De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Língua Terena promove integração de raças em escola municipal
17/04/2009
Fonte: Portal MS - http://www.portalms.com.br/noticias/Lingua-Terena-promove-integracao-de-racas-em-escola-municipal/Campo-Grande/Educacao/34215.html
"Ako ndeina ra indúkeovo kopénoti/ Sinto orgulho de ser índio". Foi com estas palavras que o menino indígena Yhan Victor Silva, 8 anos, demonstrou um pouco do que aprendeu durante as aulas de língua Terena, oferecida paralelamente às atividades curriculares da Escola Municipal Sulivan Silvestre Oliveira. Dos 428 alunos matriculados no estabelecimento, instalada na Aldeia Urbana Marçal de Souza, no bairro Tiradentes, em Campo Grande, cerca de 21% são de origem indígena. Fundada em 12 de fevereiro de 1.999, a escola concilia o ensino regular com a educação indígena, resgatando aspectos culturais da etnia Terena.
De acordo com a diretora da escola, Lucimar Trindade, a cultura e tradição do povo Terena são apresentadas aos alunos desde o ingresso na escola. Em sala de aula é desenvolvido o projeto da cultura Terena. Uma réplica da moradia daquela tribo, batizada como Morada do Povo Terena, foi construída ao lado do portão principal da escola. "Logo na entrada da casa Terena, os alunos se deparam com a tarimba (cama), traduzida na linguagem Terena por Ípe e o fogão de barro (Yúku). Tudo foi pensado para traduzir da maneira mais verdadeira os costumes daquela etnia".
Lucimar explica que a escola foi criada, num primeiro momento, para atender a comunidade indígena da Aldeia Marçal de Souza. "A escola foi construída na mesma época das casas que hoje atendem a comunidade da aldeia. Desde o início, criamos uma sistemática diferente do tradicional, focada na educação indígena". Segundo a diretora, há dois anos quase 50% dos alunos matriculados eram de origem indígena. "Hoje, esse número caiu bem e crianças de outras origens são a maioria dos alunos. Considero esse aspecto positivo pela troca de cultura que essa mistura permite", considerou a diretora.
A cacique da Aldeia Urbana Marçal de Souza, Enir Bezerra, afirma que o declínio no número de alunos indígenas matriculados, deve-se ao trabalho de conscientização realizado com as mulheres da comunidade, que recebem informações sobre controle de natalidade. "Hoje, menos de 30% dos alunos matriculados na Escola Sulivan Silvestre são de origem indígena. Isso demonstra que as mulheres Terena estão cada vez mais conscientes sobre a responsabilidade que vem após o nascimento de uma criança. Elas sabem que precisa de um planejamento familiar para garantir que seus filhos tenham qualidade de vida. Felizmente, a quantidade de filhos dentro das casas Terena tem diminuído significativamente", comemora a cacique.
Integração - O professor indígena Itamar Pereira destaca a importância do resgate da língua Terena. O educador lembrou que a maioria das crianças indígenas que nasce na cidade já está inserida nos costumes de outras raças, principalmente a dos brancos e, não têm contato com a língua Terena, já que os pais e avós não a utilizam em casa. "É aqui na escola que esses pequenos índios aprendem a linguagem Terena. Com isso, fazem um resgate da cultura e não perdem sua identidade. Essa língua não pode se perder e, felizmente, a comunidade tem participado e incentivado as crianças e adultos, mesmo os não indígenas a aprenderem nossa língua", comemora Itamar.
Kassiane Santana, 8 anos, disse que mesmo não sendo de origem indígena, desde que entrou na Escola Sulivan Silvestre Oliveira teve curiosidade sobre a cultura e língua Terena. "Tenho um tio que é índio. Acho muito bonitos seus costumes. Convivo com meus colegas da escola, em sua maioria índios. Me sinto parte dessa comunidade", assumiu a estudante.
Durante as aulas da cultura Terena, os alunos aprendem, além da língua, as danças, costumes e história deste povo. O professor Itamar explica que essas crianças passam a conhecer a história da ocupação da Aldeia Urbana Marçal de Souza até os dias atuais. "Dentro do projeto, as crianças conhecem sua verdadeira história. Utilizamos a conversação através da língua Terena durante todo o tempo em que estão em sala de aula", explica Itamar. As atividades extra-curriculares acontecem no período em que essas crianças não estão em aula.
Lucimar adiantou que existe um projeto para elaboração do glossário ou mini-vocabulário da língua Terena. "Montamos o projeto e encaminhamos para a Secretaria de Educação. A previsão é que no ano o que vem esse material já possa ser utilizado", disse.
Diferencial - A EM Sulivan Silvestre Oliveira é reconhecida em nível nacional, por ser a primeira escola do país voltada para uma comunidade indígena organizada, com 100% da mesma etnia. "As outras escolas atendem índios de etnias diversas. Mesmo a escola sendo aberta a todos, acabou concentrando apenas crianças indígenas da comunidade Terena", afirma a diretora.
