De Pueblos Indígenas en Brasil
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RAPOSA SERRA DO SOL - Vítima de explosão continua internada
02/04/2008
Autor: Rebeca Lopes
Fonte: Folha de Boa Vista
O filho do rizicultor Paulo César Quartiero, o jovem Renato Quartiero, 23, continua internando em um hospital particular, mas passa bem depois de ser submetido à cirurgia em um dos dedos da mão esquerda. Ele foi internado na tarde de segunda-feira, depois de ficar ferido com a explosão de uma bomba, na ponte do Surumu, na terra indígena Raposa Serra do Sol.
Os estilhaços causaram ferimento no rosto, tórax, braços e mãos do jovem, que nega que estivesse com qualquer tipo de artefato nas mãos e alega também que não sabe de onde surgiu. Segundo ele, muitas pessoas estavam na barreira montada na ponte do Surumu quando os policiais federais chegaram. "A gente pensou que a polícia ia chegar para conversar, mas os policiais foram logo agredindo todo mundo e prendendo meu pai", disse.
No momento da prisão do rizicultor Paulo César, começou uma confusão e Renato contou que saiu correndo para pegar o carro para seguir as viaturas da Federal, pedindo para as pessoas que estavam fazendo o bloqueio na ponte que tirassem as máquinas, quando ouviu uma explosão. "Vi um clarão na minha frente e minha vista escureceu. Quando eu vi, era sangue na minha mão", relata, negando que estivesse com algum objeto explosivo na mão. Apenas ele ficou ferido.
Diante a situação, ele conta que o primeiro pensamento que passou por sua cabeça foi chegar à fazenda do pai, distante cerca de oito quilômetros do Surumu. Uma enfermeira da vila prestou os primeiros socorros na fazenda. De lá, Renato pegou um avião agrícola e veio para Boa Vista.
PF - A Polícia Federal negou na coletiva com a imprensa que tenha arremessado bomba. Na coletiva, o delegado Fernando Romero, coordenador regional da Upatakon 3, mostrou os armamentos usados pelos policiais na Raposa. Ele mostrou granadas de gás de pimenta e de lacrimogêneo, bombas de efeito moral, munições de borracha, além de spray de pimenta, todos não-letais.
Quartiero volta à região de Surumu
O rizicultor Paulo César Quartiero voltou ontem à Vila Surumu, lugar onde a tensão é maior, depois de ter sido preso em flagrante pela Polícia Federal por desacato. Acompanhado do deputado federal Márcio Junqueira (DEM) e do presidente da Sociedade dos Índios em Defesa de Roraima (Sodiur), Lauro Barbosa, ele foi ovacionado pelos seus simpatizantes após desembarcar em um avião monomotor na região.
Com a chegada do rizicultor, foram deflagrados fogos de artifício. Indígenas e funcionários do arrozeiro se aproximaram, todos queriam lhes dar um abraço ou apertar a sua mão. Paulo César, Márcio Junqueira e moradores seguiram em direção à ponte do Surumu, onde foi feita uma oração em homenagem ao rizicultor, além de todos presentes cantarem em voz alta o Hino nacional.
Invocando a Deus, Quartiero disse não ao ódio e ao rancor. Pediu a todos presentes que dessem exemplo de como se trabalha com satisfação e paz. "Pacaraima tem brasileiro que não se entrega, que dá exemplo de honestidade e patriotismo. Os olhos da Pátria estão sobre nós. Somos rizicultores da palavra de Deus", discursou.
CARTA - O deputado federal Márcio Junqueira disse que ainda hoje todos os parlamentares da Câmara Federal e do Senado - com exceção dos senadores Romero Jucá e Augusto Botelho, com quem não conseguiu estabelecer um contato telefônico - irão assinar o documento de judicialização na Assembléia Legislativa do Estado.
A idéia, segundo ele, é trazer para mais próximo o apoio da Assembléia. Assim que for assinado, o documento será entregue ao governador Anchieta Júnior, para que o mesmo repasse-o ao ministro da Justiça, Tarso Genro, que por sua vez se encarregará de entregar a carta de judicialização ao presidente Lula. A carta pede que a situação da Raposa Serra do Sol seja resolvida na Justiça.
