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Presidente da Funai diz que política indigenista no país é um sucesso
27/04/2008
Fonte: O Globo, O País, p. 4
Presidente da Funai diz que política indigenista no país é um sucesso
Para Márcio Meira, grande mérito é conseguir manter os índios vivos
Maria Lima e Evandro Éboli
O presidente da Fundação Nacional do índio, (Funai), Márcio Meira, considera que a política indigenista do país é um sucesso. Ele também defende a atuação das organizações não-governamentais (ONGs) nas reservas.
- Com a sociedade civil de parceira, é possível compartilhar a gestão para melhor atender os povos indígenas - disse Meira.
O presidente da Funai discorda da avaliação do comandante da Amazônia, general do Exército Augusto Heleno, que há duas semanas criticou abertamente a ação do governo nas aldeias da região. Meira sustenta que o grande mérito da política indigenista é manter os índios vivos e que falta de terras não é o problema.
Confrontado com todos os problemas de sustentabilidade nessas áreas, da falta de saúde à questão da autonomia socioeconômica, o presidente da Funai afirma que tudo isso é um desafio para o futuro.
- Não reajo o às declarações do general Heleno. Não vou fazer juízo de valor. Acho que é um sucesso a política indigenista brasileira.
Meira discorda que índios vivem no limite da indigência
Sobre a pobreza e as péssimas condições de vida dos índios em várias aldeias, o presidente da Funai argumenta que é preciso considerar as diferenças culturais relacionadas ao modo de vida próprio do indígena.
- Existem algumas situações de vulnerabilidade, como a reserva dos guaranis-caiuás, que é na beira da rodovia em Dourados. Mas não posso concordar que a maioria dos índios vive no limite da indigência.
Eles vivem uma cultura diferente. Não podemos fazer juízo de valor tomando como parâmetro o que para nós pode parecer pobreza. Para eles não é. A partir de seus pressupostos culturais, vivem uma vida digna - afirmou Márcio Meira.
Bases da política indigenista têm quase cem anos
As bases da política indigenista do governo, segundo o presidente do órgão, ainda têm como ponto central a política de estado lançada pelo Marechal Rondou em 1910, ou seja, há quase cem anos.
- O foco central é que os índios sejam protegidos e sobrevivam. O índio precisa viver.
Então vem dado certo, na medida que o índio está sobrevivendo e a população indígena, crescendo substancialmente.
Para isso, o mais importante é que sejam protegidos e suas terras, garantidas - disse Márcio Meira.
O Globo, 27/04/2008, O País, p. 4
Para Márcio Meira, grande mérito é conseguir manter os índios vivos
Maria Lima e Evandro Éboli
O presidente da Fundação Nacional do índio, (Funai), Márcio Meira, considera que a política indigenista do país é um sucesso. Ele também defende a atuação das organizações não-governamentais (ONGs) nas reservas.
- Com a sociedade civil de parceira, é possível compartilhar a gestão para melhor atender os povos indígenas - disse Meira.
O presidente da Funai discorda da avaliação do comandante da Amazônia, general do Exército Augusto Heleno, que há duas semanas criticou abertamente a ação do governo nas aldeias da região. Meira sustenta que o grande mérito da política indigenista é manter os índios vivos e que falta de terras não é o problema.
Confrontado com todos os problemas de sustentabilidade nessas áreas, da falta de saúde à questão da autonomia socioeconômica, o presidente da Funai afirma que tudo isso é um desafio para o futuro.
- Não reajo o às declarações do general Heleno. Não vou fazer juízo de valor. Acho que é um sucesso a política indigenista brasileira.
Meira discorda que índios vivem no limite da indigência
Sobre a pobreza e as péssimas condições de vida dos índios em várias aldeias, o presidente da Funai argumenta que é preciso considerar as diferenças culturais relacionadas ao modo de vida próprio do indígena.
- Existem algumas situações de vulnerabilidade, como a reserva dos guaranis-caiuás, que é na beira da rodovia em Dourados. Mas não posso concordar que a maioria dos índios vive no limite da indigência.
Eles vivem uma cultura diferente. Não podemos fazer juízo de valor tomando como parâmetro o que para nós pode parecer pobreza. Para eles não é. A partir de seus pressupostos culturais, vivem uma vida digna - afirmou Márcio Meira.
Bases da política indigenista têm quase cem anos
As bases da política indigenista do governo, segundo o presidente do órgão, ainda têm como ponto central a política de estado lançada pelo Marechal Rondou em 1910, ou seja, há quase cem anos.
- O foco central é que os índios sejam protegidos e sobrevivam. O índio precisa viver.
Então vem dado certo, na medida que o índio está sobrevivendo e a população indígena, crescendo substancialmente.
Para isso, o mais importante é que sejam protegidos e suas terras, garantidas - disse Márcio Meira.
O Globo, 27/04/2008, O País, p. 4
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