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Por falta de transporte, cesta atrasou para índios

14/02/2007

Autor: Hélio de Freitas

Fonte: Campo Grande News/Corumbá On-Line



Há seis dias a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) distribui nas aldeias Bororó e Jaguapiru, na reserva de Dourados, as 2.200 cestas de alimentos enviadas pelo MDS (Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome). A distribuição deveria ter sido feita em janeiro, mas as cestas ficaram quase um mês paradas na Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), em Campo Grande. Segundo a Funasa, houve atraso no convênio para transporte dos alimentos até às aldeias.

Apesar da entrega das cestas do programa Fome Zero, os índios reclamam que os alimentos são insuficientes. "A cesta tem dez quilos de arroz, dá para uma semana no máximo", afirma o capitão da aldeia Jaguapiru, Renato de Souza. É o caso do índio Albino Montania, pai de sete filhos. Ele mora em um barraco na aldeia Bororó. Nesta semana ele recebeu a cesta enviada pelo MDS, mas os alimentos deram para apenas para dois dias.

Renato de Souza diz que as cestas distribuídas pela Funasa são entregues apenas nas casas onde existem crianças desnutridas ou em risco nutricional. Já o capitão da Bororó, Luciano Arévalo, afirma que as famílias que perderam as cestas do governo do Estado - suspensas pelo governador André Puccinelli (PMDB) juntamente com todos os programas sociais mantidos pelo Estado - estão sobrevivendo da ajuda de parentes. "Quem trabalha nas usinas de álcool ganha algum dinheiro. Os aposentados estão ajudando os filhos e os netos", conta o líder indígena.

Luciano Arévalo disse que a crise na entrega das cestas trouxe de volta costumes antigos dos guaranis-caiuás que foram deixados de lado com a entrega de alimentos na porta de casa. "A gente vê crianças na beira dos córregos, tentando pegar um peixe para comer".
 

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