De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias

"Meu amanhã" encerra primeira fase de atividades em Dourados

09/10/2008

Fonte: Dourados Informa - www.douradosinforma.com.br



O programa "Meu Amanhã" encerra nesta sexta-feira a primeira fase de seus trabalhos em Dourados - a de qualificação de mil jovens de famílias de baixa renda, com idade entre 16 e 24 anos, para o primeiro emprego, sendo quinhentos no primeiro semestre e outros quinhentos e trinta e nove no segundo. Depois qualificados, estes alunos são encaminhados para os cursos de capacitação, no Instituto de Educação Delta e no Senac, de onde saem habilitados para as funções de auxiliar administrativo, computação, telemática, operadores de supermercados, recepção e atendimento; atendimento e vendas e turismo. Além da qualificação profissional todos os jovens participantes do programa são incentivados a participar de ações comunitárias e de cidadania, participando com trabalhos voluntários em entidades assistenciais e de movimentos em favor da preservação do meio ambiente.

Os cursos começaram em abril, com aula inaugural proferida pelo Ministro do Trabalho, Carlos Luppi, cujo ministério é o responsável pelo programa de primeiro emprego no Brasil. Dourados é, por enquanto, a única cidade do Mato Grosso do Sul beneficiada pelo programa, que é gerenciado pela Fundação Biótica, através do Consórcio Social da Juventude.

Das atividades de encerramento constam gincana cultural, jogos interclasse de voleibol e almoço de confraternização entre alunos e professores da segunda fase do projeto. A gincana cultural, com oito provas, arrecadou cerca de 4.200 presentes, que estão sendo distribuídos entre as creches André Luiz, Casa da Prece, C.I. Carmem Cemira e Projeto Memei, do Centro Espírita Bezera de Menezes, além da Igreja São João Batista, onde os Vicentinos atendem cerca de 50 famílias carentes.

Bolsa e cidadania

A partir do próximo dia 2 de novembro 254 jovens do programa meu amanhã começam a receber os cartões do "Bolsa Civil Voluntária", um auxílio de R$ 120,00 por mês, dado pelo governo federal, em cinco parcelas, a todos os que se dedicaram aos serviços voluntários. Outros 197 cartões estão à disposição dos jovens que não completaram a documentação ou cujos pais não compareceram para a retirada do benefício.

O despertar do jovem para a cidadania é um dos grandes objetivos do programa "Meu Amanhã".

Todos eles participaram de várias ações em defesa do meio ambiente, como de passeatas ecológicas e plantio de árvores, além de conhecerem o aterro sanitário. Atuaram também em serviços voluntários, em creches, em campanhas de doação de sangue e de órgãos e do mutirão da cidadania, da OAB.

Na quarta-feira, durante a entrega às entidades beneficentes dos brinquedos arrecadados na gincana cultural, era visível a satisfação estampada no rosto de cada um dos integrantes do "Meu amanha", pelo resultado do trabalho solidário. O aluno Paulo Henrique de Souza Venâncio, de 17 anos, disse que recolheu os brinquedos que não estavam mais sendo usados por seus irmãos mais novos, para trazer para a creche. "Isso é solidariedade, se não usamos mais, pra que ficar guardando, vamos dar a quem precisa, dividir nossas alegrias", disse ele, orgulhoso por estar fazendo sua parte. "Tipo tô fazendo minha parte, todo mundo tem que fazer a sua", completou, Paulo Henrique. Segundo ele, depois desse trabalho fica até mais fácil fazer novas amizades. Da mesma forma pensa Bianca Castore, 16 anos, cujo pai é tratorista e a mãe doméstica. Ela pensa em ser professora. "Esse trabalho me ensinou a gostar mais de crianças e vou me esforçar pra cuidar bem delas quando estiver dando aulas".

O índio terena Gilmar Garcia Machado foi um dos que mais arrecadaram presentes durante a gincana e era um dos mais felizes durante a entrega às crianças da creche André Luiz. "Trouxe tudo isso lá da reserva mesmo", disse, informando que percorreu várias casas da aldeia em busca de presente para trazer a quem mora na cidade. Gilmar, 17 anos, estuda o primeiro ano do ensino e descobriu o programa "Meu Amanhã" pela TV. Ele disse que quer ser médio porque está cansado de ver o sofrimento de seu povo. "A gente tem que perder a timidez e se mostrar mais, vou me formar e atender na aldeia", dizia, entre a entrega de um e outro presente dos que arrecadou, aos alunos da creche.
 

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