De Pueblos Indígenas en Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Noticias
Comissão visita aldeia dos Xukurus
27/07/2002
Fonte: Diário de Pernambuco- Recife-PE
Grupo integrado por políticos e representante do MPF tenta resolver impasse entre índios em Pesqueira
Os índios Xukurus de Pesqueira receberam ontem a visita da comissão especial formada por políticos, advogados e militantes da área de Direitos Humanos. O objetivo do encontro foi discutir quais as providências que devem ser tomadas para dar fim aos conflitos entre dois grupos rivais dentro da tribo: os 8,2 mil índios liderados pelo cacique Marcos Luidson, o Marquinhos; e o grupo formado por Expedito Alves Cabral,o Biá, que conta com cerca de 300 integrantes.
Entre os membros da comissão estavam o deputado federal Fernando Ferro (PT), o vereador Marcelo Santa Cruz (PT), e a procuradora Armanda Figueiredo, representando o Ministério Público Federal. Eles ouviram durante mais de uma hora os depoimentos emocionados de alguns índios que estavam na Fazenda Pedra D'água na quarta-feira - quando o grupo supostamente comandado por Biá teria disparado contra índios ligados a Marquinhos.
A comissão não saiu de Pesqueira com medidas efetivas para pôr um fim ao impasse, mas prometeu aos índios todo apoio no sentido de investigar quem estaria por trás do conflito. De acordo com o próprio cacique Marquinhos - filho do antigo cacique Chicão, assassinado em 1998 - Biá e seus comandados seriam ligados a fazendeiros da região, e por isso estariam sendo instigados a criar uma divisão entre as tribos. "Não existe essa história de Xukuru de Cimbres. O povo Xukuru é um só e não pode ser dividio", afirmou. santuário - Ainda segundo o cacique, o grande motivo da discórdiaseria a construção de um megaprojeto para o santuário religioso localizado dentro da área indígena. "Os políticos de Pesqueira, aliados a vários fazendeiros, têm interesse em criar um pólo de turismo religioso exatamente dentro da nossa reserva", disse. Segundo Marquinhos, um projeto com essas dimensões seria um grande passo para desagregar a nação Xukuru. "No final de tudo o santuário viraria um ponto mais turístico que religioso e aí o nosso povo sairia perdendo", completou.
Os índios voltaram a criticar a ação do delegado da Polícia Federal, Marcos Cotrim, que eles classificaram de arbitrária. "Ele deve estar de acordo com Biá. Eles foram vistos tomando cerveja num dos bares da cidade", disse um dos líderes das 23 aldeias da tribo. A PF desginou um outro delegado para avaliar se houve realmente excesso por parte de Cotrim e de sua equipe. Na opinião do deputado Fernando Ferro, o povo Xukuru não pode continuar sendo vítima de abusos por parte de fazendeiros e policiais. "Nós nos comprometemos em fazer o possível para que vocês tenham plena liberdade para viver nas terras que são suas por direito",
Os índios Xukurus de Pesqueira receberam ontem a visita da comissão especial formada por políticos, advogados e militantes da área de Direitos Humanos. O objetivo do encontro foi discutir quais as providências que devem ser tomadas para dar fim aos conflitos entre dois grupos rivais dentro da tribo: os 8,2 mil índios liderados pelo cacique Marcos Luidson, o Marquinhos; e o grupo formado por Expedito Alves Cabral,o Biá, que conta com cerca de 300 integrantes.
Entre os membros da comissão estavam o deputado federal Fernando Ferro (PT), o vereador Marcelo Santa Cruz (PT), e a procuradora Armanda Figueiredo, representando o Ministério Público Federal. Eles ouviram durante mais de uma hora os depoimentos emocionados de alguns índios que estavam na Fazenda Pedra D'água na quarta-feira - quando o grupo supostamente comandado por Biá teria disparado contra índios ligados a Marquinhos.
A comissão não saiu de Pesqueira com medidas efetivas para pôr um fim ao impasse, mas prometeu aos índios todo apoio no sentido de investigar quem estaria por trás do conflito. De acordo com o próprio cacique Marquinhos - filho do antigo cacique Chicão, assassinado em 1998 - Biá e seus comandados seriam ligados a fazendeiros da região, e por isso estariam sendo instigados a criar uma divisão entre as tribos. "Não existe essa história de Xukuru de Cimbres. O povo Xukuru é um só e não pode ser dividio", afirmou. santuário - Ainda segundo o cacique, o grande motivo da discórdiaseria a construção de um megaprojeto para o santuário religioso localizado dentro da área indígena. "Os políticos de Pesqueira, aliados a vários fazendeiros, têm interesse em criar um pólo de turismo religioso exatamente dentro da nossa reserva", disse. Segundo Marquinhos, um projeto com essas dimensões seria um grande passo para desagregar a nação Xukuru. "No final de tudo o santuário viraria um ponto mais turístico que religioso e aí o nosso povo sairia perdendo", completou.
Os índios voltaram a criticar a ação do delegado da Polícia Federal, Marcos Cotrim, que eles classificaram de arbitrária. "Ele deve estar de acordo com Biá. Eles foram vistos tomando cerveja num dos bares da cidade", disse um dos líderes das 23 aldeias da tribo. A PF desginou um outro delegado para avaliar se houve realmente excesso por parte de Cotrim e de sua equipe. Na opinião do deputado Fernando Ferro, o povo Xukuru não pode continuar sendo vítima de abusos por parte de fazendeiros e policiais. "Nós nos comprometemos em fazer o possível para que vocês tenham plena liberdade para viver nas terras que são suas por direito",
Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.