De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias

Funasa verifica falta d’água na aldeia

02/12/2008

Autor: Flávio Verão

Fonte: Dourados Agora - www.douradosagora.com.br




Em 9 de dezembro será feito um estudo para identificar a pressão d´água na rede das aldeias Jaguapiru e Bororó
"Sistema de rede de água não tem pressão para atender todas as casas"

DOURADOS - Supervisores e engenheiros da Funasa (Fundação Nacional da Saúde) estiveram ontem vistoriando a Aldeia Bororó, na Reserva Indígena de Dourados, para complementar o levantamento técnico que está sendo realizado para verificar a falta d’água que assola, por quase dois meses, dezenas de famílias da aldeia.

Na semana passada O PROGRESSO relatou que há quase um ano as torneiras de várias famílias secaram e a única alternativa para os índios eram os poucos poços que permaneceram em algumas casas, mas que também estão secando. Sem saída, algumas famílias recorrem aos córregos, na hora do banho. O tanque de roupa também migrou para o córrego.

O coordenador regional da Funasa, Flávio Brito, disse que já sabia da falta d’água na aldeia e que a equipe já estava há dez dias fazendo o monitoramento no local. Conforme relatou os indígenas que fizeram a denúncia sobre a falta d’água, dos quatro bairros que dividem a aldeia, dois deles sofrem com a escassez da água, sobretudo o "Agostinho", que é o mais prejudicado.

Flávio Brito explica que da população de quase 13 mil indígenas, das aldeias Jaguapiru e Bororó, apenas 5% das residências não possuem água encanada. Em números, ele aponta que 5.030 índios do total de 5.471 da Jaguapiru são atendidos com água potável, o que representa 1.257 casas. Na Bororó são atendidos 5.067 indígenas, do total de 5.777, com 1.266 residências com água encanada.

Estudos preliminares da Funasa já apontam o problema da falta d’água na aldeia. Na manhã de ontem Flávio Brito esteve reunido com a engenheira sanitarista ambiental Andréia Simioli, além da equipe que atua na manutenção das redes de água na Reserva. O levantamento apontou que entre os problemas da aldeia está a rede de água que não tem pressão, dificultando a distribuição até as últimas residências. "Posso garantir que não falta água. Esse não é o problema", frisa Flávio Brito.

Ele explica que na Bororó existem três reservatórios de água que distribuem 300 mil litros por dia, sendo 63 mil litros por hora. "Isso quer dizer que são 302 litros de água para cada morador, a cada dia, mais do que o suficiente", comenta.
Ainda na tarde de ontem a equipe da Funasa, acompanhada por técnicos do Ministério Público Federal, fizeram inspeção em residências para detectar problemas que contribuem para o desperdício de água. "São vários os problemas que não deixam a água chegar em dezenas de casas, um deles é o desperdício nas canalizações feitas pelos próprios índios que desviam água da rede e que muitas vezes nem são utilizadas, contribuindo para tirar a pressão. Outros problemas são os canos estourados e válvula de descarga das residências quebrada", apontou.

FORÇA TAREFA

Para fazer um amplo trabalho e detectar a questão da falta d’água na Aldeia Bororó, a Funasa irá realizar a capitalização de desperdício. Vistorias nas casas e tubulação estão previstas. Num segundo momento os cavaletes de água receberão o redutor de pressão, sendo colocado uma borracha para diminuir a vasão.

No dia 9 de dezembro um carro de som vai passar pelas duas aldeias, pedindo para que eles fechem todos os cavaletes residenciais. A informação também será repassada nas escolas e postos de saúde. O objetivo é estocar nos reservatórios e na rede mais de 300 mil litros de água. A medida visa verificar, depois de liberada a água, o volume e a pressão que a água vai chegar em cada residência. Para realizar esse trabalho é necessária a colaboração de toda a comunidade indígena.
 

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