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Líder arrozeiro revela admiração por Hugo Chávez, a quem pediu apoio

04/04/2008

Autor: Marco Antônio Soalheiro

Fonte: Agência Brasil




A bandeira da Venezuela está hasteada na base de resistência montada por moradores da Terra Indígena Raposa Serra do Sol que se recusam a deixar a área homologada. Em Boa Vista, populares sempre falam em uma ligação entre o presidente venezuelano e o líder arrozeiro Paulo César Quartiero, prefeito afastado de Pacaraima, na fronteira entre os dois países.

Hoje, em entrevista à Agência Brasil nos silos de sua empresa, Quartiero se disse "admirador" de Chávez. E, após um comportamento evasivo inicial, confirmou a existência de um pedido formal de apoio ao governante vizinho.

"O apoio maior que ele nos dá é o exemplo de como um presidente pode ser cioso e intransigente na defesa do interesse nacional. Isso aí vale mais do que qualquer auxílio material", disse Quartiero. "Temos por ele admiração, respeito e Pacaraima depende muito da Venezuela", acrescentou.

O líder arrozeiro revelou, ainda, ter entregue a Chávez, durante encontro em Manaus, uma "carta do povo de Roraima" pedindo a ajuda do governante ao movimento de resistência. Chávez, conforme Quartiero, foi cordial e levou o documento para ler.

Sobre o fato de populares sugerirem sua candidatura a governador em 2010, o gaúcho de 55 anos que está em Roraima desde os 24 - e tenta reaver na Justiça o mandato de prefeito de Pacaraima - comentou com certa dose de ironia: "Esse pode ser o sonho deles, mas o meu sonho hoje é sobreviver e não virar sem-terra." Se voltar à prefeitura, disse, quer "formalizar um acordo cultural, econômico e de segurança com a Venezuela".

Na empresa do líder arrozeiro, as máquinas estão paradas e parte dos funcionários, de braços cruzados. Uma faixa na entrada pede desculpas à população pela paralisação.

"Não temos condição de trabalhar. Não estamos em condições psciológicas, de tranqüilidade, temos receio de alguém se ferir no interior e ficamos de prontidão para a necessidade de resgatar algum ferido", justificou Quartiero, em referência à possibilidade iminente de confronto entre a Polícia Federal e o grupo contrário à Operação Upatakon 3.
 

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