos Institucionais (Saei) do GSI, José Alberto Cunha Couto, a informação ainda seria confirmada, mas a entrada na área seria feita a partir desta sexta-feira.
Pistas
A força-tarefa formada pela PF, Forças Armadas e outros órgãos federais vai começar a atuar dentro das áreas indígenas, e uma das primeiras tarefas é destruir as pistas de pouso na área. Pelo menos três conhecidas estão na Roosevelt e eram utilizadas pelos próprios índios para o contrabando de diamantes, já que a região tem uma das maiores jazidas do país.
Além disso, navios do Comando da Marinha começaram a fazer patrulhas nos rios Mamoré, Guaporé, Madeira e Abunã, para tentar evitar ações do crime organizado por via fluvial. ''Depois que a Marinha começou este trabalho, simplesmente quase não há navegação. Ou seja, algo estava errado'', analisou Cunha Couto. Segundo ele, a Força Aérea Brasileira também irá fazer uma varredura no espaço aéreo de Rondônia.
As ações conjuntas faz parte da Operação Mamoré, desencadeada no dia 20 passado. O governo federal não descarta o envio de mais tropas para Rondônia, caso seja necessário.
CB, 30/04/2004, Brasil, p. 19
Índios dizem que garimpeiros voltaram a entrar na reserva Roosevelt, em Rondônia. PF fará buscas na região onde 29 homens brancos foram assassinados no início do mês
A ameaça de um novo confronto entre indígenas e garimpeiros em Rondônia volta a mobilizar a Polícia Federal (PF) e a direção da Fundação Nacional do Índio (Funai). A tensão voltou à reserva Roosevelt depois que caciques cinta-larga avisaram a Polícia Federal sobre a entrada na área de um grupo formado por 50 a 100 garimpeiros. Eles estariam perto da Grota do Sossego, onde 29 garimpeiros foram mortos na Semana Santa.
Os garimpeiros estariam armados e o governo teme um novo conflito. Hoje, a PF vai se reunir com as lideranças locais para decidir como chegar ao local para retirar os garimpeiros. Na próxima semana, as Forças Armadas começarão a destruir todas as pistas de pouso em terras indígenas da região.
A PF pretende evitar que os garimpeiros se encontrem com índios e possam provocar uma nova tragédia, vingando a morte de 29 mineradores. O delegado federal Mauro Spósito, coordenador-geral de Operações Especiais de Fronteira, já está na cidade de Espigão D'Oeste, uma das entradas da reserva. A situação também está sendo acompanhada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.
Depoimentos
A intenção da Polícia Federal era estabelecer um clima de tranqüilidade na região para depois iniciar as investigações e a fase de depoimentos dos índios sobre as 29 mortes. Mas a tensão gerada com a informação da presença de garimpeiros fez com que o cronograma fosse alterado e a meta agora é tirar os garimpeiros da área para evitar confrontos.
A informação da presença de garimpeiros na reserva Roosevelt foi dada à Fundação Nacional do Índio (Funai) pelo cacique cinta-larga Panderê, que esteve em Porto Velho. A notícia foi repassada à PF que acionou a força-tarefa que atua na área na repressão a diversos tipos de crimes.
Segundo o secretário de Acompanhamento e Estudos Institucionais (Saei) do GSI, José Alberto Cunha Couto, a informação ainda seria confirmada, mas a entrada na área seria feita a partir desta sexta-feira.
Pistas
A força-tarefa formada pela PF, Forças Armadas e outros órgãos federais vai começar a atuar dentro das áreas indígenas, e uma das primeiras tarefas é destruir as pistas de pouso na área. Pelo menos três conhecidas estão na Roosevelt e eram utilizadas pelos próprios índios para o contrabando de diamantes, já que a região tem uma das maiores jazidas do país.
Além disso, navios do Comando da Marinha começaram a fazer patrulhas nos rios Mamoré, Guaporé, Madeira e Abunã, para tentar evitar ações do crime organizado por via fluvial. ''Depois que a Marinha começou este trabalho, simplesmente quase não há navegação. Ou seja, algo estava errado'', analisou Cunha Couto. Segundo ele, a Força Aérea Brasileira também irá fazer uma varredura no espaço aéreo de Rondônia.
As ações conjuntas faz parte da Operação Mamoré, desencadeada no dia 20 passado. O governo federal não descarta o envio de mais tropas para Rondônia, caso seja necessário.
CB, 30/04/2004, Brasil, p. 19
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