De Pueblos Indígenas en Brasil

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Representação política ainda é limitada

18/02/2002

Autor: Luciene Dias

Fonte: Jornal do Tocantins-Palmas-TO



O Tocantins ainda carece de ações voltadas para elevar a participação dos povos indígenas na vida política. Distante apenas 80 quilômetros de Palmas, Tocantínia pode ser tida como exemplo por ter sido a primeira cidade do Estado a criar uma secretaria específica para tratar das questões indígenas. A Secretaria Municipal para Assuntos Indígenas, criada em março do ano passado, é ocupada simultaneamente por dois representantes da nação Xerente, Vitorino de Brito Xerente e Vilmar da Mata de Brito Xerente.

Vilmar (PSDB), por sinal, é vereador eleito no município, que tem também um suplente na Câmara, Paulo Xerente (PST). A representatividade tem uma explicação: dos 2.045 eleitores de Tocantínia, cerca de 900 são indígenas. O dado impreciso quanto ao número de eleitores indígenas, não só em Tocantínia como em todo o País, é um problema para ser repensado porque a Justiça Eleitoral não especifica a etnia dos eleitores no momento do cadastramento. Somente uma pesquisa específica poderia determinar quantos eleitores indígenas, negros ou brancos têm cada área representada.

A Secretaria tem conseguido promover a discussão das necessidades dos índios. Segundo o vice-prefeito da cidade, João Hélio (PSDB), não são raras as reuniões com a população representante da nação indígena para avaliar as prioridades da pasta. Vitorino disse que como o forte da atuação profissional dos indígenas é o artesanato a secretaria se preocupa em "dar melhores condições para a comercialização desses produtos".

Vitorino Xerente garante que a meta dos índios de Tocantínia é ampliar o eleitorado local dos cerca de 44% atuais para mais de 50%. Os planos são ousados, e entre eles está a eleição de pelo menos quatro vereadores nas eleições proporcionais de 2004 e a eleição do prefeito e da maioria na Câmara de Vereadores já em 2008.
 

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