De Pueblos Indígenas en Brasil
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News
Brasil e Venezuela querem eliminar doença
09/09/2009
Autor: LUANY DIAS
Fonte: Folha de Boa Vista - http://www.folhabv.com.br/fbv/noticia.php?id=69841
O combate à doença infecciosa denominada oncocercose, que no País afeta principalmente a comunidade indígena Yanomami, foi discutido ontem por representantes do Brasil e Venezuela, dando início a II Reunião do Subgrupo de Trabalho em Saúde na Fronteira (STSF), no hotel Aipana Plaza. Foi estabelecido um pacto para eliminar a doença na fronteira até 2012.
O mal é a segunda maior causa infecciosa de cegueira no mundo, oferece lesões à pele e é causado pela picada do mosquito pium contaminado por microfilárias.
A Folha não obteve dados estatísticos de quantos indígenas estariam contaminados pela doença, também conhecida como "cegueira dos rios", mas existem pelo menos 45 funcionários da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e Funai (Fundação Nacional do Índio) que tomam medicamentos para conter o avanço da doença, uma vez que exames deram resultado positivo.
Segundo explicou a coordenadora do Programa de Oncocercose, Joana Claudete, os profissionais adquiriram a doença quando iniciaram os trabalhos na região há mais de 10 anos. "Hoje a probabilidade de contrair o mal é bem menor, porque os indígenas estão sendo medicados e isso evita que o mosquito prolifere a doença", afirmou.
A coordenadora esclareceu ainda que hoje, depois de mais de 10 anos de tratamento no País, a situação encontra-se amenizada e nas cidades não há perigo de contaminação, mesmo em locais próximo a rios e bueiros. Porém, um dos pontos polêmicos é a fronteira do Brasil com a Venezuela, na área indígena Yanomami, pois falta assistência médica em locais de difícil acesso.
"Em Roraima, o tratamento é feito, mas o contato com os indígenas do outro lado da fronteira atrapalha o índice satisfatório de cura da doença. A preocupação não é tanta como no início da década de 90, em que 80% dos Yanomami tinham a doença", comparou Joana Claudete.
Diante do Programa de Combate à Oncocercose e da discussão da doença na reunião de ontem, ficou explícito, entre os planos de ação, o tratamento em massa nos dois países, com a meta de tratar 85% da população Yanomami, já que crianças menores de cinco anos e mulheres grávidas não podem fazer uso da medicação. "Com esse tratamento, podemos chegar à eliminação da oncocercose até o ano de 2012. A reunião é importante para discutir e elaborar planos que viabilizem recursos para que se possa ampliar o tratamento em locais onde só se entra de helicóptero", disse.
ENCONTRO - A reunião se estende até sexta-feira, com o objetivo de estabelecer diretrizes e definir pactos para a saúde na fronteira, a partir da elaboração de planos de ação conjunta entre representantes do Brasil e Venezuela.
Os participantes discutirão sob a coordenação de comissões de trabalho nas áreas de saúde indígena, atenção à saúde, assistência e prevenção do HIV/AIDS, além de vigilância sanitária, epidemiológica e saúde ambiental. Os seis temas serão discutidos por subcomissões hoje durante todo o dia e amanhã pela manhã. Na tarde de quinta-feira, as subcomissões se reúnem novamente e começam as apresentações a cerca dos planos, para então, na sexta-feira, fazer os encaminhamentos.
A primeira discussão ocorreu em maio deste ano, em Santa Elena do Uairén, na Venezuela. O coordenador nacional suplente da saúde no Mercosul, Fernando Assoni, ressaltou a importância da elaboração conjunta dos planos de ações para se buscar soluções aos problemas sanitários de fronteira.
"Daqui deve-se sair com ações concretas com prazos estipulados para a implementação. O próximo passo, após a conclusão dos trabalhos, é a viabilização de recursos para a infraestrutura, como pistas, postos de saúde e recursos humanos. Definiremos os objetivos operacionais necessários e as estratégias no âmbito da saúde indígena, por meio de um acordo de cooperação técnica", informou.
