De Pueblos Indígenas en Brasil
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News
Dois índios são assassinados em emboscada
31/03/2003
Autor: ÂNGELA LACERDA
Fonte: Estado de S. Paulo-São Paulo-SP
Cacique, também ameaçado de morte, culpa o narcotráfico pelos crimes
Dois índios da tribo trucá foram mortos a tiros de espingarda e fuzil anteontem à tarde em uma emboscada, na Ilha de Assunção, em Cabrobó, a 606 quilômetros do Recife, no sertão do São Francisco. O cacique trucá Aílson dos Santos garante que as mortes foram motivadas pelo narcotráfico e aponta três índios da sua tribo como os autores dos disparos.
Segundo o cacique, os irmãos João Batista, de 38 anos, e Antonio Roberto, de 34, morreram pela mesma razão pela qual ele vem sendo ameaçado de morte desde outubro: ser contra o narcotráfico e o plantio de maconha em terras indígenas que se localizam no chamado Polígono da Maconha. "Outros vão morrer, e eu sou o primeiro da lista, por falta de um sistema de segurança do governo federal, que não dá suporte à Polícia Federal e à Polícia Militar", afirmou Santos. "Nós não recebemos proteção nem podemos andar armados, por isso vivo escondido no meio do mato."
O povo trucá tem cerca de 4 mil índios e aguarda a demarcação de terra numa área de 4,4 mil hectares. Outros 1,6 mil já estão demarcados. A comunidade está dividida. Há lideranças apoiando a posição do cacique, que é contra o envolvimento com o tráfico e luta pela demarcação das terras. Outros estão envolvidos com o tráfico, entre eles os acusados pelo cacique de assassinarem os índios.
O crime está sendo investigado pela Polícia Federal. Neste ano, quatro índios foram mortos no Estado.
Dois índios da tribo trucá foram mortos a tiros de espingarda e fuzil anteontem à tarde em uma emboscada, na Ilha de Assunção, em Cabrobó, a 606 quilômetros do Recife, no sertão do São Francisco. O cacique trucá Aílson dos Santos garante que as mortes foram motivadas pelo narcotráfico e aponta três índios da sua tribo como os autores dos disparos.
Segundo o cacique, os irmãos João Batista, de 38 anos, e Antonio Roberto, de 34, morreram pela mesma razão pela qual ele vem sendo ameaçado de morte desde outubro: ser contra o narcotráfico e o plantio de maconha em terras indígenas que se localizam no chamado Polígono da Maconha. "Outros vão morrer, e eu sou o primeiro da lista, por falta de um sistema de segurança do governo federal, que não dá suporte à Polícia Federal e à Polícia Militar", afirmou Santos. "Nós não recebemos proteção nem podemos andar armados, por isso vivo escondido no meio do mato."
O povo trucá tem cerca de 4 mil índios e aguarda a demarcação de terra numa área de 4,4 mil hectares. Outros 1,6 mil já estão demarcados. A comunidade está dividida. Há lideranças apoiando a posição do cacique, que é contra o envolvimento com o tráfico e luta pela demarcação das terras. Outros estão envolvidos com o tráfico, entre eles os acusados pelo cacique de assassinarem os índios.
O crime está sendo investigado pela Polícia Federal. Neste ano, quatro índios foram mortos no Estado.
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