De Pueblos Indígenas en Brasil
Noticias
Fepi divulga prioridades para indígenas em 2008
04/04/2008
Fonte: A Crítica, Cidades, p. C3
Fepi divulga prioridades para indígenas em 2008
Dentre os projetos de Baniwa para reservas está o aumento do repasse na área de créditos diretos
Antonio Ximenes
Da equipe de A Crítica
Aumentar a quantidade das escolas de ensino médio nas aldeias; conseguir dez técnicos agrícolas de imediato para acompanhar a cadeia produtiva nas reservas; e elevar os repasses de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões na área de créditos diretos para os indígenas são algumas das metas do presidente da Fundação Estadual de Política Indígena (Fepi), Bonifácio Baniwa, que ontem convocou uma reunião para apresentar as prioridades para 2008 e também para fazer um balanço das atividades do ano passado em sua área de atuação. "Estamos muito longe do ideal, mas avançamos no relacionamento institucional, principalmente, no diálogo entre a Fepi e os demais órgãos do governo. Acredito que estamos caminhando para ser uma secretaria de Estado. É uma questão de tempo."
Bonifácio Baniwa elencou vários itens como sendo de vital importância para melhorar a qualidade de vida dos povos indígenas do Estado. Alguns desses são: fortalecimento da cadeia produtiva da castanha; criação de um programa de turismo de grande escala, mas com um planejamento ambiental, cultural e etnográfico, para que os indígenas não percam suas características no contato maciço com os turistas; e criação de programas de longo prazo para a cadeia do pescado e para a revitalização dos lagos e rios. Ele observou, ainda, que a construção de um programa de extrativismo mineral familiar, que permita a extração das riquezas do subsolo das aldeias, com sustentabilidade, é muito importante. E, por fim, a disseminação de programas de manejo florestal e valorização dos serviços ambientais pela preservação da floresta em pé.
Mas o núcleo da política de Bonifácio Baniwa é a educação.
Ele entende que além das 16 escolas de ensino médio é na universidade que estão as grandes esperanças para a sociedade indígena. "Hoje, temos 150 jovens estudando Medicina, Enfermagem, Engenharia, Biologia, Química, História, Antropologia, Agronomia, entre outros cursos, na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Daqui dois anos, quando eles terminarem, queremos que voltem para as aldeias. Este é o grande desafio, porque a sociedade de consumo exerce uma atração muito forte nesses universitários indígenas."
Busca rápida
Baniwa luta para volta de universitários
Educação é fundamental para Bonifácio Baniwa. Ele revelou, ontem, que a perspectiva da Fepi é que os índios que, atualmente, fazem faculdade, concluam o curso e voltem para atuar junto às aldeias. Para ele, essa volta à origem é de suma importância e contribuiria para o progresso nas comunidades. Hoje existem 150 universitários indígenas.
Mudanças climáticas em debate
Mas a Fepi não quer apenas atuar nas questões de efeito imediato. Ela também almeja participar da cena nacional e internacional, no que se refere às medidas de mitigação das mudanças climáticas e de combate ao efeito estufa (emissão de gases poluentes na atmosfera). Nesta direção está sendo planejado um seminário sobre mudanças climáticas para o segundo semestre, para que todas as etnias saibam como proceder nesta área. A direção da Fepi quer também receber recursos pela preservação da floresta e dos rios. A exemplo do que acontece hoje com o Bolsa Floresta. A valorização do conhecimento tradicional dos pajés também faz parte desta iniciativa, já que será realizada a 3ª. Conferência de Pajés com este objetivo. No conjunto das atividades previstas para 2008, o que se percebe é que a Fepi não quer esperar para ser convidada a participar das discussões que lhe dizem respeito, mas sim promovê-las em conjunto com os governos, a iniciativa privada, a academia e a comunidade internacional. "Nós, índios, precisamos defender os nossos pontos de vista em todas as esferas de poder", disse a liderança Darcy Marubo, do Vale do Javari.