O Subgrupo nasceu da IX Reunião Binacional do Grupo de Trabalho sobre Desenvolvimento Fronteiriço (GTDF) Brasil-Venezuela, formado por representantes dos dois países. Na primeira reunião do Subgrupo, as delegações acordaram em elaborar o Plano de Ação de Saúde na Fronteira, mostrando o interesse dos países em fortalecer as relações.
O mal é a segunda maior causa infecciosa de cegueira no mundo, oferece lesões à pele e é causado pela picada do mosquito pium contaminado por microfilárias.
A Folha não obteve dados estatísticos de quantos indígenas estariam contaminados pela doença, também conhecida como "cegueira dos rios", mas existem pelo menos 45 funcionários da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e Funai (Fundação Nacional do Índio) que tomam medicamentos para conter o avanço da doença, uma vez que exames deram resultado positivo.
Segundo explicou a coordenadora do Programa de Oncocercose, Joana Claudete, os profissionais adquiriram a doença quando iniciaram os trabalhos na região há mais de 10 anos. "Hoje a probabilidade de contrair o mal é bem menor, porque os indígenas estão sendo medicados e isso evita que o mosquito prolifere a doença", afirmou.
A coordenadora esclareceu ainda que hoje, depois de mais de 10 anos de tratamento no País, a situação encontra-se amenizada e nas cidades não há perigo de contaminação, mesmo em locais próximo a rios e bueiros. Porém, um dos pontos polêmicos é a fronteira do Brasil com a Venezuela, na área indígena Yanomami, pois falta assistência médica em locais de difícil acesso.
"Em Roraima, o tratamento é feito, mas o contato com os indígenas do outro lado da fronteira atrapalha o índice satisfatório de cura da doença. A preocupação não é tanta como no início da década de 90, em que 80% dos Yanomami tinham a doença", comparou Joana Claudete.
Diante do Programa de Combate à Oncocercose e da discussão da doença na reunião de ontem, ficou explícito, entre os planos de ação, o tratamento em massa nos dois países, com a meta de tratar 85% da população Yanomami, já que crianças menores de cinco anos e mulheres grávidas não podem fazer uso da medicação. "Com esse tratamento, podemos chegar à eliminação da oncocercose até o ano de 2012. A reunião é importante para discutir e elaborar planos que viabilizem recursos para que se possa ampliar o tratamento em locais onde só se entra de helicóptero", disse.
ENCONTRO - A reunião se estende até sexta-feira, com o objetivo de estabelecer diretrizes e definir pactos para a saúde na fronteira, a partir da elaboração de planos de ação conjunta entre representantes do Brasil e Venezuela.
Os participantes discutirão sob a coordenação de comissões de trabalho nas áreas de saúde indígena, atenção à saúde, assistência e prevenção do HIV/AIDS, além de vigilância sanitária, epidemiológica e saúde ambiental. Os seis temas serão discutidos por subcomissões hoje durante todo o dia e amanhã pela manhã. Na tarde de quinta-feira, as subcomissões se reúnem novamente e começam as apresentações a cerca dos planos, para então, na sexta-feira, fazer os encaminhamentos.
A primeira discussão ocorreu em maio deste ano, em Santa Elena do Uairén, na Venezuela. O coordenador nacional suplente da saúde no Mercosul, Fernando Assoni, ressaltou a importância da elaboração conjunta dos planos de ações para se buscar soluções aos problemas sanitários de fronteira.
"Daqui deve-se sair com ações concretas com prazos estipulados para a implementação. O próximo passo, após a conclusão dos trabalhos, é a viabilização de recursos para a infraestrutura, como pistas, postos de saúde e recursos humanos. Definiremos os objetivos operacionais necessários e as estratégias no âmbito da saúde indígena, por meio de um acordo de cooperação técnica", informou.
O Subgrupo nasceu da IX Reunião Binacional do Grupo de Trabalho sobre Desenvolvimento Fronteiriço (GTDF) Brasil-Venezuela, formado por representantes dos dois países. Na primeira reunião do Subgrupo, as delegações acordaram em elaborar o Plano de Ação de Saúde na Fronteira, mostrando o interesse dos países em fortalecer as relações.
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