De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Indios interditam estrada em Maracanaú
03/05/2006
Autor: Rocélia Santos
Fonte: O Povo-Fortaleza-CE
Os índios pitaguars estão apreensivos com a violência constante que vem sendo registrada em seu território. Como forma de protesto, eles resolveram interditar uma estrada que dá acesso ao açude e à comunidade. A iniciativa tem o apoio da Funai
A insegurança e a violência em uma estrada que dá acesso ao açude Santo Antônio, dentro do território indígena dos pitaguaris, em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, fez com que a comunidade da aldeia de Santo Antônio tomasse uma medida drástica para tentar solucionar o problema: interditar a estrada e limitar o acesso ao açude. Segundo uma das lideranças pitaguaris, Maria da Conceição Alves Feitosa, constantemente os índios e visitantes da comunidade eram alvos de assaltantes. Ela relata que nos fins de semana, pessoas promoviam "badernas durante bebedeiras no açude", desrespeitando o território indígena. Por conta disso, os pitaguaris resolveram restringir o acesso de pessoas estranhas ao local.
"Nós estamos em completa insegurança, muitos assaltos estavam ocorrendo na estrada que dá acesso à aldeia. Ficamos com medo de sair por conta da insegurança. Um dia desses um índio chegou a ser baleado durante um tiroteio dentro da aldeia", conta. Conceição disse que, à noite, o risco de assaltos na estrada é maior, por conta da precária iluminação decorrente da ação de vândalos que roubaram os cabos de baixa tensão e quebraram lâmpadas dos postes de iluminação pública para facilitar a ação no local.
Os índios se revezam, dia e noite, no portão de acesso à aldeia.Visitas ao açude agora só podem ser feitas mediante autorização da comunidade. "O pessoal de escolas, universidades que queiram fazer um lazer no açude devem ligar e marcar conosco. Mas só queremos pessoas que não venham fazer bagunça em nosso território", avisa Conceição.
A iniciativa dos pitaguaris tem apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai). Segundo o administrador do órgão no Ceará, Nemésio Moreira de Oliveira, a comunidade de Santo Antônio enviou um documento, assinado pelas lideranças locais, relatando a situação de insegurança e pedindo providências. "Eles tomaram essa iniciativa no intuito de conter a violência no local e proteger a terra deles de pessoas estranhas que estavam levando violência. Eles estavam sendo constrangidos dentro de sua própria terra. Nós apoiamos essa iniciativa no sentido de proteger a terra indígena e estar junto deles nessa ação de prevenção", observa Moreira.
O administrador afirmou que entrou em contato com o Comando da Polícia Militar de Maracanaú, que prometeu realizar rondas noturnas nas proximidades da aldeia para tentar coibir a ação dos vândalos. Ele afirmou também que encaminhou um ofício à Coelce para resolver o problema da iluminação pública na estrada.
De acordo com a assessoria de imprensa da Coelce, essa área indígena tem o maior índice de vandalismo registrado pela empresa, relatando que foram roubados dois transformadores, mais de 20 luminárias e cabos de baixa tensão. Ela garantiu que a Coelce fará hoje um levantamento no local e, no máximo até sexta-feira, o trabalho estará concluído. A assessoria ressaltou que é a terceira intervenção na região e que o órgão está fazendo um monitoramento constante, especialmente à noite, na tentativa de combater a ação de vândalos.
A insegurança e a violência em uma estrada que dá acesso ao açude Santo Antônio, dentro do território indígena dos pitaguaris, em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, fez com que a comunidade da aldeia de Santo Antônio tomasse uma medida drástica para tentar solucionar o problema: interditar a estrada e limitar o acesso ao açude. Segundo uma das lideranças pitaguaris, Maria da Conceição Alves Feitosa, constantemente os índios e visitantes da comunidade eram alvos de assaltantes. Ela relata que nos fins de semana, pessoas promoviam "badernas durante bebedeiras no açude", desrespeitando o território indígena. Por conta disso, os pitaguaris resolveram restringir o acesso de pessoas estranhas ao local.
"Nós estamos em completa insegurança, muitos assaltos estavam ocorrendo na estrada que dá acesso à aldeia. Ficamos com medo de sair por conta da insegurança. Um dia desses um índio chegou a ser baleado durante um tiroteio dentro da aldeia", conta. Conceição disse que, à noite, o risco de assaltos na estrada é maior, por conta da precária iluminação decorrente da ação de vândalos que roubaram os cabos de baixa tensão e quebraram lâmpadas dos postes de iluminação pública para facilitar a ação no local.
Os índios se revezam, dia e noite, no portão de acesso à aldeia.Visitas ao açude agora só podem ser feitas mediante autorização da comunidade. "O pessoal de escolas, universidades que queiram fazer um lazer no açude devem ligar e marcar conosco. Mas só queremos pessoas que não venham fazer bagunça em nosso território", avisa Conceição.
A iniciativa dos pitaguaris tem apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai). Segundo o administrador do órgão no Ceará, Nemésio Moreira de Oliveira, a comunidade de Santo Antônio enviou um documento, assinado pelas lideranças locais, relatando a situação de insegurança e pedindo providências. "Eles tomaram essa iniciativa no intuito de conter a violência no local e proteger a terra deles de pessoas estranhas que estavam levando violência. Eles estavam sendo constrangidos dentro de sua própria terra. Nós apoiamos essa iniciativa no sentido de proteger a terra indígena e estar junto deles nessa ação de prevenção", observa Moreira.
O administrador afirmou que entrou em contato com o Comando da Polícia Militar de Maracanaú, que prometeu realizar rondas noturnas nas proximidades da aldeia para tentar coibir a ação dos vândalos. Ele afirmou também que encaminhou um ofício à Coelce para resolver o problema da iluminação pública na estrada.
De acordo com a assessoria de imprensa da Coelce, essa área indígena tem o maior índice de vandalismo registrado pela empresa, relatando que foram roubados dois transformadores, mais de 20 luminárias e cabos de baixa tensão. Ela garantiu que a Coelce fará hoje um levantamento no local e, no máximo até sexta-feira, o trabalho estará concluído. A assessoria ressaltou que é a terceira intervenção na região e que o órgão está fazendo um monitoramento constante, especialmente à noite, na tentativa de combater a ação de vândalos.
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