De Pueblos Indígenas en Brasil
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Índios acusam empresa de segurança por ataque
21/09/2009
Autor: Helio de Freitas e Aline dos Santos
Fonte: Campo Grande News - http://www.campogrande.news.com.br/canais/view/?canal=8&id=267099
Os índios guarani-kaiowá do acampamento "Apyka'y", instalado às margens da BR-463, na região do Curral de Arame, em Dourados, acusam funcionários da empresa Gaspem Segurança pelo ataque ocorrido por volta de 1 hora da madrugada de sexta-feira.
De acordo com relatório sobre o episódio, elaborado por um antropólogo do MPF (Ministério Público Federal) e entregue ao procurador da República Marco Antonio Delfino de Almeida, os índios contam que foi "o pessoal da Gaspem" que invadiu o acampamento.
Conforme o procurador, em frente ao acampamento indígena existe até uma guarita da Gaspem - empresa de segurança que tem sede em Dourados e que nos últimos anos passou a atender fazendeiros de Mato Grosso do Sul que enfrentam conflitos agrários com índios e sem-terra. A informação é confirmada pela empresa.
O índio Eugênio Gonçalves, 62, foi baleado na perna. Rose Vilhalva sofreu ferimentos nas costas, provocados por golpes desferidos pelos agressores. Os homens armados também queimaram um barraco e teriam matado um cachorro a tiros.
Na semana passada, a Gaspem foi contratada para fazer segurança nas fazendas próximas ao acampamento indígena no município de Rio Brilhante.
"Quando questionados sobre quem e quantas pessoas participaram da retirada, [os índios] disseram que foram seguranças. Apontaram para o outro lado da rodovia onde se podia visualizar uma construção em madeira pintada de preto e um toldo azul.
Indicaram ser aquela uma 'guarita' onde ficavam os seguranças. O filho do Sr. Eugênio explicou que 8 pessoas fizeram o serviço, enquanto que umas tantas outras observavam o que acontecia. Frisaram que, na Fazenda Serrano, enquanto ocorria a desocupação, um carro da firma dava cobertura", afirma o relatório do MPF.
Durante a diligência ao local do ataque, o antropólogo relatou que foi até a guarita da Gaspem, onde foi atendido por um funcionário da empresa, usando uniforme azul e com o nome "Gaspem Dourados" no bolso da camisa e no boné.
"Questionei-lhe se sabia o que havia acontecido. Respondeu nada ter visto, pois o seu turno de trabalho havia começado há pouco tempo. Afirmou que a empresa havia chegado naquele local no dia de hoje [sexta-feira, 18 de setembro]. Sem que fosse perguntado, explicou que a empresa havia sido contratada para guardar os materiais pertencentes à usina [de cana] mantidos na casa preta de madeira", relatou o antropólogo ao procurador da República.
O ataque ao acampamento dos guarani-kaiowá ocorreu na madrugada de sexta-feira. Pelo menos 15 famílias vivem no local depois que foram despejadas por ordem judicial da fazenda Serrana.
O procurador Marco Antonio Delfino de Almeida instaurou inquérito para investigar o caso. "O que aconteceu não foi uma mera agressão, foi uma agressão racial, uma clara demonstração de intolerância étnica", afirmou o procurador.
Gaspem - Pivô do conflito, a empresa de segurança informou que fornece informações somente pessoalmente. Contudo um gerente, que se identificou apenas como Ricardo, confirmou a existência de uma cabine preta, onde permanecem dois seguranças de dia e dois seguranças à noite.
Segundo ele, os serviços da empresa foram requisitados desde o dia 14. O contrato é válido por 10 dias. "Tem uma guarita sim. A usina [São Fernando] forneceu para nós". De acordo com ele, os seguranças atuam desarmados, ou seja, apenas observam a movimentação dos indígenas.
Contudo, quando questionado se os funcionários não presenciaram o ataque denunciado pelo Cimi ou o motivo de estar em frente ao acampamento, o gerente afirma que a orientação é fornecer somente informações pessoalmente. "Não temo nada a esconder".
De acordo com relatório sobre o episódio, elaborado por um antropólogo do MPF (Ministério Público Federal) e entregue ao procurador da República Marco Antonio Delfino de Almeida, os índios contam que foi "o pessoal da Gaspem" que invadiu o acampamento.
Conforme o procurador, em frente ao acampamento indígena existe até uma guarita da Gaspem - empresa de segurança que tem sede em Dourados e que nos últimos anos passou a atender fazendeiros de Mato Grosso do Sul que enfrentam conflitos agrários com índios e sem-terra. A informação é confirmada pela empresa.
O índio Eugênio Gonçalves, 62, foi baleado na perna. Rose Vilhalva sofreu ferimentos nas costas, provocados por golpes desferidos pelos agressores. Os homens armados também queimaram um barraco e teriam matado um cachorro a tiros.
Na semana passada, a Gaspem foi contratada para fazer segurança nas fazendas próximas ao acampamento indígena no município de Rio Brilhante.
"Quando questionados sobre quem e quantas pessoas participaram da retirada, [os índios] disseram que foram seguranças. Apontaram para o outro lado da rodovia onde se podia visualizar uma construção em madeira pintada de preto e um toldo azul.
Indicaram ser aquela uma 'guarita' onde ficavam os seguranças. O filho do Sr. Eugênio explicou que 8 pessoas fizeram o serviço, enquanto que umas tantas outras observavam o que acontecia. Frisaram que, na Fazenda Serrano, enquanto ocorria a desocupação, um carro da firma dava cobertura", afirma o relatório do MPF.
Durante a diligência ao local do ataque, o antropólogo relatou que foi até a guarita da Gaspem, onde foi atendido por um funcionário da empresa, usando uniforme azul e com o nome "Gaspem Dourados" no bolso da camisa e no boné.
"Questionei-lhe se sabia o que havia acontecido. Respondeu nada ter visto, pois o seu turno de trabalho havia começado há pouco tempo. Afirmou que a empresa havia chegado naquele local no dia de hoje [sexta-feira, 18 de setembro]. Sem que fosse perguntado, explicou que a empresa havia sido contratada para guardar os materiais pertencentes à usina [de cana] mantidos na casa preta de madeira", relatou o antropólogo ao procurador da República.
O ataque ao acampamento dos guarani-kaiowá ocorreu na madrugada de sexta-feira. Pelo menos 15 famílias vivem no local depois que foram despejadas por ordem judicial da fazenda Serrana.
O procurador Marco Antonio Delfino de Almeida instaurou inquérito para investigar o caso. "O que aconteceu não foi uma mera agressão, foi uma agressão racial, uma clara demonstração de intolerância étnica", afirmou o procurador.
Gaspem - Pivô do conflito, a empresa de segurança informou que fornece informações somente pessoalmente. Contudo um gerente, que se identificou apenas como Ricardo, confirmou a existência de uma cabine preta, onde permanecem dois seguranças de dia e dois seguranças à noite.
Segundo ele, os serviços da empresa foram requisitados desde o dia 14. O contrato é válido por 10 dias. "Tem uma guarita sim. A usina [São Fernando] forneceu para nós". De acordo com ele, os seguranças atuam desarmados, ou seja, apenas observam a movimentação dos indígenas.
Contudo, quando questionado se os funcionários não presenciaram o ataque denunciado pelo Cimi ou o motivo de estar em frente ao acampamento, o gerente afirma que a orientação é fornecer somente informações pessoalmente. "Não temo nada a esconder".
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