De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias

Índios terena pedem apoio contra ameaças em Miranda

04/12/2009

Autor: Ângela Kempfer e Danúbia Burema

Fonte: Campo Grande News - http://www.campogrande.news.com.br/canais/view/?canal=8&id=275372




Um grupo de lideranças das aldeias Cachoeirinha e Lagoinha, de Miranda, vieram hoje a Campo Grande denunciar ameaças e pedir apoio contra fazendeiros da região que estariam revoltados com decisão da 1ª Turma do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) que revogou neta semana liminar e manteve os índios terena na Fazenda Petrópolis, do ex-governador Pedro Pedrossian.

Segundo o grupo, depois que souberam da decisão favorável aos índios, os produtores rurais passaram a fazer ameaças de morte às famílias. Sete pessoas que lideram o movimento de ocupação da área já teriam sido abordados por fazendeiros e recebido aviso dos fazendeiros. "Dizem que vão tirar a gente nem que seja a bala", comenta Euder Adelinp Candelaro, de 39 anos.

Ele diz que produtores da região fecharam os acessos à aldeia, o que impede que os índios busquem comida na Cachoeirinha.

A Justiça Federal suspendeu os efeitos da decisão de primeiro grau que determinava a reintegração de posse da área ocupada pelos Terena desde 21 de outubro. Os índios querem ampliar a aldeia Cachoeirinha, processo de demarcação já foi iniciado e suspenso por conta da briga judicial.

Os índios que chegaram hoje de Miranda temem que mais lideranças sejam assassinadas, como o que ocorreu com o professor guarani Genivaldo Vera, morto durante confronto com seguranças de fazenda em Japorã. Outro professor, Rolindo Vera, também desapareceu no mesmo dia, mas ainda não há notícia sobre o que aconteceu com ele.

"O clima ficou muito tenso", diz o terena. Cerca de 500 famílias indígenas estão na fazenda Petrópolis e dizem que vão resistir até que o processo de demarcação termine.

"Não vamos sair, mesmo com ameaça", diz Ramão Vieira de Souza de 37 anos. Segundo ele, a revolta não se resume aos donos da Petrópolis, outro fazendeiro da região também teria dito que "a entrega das terras não sairia de graça para os índios".

A denúncia feita pelos terena será encaminhada pelo Centro de Defesa dos Direitos Humanos - Marçal de Souza, ao Ministério Público Federal.
 

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