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SEQÜESTRO DE MISSIONÁRIOS - Ex-prefeito nega participação em crimes

09/09/2008

Autor: Willame Souza

Fonte: Folha de Boa Vista - ww.folhabv.com.br




O ex-prefeito de Pacaraima, Francisco Roberto do Nascimento, procurou a Folha para explicar que não participou de crimes denunciados pela Procuradoria Regional da República da 1ª Região (PRR-1), na semana passada, de seqüestro e cárcere privado, roubo e danos qualificados realizados contra uma missão religiosa do Surumu, a 230 km de Boa Vista, no dia 6 de janeiro de 2004, em retaliação à demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

A denúncia feita pela Procuradoria Regional da República da 1ª Região (PRR-1) acusa arrozeiro e prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartiero, pelos crimes de seqüestro e cárcere privado, roubo e danos qualificados. São citados ainda Francisco Roberto, Genival Costa da Silva, Nelson Silvino e Sterfeson Barbosa de Souza.

O ex-prefeito disse que não esperava ter o nome envolvido com este crime, pois, em 2006 depôs à Polícia Federal que não participou destes acontecimentos, por isso acreditava que a situação dele estava resolvida.

Ele disse que no dia do delito dormia na residência, no Surumu, quando, por volta das 2h, algumas pessoas foram até a casa dele e explicaram à esposa que tinham invadido a missão religiosa. "Minha mulher me perguntou se não iria até lá, porém, disse que era noite e não sabia o que estava acontecendo, por isso, voltei a dormir", afirmou.

Por volta das 3h, segundo Nascimento, as pessoas foram à moradia dele novamente. Chamaram-no até um barracão localizado nas proximidades da residência e não o deixaram acender as luzes. "Eram umas 12 pessoas que prefiro não identificar, havia índios e não índios e alguns estavam sem camisa e com o corpo pintado. Tinha gente armada com porretes de pau", explicou.

Ele relatou que o "chefe" do grupo pediu o veículo D-20, de propriedade dele, para levá-los à Vila Contão. Ainda sem saber o que acontecia naquele momento, nascimento disse ter questionado quanto à cessão do automóvel, porém, as ameaças feitas à família e a ele o fizeram entregar as chaves do veículo.

"Ele me disse: ‘O senhor tem a opção de arrumar o motorista, mas vamos levar o seu carro’, afirmou". Por volta das 6h, a D-20 foi entregue ao ex-prefeito, segundo ele, por medo de que terceiros incendiassem o carro, levou o veículo para uma fazenda próxima da região, contudo, às 12h, o trouxe novamente para a residência.

"Quando recebi a D-20 soube, por meio da comunidade, que havia acontecido o seqüestro e o meu transporte tinha sido utilizado nele. Mas, como não havia feito nada de errado, não havia porque mantê-lo na fazenda", relatou.

Quanto à denúncia feita pela justiça, Roberto disse que vai procurar um advogado até o final desta semana para tomar as providências legais. "Estou com a consciência tranqüila, pois não participei do seqüestro e o meu carro foi utilizado porque temi pela vida da minha família e pela minha".
 

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