De Pueblos Indígenas en Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.

Notícias

Índios Pataxó temem pela segurança na volta para casa

24/09/2008

Autor: Marco Antônio Soalheiro

Fonte: Agência Brasil - www.agencibrasil.gov.br




Brasília - Depois do pedido de vista que suspendeu o julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), da validade dos títulos de posse na Terra Indígena Caramuru-Paraguaçu (BA), os índios Pataxó Hã Hã Hãe que vivem na região disseram temer pela segurança na volta para casa.

"É preciso que a gente tenha segurança de vida, porque lá na base eles [fazendeiros] já estão se achando donos e a ameaça é muito grande", afirmou a cacique Ilza Rodrigues.

"Já perdemos 22 lideranças assassinadas. Nossa volta tem que ser segredo de Estado porque os fazendeiros já estão preparados com pistoleiros. É a rotina lá", acrescentou o cacique Acanauã Bainã.

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, informou que agentes da Polícia Federal já monitoram a área de 54,1 mil hectares e que, se necessário, será pedido reforço.

"A Polícia Federal atuará para garantir a segurança pública na região. Enquanto o caso não voltar a julgamento, não pode haver qualquer violação à lei por parte dos fazendeiros ou dos índios", afirmou.

A ação que estava sendo julgada hoje (24) pelo Supremo tramita na Justiça há 25 anos. Na ação, a Funai pede que sejam declarados nulos títulos de propriedade de imóveis rurais na Terra Indígena Caramuru-Paraguaçu. Na área, vivem aproximadamente 4 mil índios Pataxó Hã-Hã-Hãe e fazendeiros que obtiveram títulos de posse do governo do estado.
 

As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.