De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Fiscais apreendem cerca de 2 toneladas de pirarucu em terra de índios isolados
03/09/2010
Autor: Lucas Frasão
Fonte: Globo Amazônia - http://www.globoamazonia.com/
Agentes da Fundação Nacional do Índio (Funai) no Amazonas apreenderam nesta semana cerca de 2 toneladas de peixe pirarucu e 140 tracajás capturados de maneira irregular em uma região onde vivem milhares de índios em situação de isolamento. A ação ocorreu no Vale do Javari, no oeste do estado, próximo à área de tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru.
De acordo com Fabrício Ferreira Amorim, coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental do Vale do Javari, o material estava embalado e pronto para ser transportado ao município de Atalaia do Norte, de onde poderia ser levado a Manaus ou a Letícia, já na Colômbia, e de lá para Bogotá. Um quilo de pirarucu não sai por menos de R$ 15 e pode chegar a R$ 40.
A identificação do crime ambiental foi possível graças a uma denúncia feita por indígenas Kanamary que moram no Alto Rio Itaquaí e viajavam em direção à Atalaia do Norte quando viram indícios da pescaria. Eles comunicaram o caso à agentes da Funai, que foram até a área para confirmar a irregularidade.
A apreensão foi realizada nesta quarta-feira (1). Na quinta-feira (2), a fiscalização voltou ao local junto com representantes do Ibama e da Polícia Federal, segundo Amorim, para procurar os infratores. Nesta sexta-feira (3), agentes ainda trabalham na contagem dos peixes para saber o peso exato do material apreendido.
A equipe prendeu 4 pescadores, levados para Tabatinga, mas 2 conseguiram fugir. "Eles estavam armados e disseram ter ficado 19 dias na mata para a pescaria", explica Amorim. Indígenas das etnias Matis, Marubo, Kanamary e Tikuna participaram da equipe que fez a apreensão.
Conflito
A pesca irregular não representa a única ameaça ao meio ambiente da região, de acordo com Amorim. Segundo ele, a área é que apresenta maior densidade de povos indígenas em situação de isolamento ou recém-contatados em todo o mundo. "A população de isolados é tão grande que ela pode ser próxima ou maior do que a de índios contatados, que é de cerca de 4 mil pessoas", diz ele.
Amorim explica que grupos de indígenas isolados têm organismo vulnerável a algumas doenças comuns a quem mora nas cidades, como a gripe. Além disso, existe o risco de conflito entre pescadores e indígenas Korubo ainda não contatados, que passam a frequentar mais regiões próximas ao Rio Itaquaí durante o verão amazônico, segundo ele.
"Não é só o crime ambiental que os pescadores cometem, existe o potencial de um crime de genocídio. Fazemos um esforço para respeitar o isolamento, mas eles acabam com isso", diz.
"Os pescadores conhecem muito bem os rios na região. Eles eram antigos moradores mas tiveram de deixar a área depois da demarcação de terras indígenas", diz o funcionário da Funai. "Hoje, entram escondidos porque a região é muito atrativa e eles preferem se arriscar."
No ano passado, Amorim lembra de uma apreensão de 2,5 toneladas de pirarucu. "Mas é comum encontrarmos quantidades muito menores. Tem nos surpreendido a quantidade de peixes que estamos encontrando", diz ele.
http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1616098-16052,00.html
De acordo com Fabrício Ferreira Amorim, coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental do Vale do Javari, o material estava embalado e pronto para ser transportado ao município de Atalaia do Norte, de onde poderia ser levado a Manaus ou a Letícia, já na Colômbia, e de lá para Bogotá. Um quilo de pirarucu não sai por menos de R$ 15 e pode chegar a R$ 40.
A identificação do crime ambiental foi possível graças a uma denúncia feita por indígenas Kanamary que moram no Alto Rio Itaquaí e viajavam em direção à Atalaia do Norte quando viram indícios da pescaria. Eles comunicaram o caso à agentes da Funai, que foram até a área para confirmar a irregularidade.
A apreensão foi realizada nesta quarta-feira (1). Na quinta-feira (2), a fiscalização voltou ao local junto com representantes do Ibama e da Polícia Federal, segundo Amorim, para procurar os infratores. Nesta sexta-feira (3), agentes ainda trabalham na contagem dos peixes para saber o peso exato do material apreendido.
A equipe prendeu 4 pescadores, levados para Tabatinga, mas 2 conseguiram fugir. "Eles estavam armados e disseram ter ficado 19 dias na mata para a pescaria", explica Amorim. Indígenas das etnias Matis, Marubo, Kanamary e Tikuna participaram da equipe que fez a apreensão.
Conflito
A pesca irregular não representa a única ameaça ao meio ambiente da região, de acordo com Amorim. Segundo ele, a área é que apresenta maior densidade de povos indígenas em situação de isolamento ou recém-contatados em todo o mundo. "A população de isolados é tão grande que ela pode ser próxima ou maior do que a de índios contatados, que é de cerca de 4 mil pessoas", diz ele.
Amorim explica que grupos de indígenas isolados têm organismo vulnerável a algumas doenças comuns a quem mora nas cidades, como a gripe. Além disso, existe o risco de conflito entre pescadores e indígenas Korubo ainda não contatados, que passam a frequentar mais regiões próximas ao Rio Itaquaí durante o verão amazônico, segundo ele.
"Não é só o crime ambiental que os pescadores cometem, existe o potencial de um crime de genocídio. Fazemos um esforço para respeitar o isolamento, mas eles acabam com isso", diz.
"Os pescadores conhecem muito bem os rios na região. Eles eram antigos moradores mas tiveram de deixar a área depois da demarcação de terras indígenas", diz o funcionário da Funai. "Hoje, entram escondidos porque a região é muito atrativa e eles preferem se arriscar."
No ano passado, Amorim lembra de uma apreensão de 2,5 toneladas de pirarucu. "Mas é comum encontrarmos quantidades muito menores. Tem nos surpreendido a quantidade de peixes que estamos encontrando", diz ele.
http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1616098-16052,00.html
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