A Crítica, 04/04/2008, Cidades, p. C3
Dentre os projetos de Baniwa para reservas está o aumento do repasse na área de créditos diretos
Antonio Ximenes
Da equipe de A Crítica
Aumentar a quantidade das escolas de ensino médio nas aldeias; conseguir dez técnicos agrícolas de imediato para acompanhar a cadeia produtiva nas reservas; e elevar os repasses de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões na área de créditos diretos para os indígenas são algumas das metas do presidente da Fundação Estadual de Política Indígena (Fepi), Bonifácio Baniwa, que ontem convocou uma reunião para apresentar as prioridades para 2008 e também para fazer um balanço das atividades do ano passado em sua área de atuação. "Estamos muito longe do ideal, mas avançamos no relacionamento institucional, principalmente, no diálogo entre a Fepi e os demais órgãos do governo. Acredito que estamos caminhando para ser uma secretaria de Estado. É uma questão de tempo."
Bonifácio Baniwa elencou vários itens como sendo de vital importância para melhorar a qualidade de vida dos povos indígenas do Estado. Alguns desses são: fortalecimento da cadeia produtiva da castanha; criação de um programa de turismo de grande escala, mas com um planejamento ambiental, cultural e etnográfico, para que os indígenas não percam suas características no contato maciço com os turistas; e criação de programas de longo prazo para a cadeia do pescado e para a revitalização dos lagos e rios. Ele observou, ainda, que a construção de um programa de extrativismo mineral familiar, que permita a extração das riquezas do subsolo das aldeias, com sustentabilidade, é muito importante. E, por fim, a disseminação de programas de manejo florestal e valorização dos serviços ambientais pela preservação da floresta em pé.
Mas o núcleo da política de Bonifácio Baniwa é a educação.
Ele entende que além das 16 escolas de ensino médio é na universidade que estão as grandes esperanças para a sociedade indígena. "Hoje, temos 150 jovens estudando Medicina, Enfermagem, Engenharia, Biologia, Química, História, Antropologia, Agronomia, entre outros cursos, na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Daqui dois anos, quando eles terminarem, queremos que voltem para as aldeias. Este é o grande desafio, porque a sociedade de consumo exerce uma atração muito forte nesses universitários indígenas."
Busca rápida
Baniwa luta para volta de universitários
Educação é fundamental para Bonifácio Baniwa. Ele revelou, ontem, que a perspectiva da Fepi é que os índios que, atualmente, fazem faculdade, concluam o curso e voltem para atuar junto às aldeias. Para ele, essa volta à origem é de suma importância e contribuiria para o progresso nas comunidades. Hoje existem 150 universitários indígenas.
Mudanças climáticas em debate
Mas a Fepi não quer apenas atuar nas questões de efeito imediato. Ela também almeja participar da cena nacional e internacional, no que se refere às medidas de mitigação das mudanças climáticas e de combate ao efeito estufa (emissão de gases poluentes na atmosfera). Nesta direção está sendo planejado um seminário sobre mudanças climáticas para o segundo semestre, para que todas as etnias saibam como proceder nesta área. A direção da Fepi quer também receber recursos pela preservação da floresta e dos rios. A exemplo do que acontece hoje com o Bolsa Floresta. A valorização do conhecimento tradicional dos pajés também faz parte desta iniciativa, já que será realizada a 3ª. Conferência de Pajés com este objetivo. No conjunto das atividades previstas para 2008, o que se percebe é que a Fepi não quer esperar para ser convidada a participar das discussões que lhe dizem respeito, mas sim promovê-las em conjunto com os governos, a iniciativa privada, a academia e a comunidade internacional. "Nós, índios, precisamos defender os nossos pontos de vista em todas as esferas de poder", disse a liderança Darcy Marubo, do Vale do Javari.
A Crítica, 04/04/2008, Cidades, p. C3
Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.