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Em menos de 24 horas, dois índios assassinados em Amambai

03/01/2008

Fonte: MIDIAMAX



Em menos de 24 horas, mais um indígena é assassinado em Amambai. Por volta das 23h de ontem, Creison Vasques, 29 anos, foi morto na aldeia Limão Verde, no município. Na madrugada do mesmo dia, 1h30, na aldeia Amambai, a vítima foi Celestino Franco, 62 anos. Ambas as aldeias praticamente fazem divisa com o perímetro urbano do município e mantêm
contato constante com não-índios.

Creison foi encontrado morto com ferimentos na cabeça e uma perfuração no peito. O corpo foi encaminhado para exame necroscópico. Conforme boletim de ocorrência, polícia suspeita que os autores tenham sido os próprios irmãos da vítima, Dilma Nelson e Egildo Nelson. Porém, quando a polícia os encontrou eles estariam muito embriagados e foram encaminhados à delegacia.

Celestino foi morto a pauladas no interior da aldeia Amambai, pouco depois do réveillon. A aldeia é a maior da região, contando com cerca de oito mil índios da etnia guarani-kaiowá. A polícia já teria suspeitos. O prefeito de Amambai, Sérgio Diozébio Barbosa (PMDB), atribui a violência nas aldeias do município à ausência da Funai. Segundo ele, a Operação Sucuri vai ao município apenas quando há conflito, não conseguindo fazer um trabalho preventivo. O escritório da Funai de Amambai informou ao Midiamax que a Operação Sucuri, responsável pela fiscalização nas aldeias do cone-sul do Estado, conta com quatro pessoas para atender cerca de 40 aldeias. Somente o município de Amambai, somadas todas as aldeias, tem uma população indígena de 11.247 indígenas.

Diozébio avalia que um dos graves problemas na região é o alcoolismo nas aldeias. Embora seja proibida a venda de bebida alcoólica a indígenas, conforme lei federal, eles acabem adquirindo o produto, lembra Diozébio. "A Operação Sucuri é muito temporã", disse ainda. O prefeito lembra também que só vem à tona as mortes, que são noticiadas, mas é comum esfaqueamento e outros tipos de violência não-letais nas aldeias.

Arquivo

Violência

Ao longo de 2007, pelo menos 28 indígenas foram mortos de forma violenta como homicídios, suicídios e atropelamentos em Mato Grosso do Sul. A principal causa das mortes seria o alcoolismo. Indígenas de diversos Estados estiveram em dezembro em Campo Grande promovendo manifestação pública (chegaram a interromper o tráfedo na rua 14 de Julho com a avenida Afonso Pena por cerca de 4 horas) para chamar a atenção das autoridades.
 

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