De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
O Futuro do Xingu depende de nós
28/06/1999
Fonte: ISA
ISA faz campanha para salvas as nascentes do rio Xingu.
A criação do Parque Nacional do Xingu foi uma ousada iniciativa para a sua época. Baseou-se numa figura da legislação ambiental, antecipando de forma concreta o vínculo simbólico entre os índios e a proteção ao meio ambiente. Desde então, tornou-se um cartão postal da política indigenista brasileira, uma presença freqüente na agenda de chefes de Estado e de grandes personalidades em visita ao Brasil. A sua existência está intimamente ligada ao imaginário coletivo do povo brasileiro e não há quem não faça neste país uma associação direta entre o Rio Xingu e os povos indígenas que nele vivem.
Até hoje o Parque mantém a integridade das suas condições ambientais. O empenho do Estado brasileiro e a força simbólica do Xingu foram decisivos para que ele fosse reconhecido e respeitado inclusive por seus vizinhos, o que raramente ocorre com as outras terras indígenas. Os índios mantém suas línguas e tradições, sem prejuízo dos intercâmbios entre eles e com a sociedade nacional, e desenvolvem suas atividades produtivas com baixo impacto.
Porém, o apoio oficial perdeu força nos últimos anos com a crise geral do Estado e o seu impacto sobre a Funai. A presença do Estado é cada vez menor, os recursos são mais escassos, os postos indígenas estão sucateados. Apesar disso, os índios do Xingu não sucumbiram ao assédio de madeireiros ou garimpeiros e passaram a se organizar para enfrentar os seus problemas. Em 96 criaram a ATIX, Associação Terra Indígena do Xingu, que reúne representantes das 14 etnias do Parque. Passaram, então, a buscar parcerias para desenvolver projetos do seu interesse e novas formas de convivência entre si.
Por outro lado, o processo de ocupação das regiões no entorno do Parque se intensificou de forma impressionante nos últimos anos. Surgiram novas cidades e estradas. A fronteira agrícola expandiu-se até lá. Garimpos, madeireiras e todos os fatores perversos da ocupação desordenada da Amazônia já se fazem presentes. O desmatamento avança sem controle e já arrasou cerca de 30% de toda a extensão da bacia do Rio Xingu no estado do Mato Grosso, num verdadeiro abraço de morte.
Apesar da sua extensão significativa, a área do Parque excluiu todos os principais formadores e cabeceiras do Rio Xingu. A destruição das matas ciliares, a erosão e o uso de agrotóxicos no seu entorno já deteriora a qualidade das águas e produz fortes impactos sobre os povos indígenas.
Diante dessa ameaça para o futuro do Parque e do Rio Xingu, o Instituto Socioambiental (ISA) vem contatando outras entidades, governos e pessoas interessadas em lançar uma campanha, "SOS RIO XINGU", visando mobilizar a opinião pública e criar as condições para que os poderes públicos tomem iniciativas concretas para reverter este abraço de morte e assumam responsabilidades com o Xingu e o seu futuro.
Quando o ISA procurou as lideranças indígenas do Parque para perguntar o que achavam da idéia dessa campanha, os índios responderam: "Nós já estamos fazendo a nossa parte e gostaríamos que os brancos fizessem a sua". É isso: O FUTURO DO XINGU DEPENDE DE NÓS, da capacidade da nossa sociedade de se indignar e reagir à devastação crescente das nascentes do Xingu. De corrigir erros do passado e do presente. De enfrentar essa situação imediatamente, antes que seja tarde demais.
A criação do Parque Nacional do Xingu foi uma ousada iniciativa para a sua época. Baseou-se numa figura da legislação ambiental, antecipando de forma concreta o vínculo simbólico entre os índios e a proteção ao meio ambiente. Desde então, tornou-se um cartão postal da política indigenista brasileira, uma presença freqüente na agenda de chefes de Estado e de grandes personalidades em visita ao Brasil. A sua existência está intimamente ligada ao imaginário coletivo do povo brasileiro e não há quem não faça neste país uma associação direta entre o Rio Xingu e os povos indígenas que nele vivem.
Até hoje o Parque mantém a integridade das suas condições ambientais. O empenho do Estado brasileiro e a força simbólica do Xingu foram decisivos para que ele fosse reconhecido e respeitado inclusive por seus vizinhos, o que raramente ocorre com as outras terras indígenas. Os índios mantém suas línguas e tradições, sem prejuízo dos intercâmbios entre eles e com a sociedade nacional, e desenvolvem suas atividades produtivas com baixo impacto.
Porém, o apoio oficial perdeu força nos últimos anos com a crise geral do Estado e o seu impacto sobre a Funai. A presença do Estado é cada vez menor, os recursos são mais escassos, os postos indígenas estão sucateados. Apesar disso, os índios do Xingu não sucumbiram ao assédio de madeireiros ou garimpeiros e passaram a se organizar para enfrentar os seus problemas. Em 96 criaram a ATIX, Associação Terra Indígena do Xingu, que reúne representantes das 14 etnias do Parque. Passaram, então, a buscar parcerias para desenvolver projetos do seu interesse e novas formas de convivência entre si.
Por outro lado, o processo de ocupação das regiões no entorno do Parque se intensificou de forma impressionante nos últimos anos. Surgiram novas cidades e estradas. A fronteira agrícola expandiu-se até lá. Garimpos, madeireiras e todos os fatores perversos da ocupação desordenada da Amazônia já se fazem presentes. O desmatamento avança sem controle e já arrasou cerca de 30% de toda a extensão da bacia do Rio Xingu no estado do Mato Grosso, num verdadeiro abraço de morte.
Apesar da sua extensão significativa, a área do Parque excluiu todos os principais formadores e cabeceiras do Rio Xingu. A destruição das matas ciliares, a erosão e o uso de agrotóxicos no seu entorno já deteriora a qualidade das águas e produz fortes impactos sobre os povos indígenas.
Diante dessa ameaça para o futuro do Parque e do Rio Xingu, o Instituto Socioambiental (ISA) vem contatando outras entidades, governos e pessoas interessadas em lançar uma campanha, "SOS RIO XINGU", visando mobilizar a opinião pública e criar as condições para que os poderes públicos tomem iniciativas concretas para reverter este abraço de morte e assumam responsabilidades com o Xingu e o seu futuro.
Quando o ISA procurou as lideranças indígenas do Parque para perguntar o que achavam da idéia dessa campanha, os índios responderam: "Nós já estamos fazendo a nossa parte e gostaríamos que os brancos fizessem a sua". É isso: O FUTURO DO XINGU DEPENDE DE NÓS, da capacidade da nossa sociedade de se indignar e reagir à devastação crescente das nascentes do Xingu. De corrigir erros do passado e do presente. De enfrentar essa situação imediatamente, antes que seja tarde demais.
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