Márcio Junqueira confirmou ainda que permanece em busca de um apoio do Exército, já que não acredita que a Polícia Federal tenha condições de atuar no processo de retirada dos não-índios.
Os estilhaços causaram ferimento no rosto, tórax, braços e mãos do jovem, que nega que estivesse com qualquer tipo de artefato nas mãos e alega também que não sabe de onde surgiu. Segundo ele, muitas pessoas estavam na barreira montada na ponte do Surumu quando os policiais federais chegaram. "A gente pensou que a polícia ia chegar para conversar, mas os policiais foram logo agredindo todo mundo e prendendo meu pai", disse.
No momento da prisão do rizicultor Paulo César, começou uma confusão e Renato contou que saiu correndo para pegar o carro para seguir as viaturas da Federal, pedindo para as pessoas que estavam fazendo o bloqueio na ponte que tirassem as máquinas, quando ouviu uma explosão. "Vi um clarão na minha frente e minha vista escureceu. Quando eu vi, era sangue na minha mão", relata, negando que estivesse com algum objeto explosivo na mão. Apenas ele ficou ferido.
Diante a situação, ele conta que o primeiro pensamento que passou por sua cabeça foi chegar à fazenda do pai, distante cerca de oito quilômetros do Surumu. Uma enfermeira da vila prestou os primeiros socorros na fazenda. De lá, Renato pegou um avião agrícola e veio para Boa Vista.
PF - A Polícia Federal negou na coletiva com a imprensa que tenha arremessado bomba. Na coletiva, o delegado Fernando Romero, coordenador regional da Upatakon 3, mostrou os armamentos usados pelos policiais na Raposa. Ele mostrou granadas de gás de pimenta e de lacrimogêneo, bombas de efeito moral, munições de borracha, além de spray de pimenta, todos não-letais.
Quartiero volta à região de Surumu
O rizicultor Paulo César Quartiero voltou ontem à Vila Surumu, lugar onde a tensão é maior, depois de ter sido preso em flagrante pela Polícia Federal por desacato. Acompanhado do deputado federal Márcio Junqueira (DEM) e do presidente da Sociedade dos Índios em Defesa de Roraima (Sodiur), Lauro Barbosa, ele foi ovacionado pelos seus simpatizantes após desembarcar em um avião monomotor na região.
Com a chegada do rizicultor, foram deflagrados fogos de artifício. Indígenas e funcionários do arrozeiro se aproximaram, todos queriam lhes dar um abraço ou apertar a sua mão. Paulo César, Márcio Junqueira e moradores seguiram em direção à ponte do Surumu, onde foi feita uma oração em homenagem ao rizicultor, além de todos presentes cantarem em voz alta o Hino nacional.
Invocando a Deus, Quartiero disse não ao ódio e ao rancor. Pediu a todos presentes que dessem exemplo de como se trabalha com satisfação e paz. "Pacaraima tem brasileiro que não se entrega, que dá exemplo de honestidade e patriotismo. Os olhos da Pátria estão sobre nós. Somos rizicultores da palavra de Deus", discursou.
CARTA - O deputado federal Márcio Junqueira disse que ainda hoje todos os parlamentares da Câmara Federal e do Senado - com exceção dos senadores Romero Jucá e Augusto Botelho, com quem não conseguiu estabelecer um contato telefônico - irão assinar o documento de judicialização na Assembléia Legislativa do Estado.
A idéia, segundo ele, é trazer para mais próximo o apoio da Assembléia. Assim que for assinado, o documento será entregue ao governador Anchieta Júnior, para que o mesmo repasse-o ao ministro da Justiça, Tarso Genro, que por sua vez se encarregará de entregar a carta de judicialização ao presidente Lula. A carta pede que a situação da Raposa Serra do Sol seja resolvida na Justiça.
Márcio Junqueira confirmou ainda que permanece em busca de um apoio do Exército, já que não acredita que a Polícia Federal tenha condições de atuar no processo de retirada dos não-índios.
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