De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias

Fazendeiros contratam segurança para intimidar índios

15/09/2009

Autor: Hélio de Freitas

Fonte: Campo Grande News - http://www.campogrande.news.com.br/canais/view/?canal=8&id=266382




Os proprietários da fazenda Santo Antonio de Nova Esperança, em Rio Brilhante, e donos de áreas vizinhas contrataram uma empresa de segurança privada para vigiar as propriedades e evitar novas invasões indígenas.

O advogado Mário Julio Cerveira, um dos proprietários da Santo Antonio, confirmou nesta terça-feira ao Campo Grande News que a Gaspem Segurança, com sede em Dourados, já está atuando no local.

"Os fazendeiros contrataram pistoleiros para nos intimidar. Ontem à noite eles entraram na fazenda em uns 20 carros. Depois veio um pistoleiro aqui em nosso acampamento conversar comigo. Eu falei que não queremos pistoleiro perto dos nossos barracos", afirmou nesta terça-feira o cacique José Barbosa de Almeida, o Zezinho.

Mário Cerveira rebate a acusação de que existem pistoleiros no local e diz que nenhum segurança foi ao acampamento conversar com os índios. "Mais uma vez, o Zezinho mente para jogar a opinião pública contra os fazendeiros. Eu passei a noite lá com o Arce [Aurelino Arce, dono da Gaspem]. Não conversamos com índio nenhum. Não tem ninguém armado. Não queremos confronto com eles. Até agora acreditamos na justiça e a justiça foi feita", afirmou o fazendeiro.

A Gaspem tem histórico de confrontos em áreas ocupadas por índios.

Em dezembro de 2005, seguranças da empresa foram acusados de matar a tiros o índio Dorvalino Rocha, 39, em Antonio João, na fronteira com o Paraguai. O segurança João Carlos Gimenes foi preso pela Polícia Federal e confessou o crime. O tiro que matou Dorvalino saiu de um revólver calibre 38 pertencente à Gaspem.

Na época, a Gaspem teria sido contratada por fazendeiros de Antonio João, entre eles Dácio Queiroz Silva, ex-prefeito do município e atual diretor da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul).

Os índios reivindicam quase dez mil hectares em Antonio João, onde afirmam existir a área de Nhanderu Marangatu, que chegou a ser demarcada pela presidência da República, mas até hoje não foi ocupada pelos índios em decorrência de recursos obtidos pelos fazendeiros na Justiça Federal.

No dia 8 de janeiro de 2007, seguranças que seriam ligados à Gaspem foram acusados de matar a índia Xurete Lopes, 70, durante desocupação forçada da fazenda Madama, no município de Amambai. Na época, o MPF (Ministério Público Federal) disse que os suspeitos eram ligados à Gaspem, mas o dono da empresa, Aurelino Arce, negou envolvimento de sua equipe no despejo.
 

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