No ano passado, o coral das crianças Terena da Aldeia Marçal de Souza fez uma aparição durante a programação da Rede Globo. "A Globo selecionou a cantata de Natal apresentada por diversos corais do país. Mandamos uma fita das crianças apresentando a música na língua Terena e o resultado foi sua veiculação durante o Fantástico, no mês de dezembro de 2008", informou orgulhosa Lucimar Trindade.
Fonte: Prefeitura Municipal
De acordo com a diretora da escola, Lucimar Trindade, a cultura e tradição do povo Terena são apresentadas aos alunos desde o ingresso na escola. Em sala de aula é desenvolvido o projeto da cultura Terena. Uma réplica da moradia daquela tribo, batizada como Morada do Povo Terena, foi construída ao lado do portão principal da escola. "Logo na entrada da casa Terena, os alunos se deparam com a tarimba (cama), traduzida na linguagem Terena por Ípe e o fogão de barro (Yúku). Tudo foi pensado para traduzir da maneira mais verdadeira os costumes daquela etnia".
Lucimar explica que a escola foi criada, num primeiro momento, para atender a comunidade indígena da Aldeia Marçal de Souza. "A escola foi construída na mesma época das casas que hoje atendem a comunidade da aldeia. Desde o início, criamos uma sistemática diferente do tradicional, focada na educação indígena". Segundo a diretora, há dois anos quase 50% dos alunos matriculados eram de origem indígena. "Hoje, esse número caiu bem e crianças de outras origens são a maioria dos alunos. Considero esse aspecto positivo pela troca de cultura que essa mistura permite", considerou a diretora.
A cacique da Aldeia Urbana Marçal de Souza, Enir Bezerra, afirma que o declínio no número de alunos indígenas matriculados, deve-se ao trabalho de conscientização realizado com as mulheres da comunidade, que recebem informações sobre controle de natalidade. "Hoje, menos de 30% dos alunos matriculados na Escola Sulivan Silvestre são de origem indígena. Isso demonstra que as mulheres Terena estão cada vez mais conscientes sobre a responsabilidade que vem após o nascimento de uma criança. Elas sabem que precisa de um planejamento familiar para garantir que seus filhos tenham qualidade de vida. Felizmente, a quantidade de filhos dentro das casas Terena tem diminuído significativamente", comemora a cacique.
Integração - O professor indígena Itamar Pereira destaca a importância do resgate da língua Terena. O educador lembrou que a maioria das crianças indígenas que nasce na cidade já está inserida nos costumes de outras raças, principalmente a dos brancos e, não têm contato com a língua Terena, já que os pais e avós não a utilizam em casa. "É aqui na escola que esses pequenos índios aprendem a linguagem Terena. Com isso, fazem um resgate da cultura e não perdem sua identidade. Essa língua não pode se perder e, felizmente, a comunidade tem participado e incentivado as crianças e adultos, mesmo os não indígenas a aprenderem nossa língua", comemora Itamar.
Kassiane Santana, 8 anos, disse que mesmo não sendo de origem indígena, desde que entrou na Escola Sulivan Silvestre Oliveira teve curiosidade sobre a cultura e língua Terena. "Tenho um tio que é índio. Acho muito bonitos seus costumes. Convivo com meus colegas da escola, em sua maioria índios. Me sinto parte dessa comunidade", assumiu a estudante.
Durante as aulas da cultura Terena, os alunos aprendem, além da língua, as danças, costumes e história deste povo. O professor Itamar explica que essas crianças passam a conhecer a história da ocupação da Aldeia Urbana Marçal de Souza até os dias atuais. "Dentro do projeto, as crianças conhecem sua verdadeira história. Utilizamos a conversação através da língua Terena durante todo o tempo em que estão em sala de aula", explica Itamar. As atividades extra-curriculares acontecem no período em que essas crianças não estão em aula.
Lucimar adiantou que existe um projeto para elaboração do glossário ou mini-vocabulário da língua Terena. "Montamos o projeto e encaminhamos para a Secretaria de Educação. A previsão é que no ano o que vem esse material já possa ser utilizado", disse.
Diferencial - A EM Sulivan Silvestre Oliveira é reconhecida em nível nacional, por ser a primeira escola do país voltada para uma comunidade indígena organizada, com 100% da mesma etnia. "As outras escolas atendem índios de etnias diversas. Mesmo a escola sendo aberta a todos, acabou concentrando apenas crianças indígenas da comunidade Terena", afirma a diretora.
No ano passado, o coral das crianças Terena da Aldeia Marçal de Souza fez uma aparição durante a programação da Rede Globo. "A Globo selecionou a cantata de Natal apresentada por diversos corais do país. Mandamos uma fita das crianças apresentando a música na língua Terena e o resultado foi sua veiculação durante o Fantástico, no mês de dezembro de 2008", informou orgulhosa Lucimar Trindade.
Fonte: Prefeitura Municipal
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