De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
CPI investiga ocupação de terra indígena pela Aracruz
01/08/2002
Fonte: Porantin no. 247
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito foi instalada há três meses pela Assembléia Legislativa do Espírito Santo para investigar a ocupação ilegal de terras dos índios Tupinikim e Guarani, de pequenos agricultores e quilombolas por parte da Aracruz Celulose. Hoje, a Aracruz Celulose tem mais de 170 mil hectares de eucaliptos plantados. Onde se encontrava uma comunidade Tupinikim construiu-se o complexo de produção de celulose. A primeira fábrica foi inaugurada em 1978 com a presença do presidente Geisel. A segunda, em 1990, com a presença do presidente Collor, e no dia 3 de agosto deste ano, FHC inaugura a terceira fábrica desta que é a maior multinacional na produção de celulose de fibra curta.
Os índios Tupinikim, depois de expulsos de suas terras, iniciaram um processo de retomada de seu território tradicional, hoje um mar de eucalipto, ou deserto verde, como o classificam os ecologistas. É uma espécie de prisão de eucaliptos.
Expulsões violentas
Em abril, o membro do Cimi, Fábio Villas, confirmou em seu depoimento à CPI que a empresa se instalou na região no final da década de 60, tento ocupado todo o território tradicional do povo Tupinikim e destruído 40 aldeias. Depois de devastar a mata que ali existia, plantou eucaliptos no lugar.
Dois representantes dos Tupinikim reafirmaram, em maio, que foram vítimas de expulsão violenta. Eles contaram detalhes do desmatamento feito pela empresa, de início à mão, depois por meio de correntões puxados por dois tratores de esteiras. Segundo os índios, as árvores derrubadas eram amontoadas e incendiadas com querosene. Seu Antonino, cacique de Pau Brasil, relatou que era morador da aldeia de Guaxindiba, de onde foi expulso pelo major Orlando, um militar preposto da Aracruz. Lauro Martins contou que morava com a tia na aldeia de Santa Joana, quando ela foi expulsa pelo mesmo major Orlando, que ateou fogo em sua casa.
Também já depuseram João Batista Maré, um pequeno agricultor que apresentou documentos mostrando as irregularidades cometidas pela Aracruz Celulose para ocupar as terras, e três representantes de quilombolas, que foram expulsos de suas aldeias de maneira parecida com a dos índios.
A CPI foi prorrogada por 90 dias. No próximo dia 13 de agosto, deverá depor o norueguês Erling Sven Lorentzen, presidente do Conselho de Administração da Aracruz Celulose.
Mesmo com a falta de cobertura da imprensa, provavelmente por pressão da Aracruz Celulose, os índios, pequenos agricultores, e quilombolas que sofreram as piores conseqüências das atividades ilegais da empresa, esperam que a CPI contribua para garantir-lhes as suas terras tradicionais. E que os ajude a construir na região um novo modelo de desenvolvimento, que priorize a agricultura familiar e a geração de emprego e renda
Os índios Tupinikim, depois de expulsos de suas terras, iniciaram um processo de retomada de seu território tradicional, hoje um mar de eucalipto, ou deserto verde, como o classificam os ecologistas. É uma espécie de prisão de eucaliptos.
Expulsões violentas
Em abril, o membro do Cimi, Fábio Villas, confirmou em seu depoimento à CPI que a empresa se instalou na região no final da década de 60, tento ocupado todo o território tradicional do povo Tupinikim e destruído 40 aldeias. Depois de devastar a mata que ali existia, plantou eucaliptos no lugar.
Dois representantes dos Tupinikim reafirmaram, em maio, que foram vítimas de expulsão violenta. Eles contaram detalhes do desmatamento feito pela empresa, de início à mão, depois por meio de correntões puxados por dois tratores de esteiras. Segundo os índios, as árvores derrubadas eram amontoadas e incendiadas com querosene. Seu Antonino, cacique de Pau Brasil, relatou que era morador da aldeia de Guaxindiba, de onde foi expulso pelo major Orlando, um militar preposto da Aracruz. Lauro Martins contou que morava com a tia na aldeia de Santa Joana, quando ela foi expulsa pelo mesmo major Orlando, que ateou fogo em sua casa.
Também já depuseram João Batista Maré, um pequeno agricultor que apresentou documentos mostrando as irregularidades cometidas pela Aracruz Celulose para ocupar as terras, e três representantes de quilombolas, que foram expulsos de suas aldeias de maneira parecida com a dos índios.
A CPI foi prorrogada por 90 dias. No próximo dia 13 de agosto, deverá depor o norueguês Erling Sven Lorentzen, presidente do Conselho de Administração da Aracruz Celulose.
Mesmo com a falta de cobertura da imprensa, provavelmente por pressão da Aracruz Celulose, os índios, pequenos agricultores, e quilombolas que sofreram as piores conseqüências das atividades ilegais da empresa, esperam que a CPI contribua para garantir-lhes as suas terras tradicionais. E que os ajude a construir na região um novo modelo de desenvolvimento, que priorize a agricultura familiar e a geração de emprego e renda
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