De Pueblos Indígenas en Brasil
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Vão começar oficinas sobre sustentabilidade de aldeias indígenas
20/08/2009
Autor: Flavia Bernardes
Fonte: Século Diário - http://www.seculodiario.com/exibir_noticia.asp?id=3811
Na próxima semana os índios Tupinikim e Guarani do Estado já estarão a postos para discutir os projetos que deverão ser instalados nas aldeias. O objetivo é resgatar a cultura e garantir a sustentabilidade das famílias após a devolução dos mais de 11 mil hectares de terras que estavam ocupadas pela Aracruz Celulose. A área será recuperada e zoneada de acordo com os projetos.
Segundo o estudo agroecológico - em processo de finalização -, feito na região, 70% dos 18 mil hectares de terras indígenas ocupados pela Aracruz Celulose até 2007 estão cobertos de eucalipto e é a partir desta realidade que os índios deverão definir o seu futuro.
Para chegar às oficinas, um longo estudo foi realizado na região para levantar quais as atividades já desenvolvidas na região, quais tiveram que ser abandonadas com o fim dos recursos naturais e o que poderia ser aplicado a partir da nova realidade. As oficinas irão dar suporte para que os índios definam os projetos ligados a alimentação, criação de peixes em tanques e reflorestamento, entre outras necessidades.
Segundo os técnicos, que realizaram os estudos através da ONG Anair (Associação Nacional de Ação Indigenísta), os índios foram ouvifos, assim como suas experiências e histórias, para que a partir daí fosse feita uma lista de suas práticas, dos costumes e do que eles propuseram para a região.
Entre os projetos propostos pelos índios predomina a necessidade de produção de alimentos, ou seja, implantação de roças - incluindo roças multifuncionais, em que a comunidade também utiliza a fibra da banana para a produção de artesanato -, criação de galinhas e hortas.
"A terra em alguns lugares já era usada para roças, mas esse terreno também possui nutrientes baixos e já foi muito maltratado com insumos químicos, portanto é necessário construir um novo modelo de cultivo. Os guaranis já possuem plantios sem nenhum tipo de insumo, mas eles também estão em um pedaço de terra pequeno e uma redistribuição também deverá ocorrer", ressaltou Carlo Eduardo Mazzetto Silva, que coordena a área agroecológica do estudo através da ONG Anair, que atende índios do Nordeste até o Espírito Santo.
Entre as ações previstas pelos índios também consta o reflorestamento de áreas de nascentes. Durante as oficinas também serão discutidos quantos mil hectares serão dedicados exclusivamente à recuperação da Mata Atlântica. A recuperação da floresta nativa irá proporcionar aos índios a possibilidade de que eles retomem seus antigos costumes, incluindo também a tradição religiosa e o artesanato.
Para isso, explicou Mazzeto, será necessário o apoio de órgãos ambientais, tanto na orientação técnica para o acompanhamento das ações como de instalação de cercas, proteção contra fogo, entre outros cuidados.
As oficinas que deverão orientar os trabalhos nas aldeias são o resultado do estudo etnoambiental, que avaliou as condições da terra, os prejuízos culturais causados pela exploração na região, as forma de vida no passado e como isso poderá ser resgatado.
O estudo é uma exigência do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado entre a Aracruz Celulose e os indígenas.
A expectativa dos índios é de que, através do estudo e dos debates promovidos, seja possível reverter a situação de degradação em que se encontra o território indígena. Este território foi explorado por cerca de 40 anos pela Aracruz Celulose, que, além de devastar a mata atlântica, contaminou rios e deixou as comunidades sem condições de subsistência.
Ao todo, o Espírito Santo abriga 2.466 índios Tupinikim e Guarani distribuídos em sete aldeias. Além destas, mais três aldeias aguardam finalização de projetos assim que o zoneamento for definido. São elas as aldeias de Olho d"Água, Areal e dos Macacos.
Segundo o estudo agroecológico - em processo de finalização -, feito na região, 70% dos 18 mil hectares de terras indígenas ocupados pela Aracruz Celulose até 2007 estão cobertos de eucalipto e é a partir desta realidade que os índios deverão definir o seu futuro.
Para chegar às oficinas, um longo estudo foi realizado na região para levantar quais as atividades já desenvolvidas na região, quais tiveram que ser abandonadas com o fim dos recursos naturais e o que poderia ser aplicado a partir da nova realidade. As oficinas irão dar suporte para que os índios definam os projetos ligados a alimentação, criação de peixes em tanques e reflorestamento, entre outras necessidades.
Segundo os técnicos, que realizaram os estudos através da ONG Anair (Associação Nacional de Ação Indigenísta), os índios foram ouvifos, assim como suas experiências e histórias, para que a partir daí fosse feita uma lista de suas práticas, dos costumes e do que eles propuseram para a região.
Entre os projetos propostos pelos índios predomina a necessidade de produção de alimentos, ou seja, implantação de roças - incluindo roças multifuncionais, em que a comunidade também utiliza a fibra da banana para a produção de artesanato -, criação de galinhas e hortas.
"A terra em alguns lugares já era usada para roças, mas esse terreno também possui nutrientes baixos e já foi muito maltratado com insumos químicos, portanto é necessário construir um novo modelo de cultivo. Os guaranis já possuem plantios sem nenhum tipo de insumo, mas eles também estão em um pedaço de terra pequeno e uma redistribuição também deverá ocorrer", ressaltou Carlo Eduardo Mazzetto Silva, que coordena a área agroecológica do estudo através da ONG Anair, que atende índios do Nordeste até o Espírito Santo.
Entre as ações previstas pelos índios também consta o reflorestamento de áreas de nascentes. Durante as oficinas também serão discutidos quantos mil hectares serão dedicados exclusivamente à recuperação da Mata Atlântica. A recuperação da floresta nativa irá proporcionar aos índios a possibilidade de que eles retomem seus antigos costumes, incluindo também a tradição religiosa e o artesanato.
Para isso, explicou Mazzeto, será necessário o apoio de órgãos ambientais, tanto na orientação técnica para o acompanhamento das ações como de instalação de cercas, proteção contra fogo, entre outros cuidados.
As oficinas que deverão orientar os trabalhos nas aldeias são o resultado do estudo etnoambiental, que avaliou as condições da terra, os prejuízos culturais causados pela exploração na região, as forma de vida no passado e como isso poderá ser resgatado.
O estudo é uma exigência do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado entre a Aracruz Celulose e os indígenas.
A expectativa dos índios é de que, através do estudo e dos debates promovidos, seja possível reverter a situação de degradação em que se encontra o território indígena. Este território foi explorado por cerca de 40 anos pela Aracruz Celulose, que, além de devastar a mata atlântica, contaminou rios e deixou as comunidades sem condições de subsistência.
Ao todo, o Espírito Santo abriga 2.466 índios Tupinikim e Guarani distribuídos em sete aldeias. Além destas, mais três aldeias aguardam finalização de projetos assim que o zoneamento for definido. São elas as aldeias de Olho d"Água, Areal e dos Macacos.
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