De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Tratamento de menina Tukano gera impasse
20/01/2009
Fonte: Diário do Amazonas, p. 6
Tratamento de menina Tukano gera impasse
O método de tratamento da criança indígena que teve a perna esquerda picada por uma cobra jararaca, no município de São Gabriel da Cachoeira (a 858 quilômetros de Manaus), no início deste mês, tem causado impasse entre médicos, gestores públicos e a família da menina. A criança foi retirada pelos pais do Hospital Pronto-Socorro Dr. João Lúcio Machado, zona Leste da capital, na última sexta-feira, porque o pai da menina, um ex-agente de saúde, alegou que foi impedido de fazer o ritual da pajelança para curar a filha, aliando a cultura indígena à medicina tradicional.
De acordo com o dicionário Aurélio, a cerimônia é ministrada por uma autoridade religiosa dos indígenas, o pajé, e inclui canto, dança, massagem e defumação com ervas. O pai da criança assinou um documento se responsabilizando pelo estado de saúde da filha e a levou para a Unidade de Apoio Clínico Hospitalar (Uachi) de São Gabriel da Cachoeira, em Manaus. Segundo o secretário municipal de Saúde do município, Luiz Lopes, a unidade não está preparada para atender a menina.
O pai da menina só aceitou falar sobre o problema por meio do secretário. Ele afirmou que acredita na cura da filha através dos rituais indígenas. Disse também que não quer que a filha seja levada nem para um hospital nem para uma unidade da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão responsável pela saúde indígena no País.
Direção explica
O diretor do Hospital João Lúcio, Joaquim Soares, disse que não autorizou o ritual indígena, porque o som da cerimônia poderia prejudicar outros pacientes internados no hospital. "Disse a eles que nenhuma cultura poderia se sobrepor a outras. Temos pacientes que precisam de silêncio para se recuperar".
Ele afirmou ainda que a criança foi internada no último dia 14, quinta-feira, e no dia seguinte o Ministério Público Federal (MPF) recomendou que o hospital acatasse o pedido da família da menina.
A recomendação nº 01/2009 do MPF pedia entre outros itens que o hospital disponibilizasse um quarto para que a criança pudesse participar do ritual indígena. Soares disse que disponibilizou o quarto, mas não pôde autorizar a cerimônia.
O secretário de Saúde de São Gabriel da Cachoeira afirmou que vai pedir à Funasa auxílio no tratamento da criança. Para o secretário, a menina corre o risco de perder a perna se não receber atendimento médico adequado. "Ela precisa de atendimento urgente", disse.
Ontem à tarde, a gerente da Casa de Saúde do Índio de Manaus (Casai), instituição administrada pela Funasa, Tânia Mesquita, afirmou que a instituição enviou um enfermeiro para acompanhar a criança.
Diário do Amazonas, 20/01/2009, p. 6
O método de tratamento da criança indígena que teve a perna esquerda picada por uma cobra jararaca, no município de São Gabriel da Cachoeira (a 858 quilômetros de Manaus), no início deste mês, tem causado impasse entre médicos, gestores públicos e a família da menina. A criança foi retirada pelos pais do Hospital Pronto-Socorro Dr. João Lúcio Machado, zona Leste da capital, na última sexta-feira, porque o pai da menina, um ex-agente de saúde, alegou que foi impedido de fazer o ritual da pajelança para curar a filha, aliando a cultura indígena à medicina tradicional.
De acordo com o dicionário Aurélio, a cerimônia é ministrada por uma autoridade religiosa dos indígenas, o pajé, e inclui canto, dança, massagem e defumação com ervas. O pai da criança assinou um documento se responsabilizando pelo estado de saúde da filha e a levou para a Unidade de Apoio Clínico Hospitalar (Uachi) de São Gabriel da Cachoeira, em Manaus. Segundo o secretário municipal de Saúde do município, Luiz Lopes, a unidade não está preparada para atender a menina.
O pai da menina só aceitou falar sobre o problema por meio do secretário. Ele afirmou que acredita na cura da filha através dos rituais indígenas. Disse também que não quer que a filha seja levada nem para um hospital nem para uma unidade da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão responsável pela saúde indígena no País.
Direção explica
O diretor do Hospital João Lúcio, Joaquim Soares, disse que não autorizou o ritual indígena, porque o som da cerimônia poderia prejudicar outros pacientes internados no hospital. "Disse a eles que nenhuma cultura poderia se sobrepor a outras. Temos pacientes que precisam de silêncio para se recuperar".
Ele afirmou ainda que a criança foi internada no último dia 14, quinta-feira, e no dia seguinte o Ministério Público Federal (MPF) recomendou que o hospital acatasse o pedido da família da menina.
A recomendação nº 01/2009 do MPF pedia entre outros itens que o hospital disponibilizasse um quarto para que a criança pudesse participar do ritual indígena. Soares disse que disponibilizou o quarto, mas não pôde autorizar a cerimônia.
O secretário de Saúde de São Gabriel da Cachoeira afirmou que vai pedir à Funasa auxílio no tratamento da criança. Para o secretário, a menina corre o risco de perder a perna se não receber atendimento médico adequado. "Ela precisa de atendimento urgente", disse.
Ontem à tarde, a gerente da Casa de Saúde do Índio de Manaus (Casai), instituição administrada pela Funasa, Tânia Mesquita, afirmou que a instituição enviou um enfermeiro para acompanhar a criança.
Diário do Amazonas, 20/01/2009, p. 6
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