De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Índios trukás ocupam fazenda
06/07/2007
Autor: ADILSON FONSÊCA
Fonte: A Tarde
Aproximadamente 300 índios da tribo Truká, em Cabrobó, Estado de Pernambuco, invadiram uma fazenda a menos de 5 km do local da transposição do Rio São Francisco.
A invasão acontece um dia após índios e sem-terra terem sido obrigados pelas polícias Federal e Militar a deixar a área do canteiro de obras do canal do Eixo Norte da transposição, onde permaneceram por nove dias.
A invasão ocorreu por volta das 3 horas da madrugada, quando os cerca de 300 índios, liderados pelo cacique Aurivan dos Santos Barros, o Neguinho, deixaram a área do assentamento Jibóia, na beira da BR-428 e a pouco mais de 5 km de Cabrobó, caminharam até a Fazenda Lamerão, de 69 hectares, e a ocuparam. Não houve qualquer resistência por parte da PM, que apenas acompanhou a ocupação, enquanto aguardava a chegada de um preposto da Funai (Fundação Nacional do Índio).
Além da ação dos trukás, os integrantes do MST (Movimento dos Sem-Terra), que também tinham sido retirados pelas polícias Militar e Federal da área do canteiro de obras do canal da transposição, também começaram a reforçar as fileiras, recebendo, ontem, novos manifestantes vindos da Bahia e do Ceará, que chegaram em dois ônibus. Os sem-terra permanecem acampados em um assentamento a pouco mais de 2 km do destacamento militar do Exército, que está encarregado de executar a primeira parte das obras de transposição, em Cabrobó.
Com a invasão da Fazenda Lamerão, o clima de tensão aumentou na região, ante a possibilidade de virem ocorrer novas ocupações de terras. Os índios garantem que, além da propriedade ocupada ontem, outras fazendas da região serão retomadas, incluindo a Fazenda Tucutu, onde estavam acampados até anteontem, numa estratégia que visa forçar a Funai a rever o processo de demarcação das terras indígenas reivindicadas pelos trukás, que abrangem parte dos municípios de Orocó, Cabrobó e Belém de São Francisco, na margem esquerda do São Francisco.
SEM TRÉGUA- Ao contrário da ocupação da Fazenda Tucutu, onde será construído o canal do Eixo Norte da transposição, desta vez os índios não contaram com a participação de integrantes do MST.
"Desta vez, trata-se de uma luta nossa, que visa controlar todas as terras que nos pertencem", desafiou o cacique Neguinho.
O cacique pretende, com a ocupação da fazenda, forçar o governo federal a criar um grupo de trabalho para reestudar as terras indígenas.
Esse trabalho inclui até mesmo a área onde será implantado o Eixo Norte da transposição, que abrange um canal de aproximação do São Francisco de pouco mais de 6 km entre o rio e a BR-428 (dois deles a serem construídos pelo Exército), uma barragem e uma subestação, além de terras das fazendas Mãe Rosa e Toco, desapropriadas pelo Ministério da Integração Nacional.
Pela Constituição Federal, de 1988, qualquer ação envolvendo terras indígenas só pode ser feita mediante autorização do Congresso Nacional.
A invasão acontece um dia após índios e sem-terra terem sido obrigados pelas polícias Federal e Militar a deixar a área do canteiro de obras do canal do Eixo Norte da transposição, onde permaneceram por nove dias.
A invasão ocorreu por volta das 3 horas da madrugada, quando os cerca de 300 índios, liderados pelo cacique Aurivan dos Santos Barros, o Neguinho, deixaram a área do assentamento Jibóia, na beira da BR-428 e a pouco mais de 5 km de Cabrobó, caminharam até a Fazenda Lamerão, de 69 hectares, e a ocuparam. Não houve qualquer resistência por parte da PM, que apenas acompanhou a ocupação, enquanto aguardava a chegada de um preposto da Funai (Fundação Nacional do Índio).
Além da ação dos trukás, os integrantes do MST (Movimento dos Sem-Terra), que também tinham sido retirados pelas polícias Militar e Federal da área do canteiro de obras do canal da transposição, também começaram a reforçar as fileiras, recebendo, ontem, novos manifestantes vindos da Bahia e do Ceará, que chegaram em dois ônibus. Os sem-terra permanecem acampados em um assentamento a pouco mais de 2 km do destacamento militar do Exército, que está encarregado de executar a primeira parte das obras de transposição, em Cabrobó.
Com a invasão da Fazenda Lamerão, o clima de tensão aumentou na região, ante a possibilidade de virem ocorrer novas ocupações de terras. Os índios garantem que, além da propriedade ocupada ontem, outras fazendas da região serão retomadas, incluindo a Fazenda Tucutu, onde estavam acampados até anteontem, numa estratégia que visa forçar a Funai a rever o processo de demarcação das terras indígenas reivindicadas pelos trukás, que abrangem parte dos municípios de Orocó, Cabrobó e Belém de São Francisco, na margem esquerda do São Francisco.
SEM TRÉGUA- Ao contrário da ocupação da Fazenda Tucutu, onde será construído o canal do Eixo Norte da transposição, desta vez os índios não contaram com a participação de integrantes do MST.
"Desta vez, trata-se de uma luta nossa, que visa controlar todas as terras que nos pertencem", desafiou o cacique Neguinho.
O cacique pretende, com a ocupação da fazenda, forçar o governo federal a criar um grupo de trabalho para reestudar as terras indígenas.
Esse trabalho inclui até mesmo a área onde será implantado o Eixo Norte da transposição, que abrange um canal de aproximação do São Francisco de pouco mais de 6 km entre o rio e a BR-428 (dois deles a serem construídos pelo Exército), uma barragem e uma subestação, além de terras das fazendas Mãe Rosa e Toco, desapropriadas pelo Ministério da Integração Nacional.
Pela Constituição Federal, de 1988, qualquer ação envolvendo terras indígenas só pode ser feita mediante autorização do Congresso Nacional.
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