De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
SES é referência recebe felicitação do Ministério da Saúde
20/02/2010
Fonte: Dourados Agora - http://www.douradosagora.com.br/not-view.php?not_id=275494
Na semana passada a secretária de Estado de Saúde, Beatriz Dobashi, recebeu um documento do Ministério da Saúde comunicando sobre a elaboração do Caderno da Atenção Básica n 23 "Saúde da Criança, Nutrição Infantil - Aleitamento Materno e Alimentação Complementar", e a distribuição do material prioritariamente às equipes de Saúde da Família do Brasil, com o intuito de qualificar a atenção à saúde integral da criança na Atenção Básica.
O documento também felicita toda a equipe da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul pelas publicações relacionadas a este tema que serviram como referência para a produção do Caderno: "Este Ministério da Saúde reconhece a importância das publicações produzidas para a qualificação e o aperfeiçoamento do cuidado integral e humanizado em saúde e solicita que seja transmitido a todos os autores e atores implicados, congratulações pelo excelente trabalho desempenhado".
As publicações da qual o documento refere-se são as cartilhas:
Aleitamento materno e introdução de novos alimentos: a sua importância - etnia Terena;
Aleitamento Materno: alimento da mãe para o filho - etnia Guarani-Kaiowá;
Amamentação em Libras: glossário bilíngue.
As duas primeiras publicações foram lançadas no final de 2007 e a terceira no segundo semestre de 2008.
O trabalho foi uma iniciativa inédita do governo do Estado em parceria tanto com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) quanto com a Secretaria de Estado de Educação (SED). Na época foram confeccionados e distribuídos aproximadamente 10 mil exemplares do material indígena e 500 exemplares referentes ao glossário bilíngue.
Cartilhas Indígenas
As cartilhas foram financiadas, exclusivamente, pelo governo estadual e distribuídas nas aldeias de Mato Grosso do Sul de etnias Terena e Guarani-Kaiowá. De acordo com a gerente do setor da Saúde da Criança e Aleitamento Materno da SES, Fátima Scarcelli, o projeto teve inicio em 2004, quando a secretaria convidou a Funasa para participar do Comitê Estadual de Estímulo ao Aleitamento Materno do Mato Grosso do Sul.
Desse momento em diante, muitas oficinas foram realizadas com a participação de professores índios, agentes comunitários, mulheres índias, lideranças das etnias Terena, Guarani-Kaiowá e Kadwéu e técnicos da SES e da Funasa.
Segundo Scarcelli, "foi um material elaborado a partir da cultura indígena, não houve a interferência da cultura do branco. Nós deixamos bem claro que não queríamos essa interferência para a elaboração da cartilha e foi respeitada a cultura de cada etnia".
Para garantir que a língua não fosse uma barreira para atingir o objetivo, os moradores ajudaram a secretaria a fazer a cartilha em português, Terena, Kadiwéu e Guarani-Kaiowá. A tradução foi feita pelos indígenas e as ilustrações, pelos participantes das oficinas.
Até a fase de distribuição, as cartilhas, demoraram aproximadamente três anos para serem elaboradas. Primeiro foi trabalhado os conteúdos nas oficinas com as comunidades, depois o material foi revisado e encaminhado às comunidades indígenas para aprovação e somente depois impresso.
Com o material a SES e a Funasa pretendem informar e sensibilizar a comunidade. As cartilhas visam esclarecer às mães índias a importância da amamentação correta, estimular o aleitamento materno e tentar acabar com a desnutrição, uma das principais causas de morte entre as crianças indígenas.
Os temas abordados nas cartilhas foram a importância do pré-natal, cuidados durante a gestação, hábitos alimentares das crianças das aldeias e vantagens do aleitamento materno. O projeto constitui um trabalho pioneiro no Brasil e trouxe uma perspectiva inovadora para a promoção da saúde devendo, portanto, ter continuidade a fim de se atender as demais comunidades indígenas do país.
Glossário Bilíngue
O glossário bilíngüe de amamentação em Libras (Língua Brasileira de Sinais) é resultado de observações dos profissionais da equipe de Aleitamento da SES que perceberam a dificuldade de comunicação entre eles e as mães surdas.
Assim, após diversos debates e três oficinas pedagógicas entre profissionais da saúde, do Centro de Capacitação de Profissionais da educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS) e mães surdas foi elaborado o glossário que tem por finalidade amenizar os desafios da comunicação.
No lançamento ocorrido também em 2008 além do glossário impresso com a criação de 99 sinais de "Amamentação em Libras" foi produzido o vídeo "Contextualização da temática Amamentação em Libras".
Já foi aprovado um novo protocolo de atuação conjunta entre SES e SED para que seja oferecido um "Curso Interativo de Amamentação em Libras".
Benefícios do leite
O aleitamento materno é prática preconizada pelo Ministério da Saúde, e essencial para a saúde da criança nos primeiros anos de vida. O leite materno deve ser oferecido, exclusivamente, até os seis meses de vida do bebê. A partir desde período, é indicada além da amamentação a introdução de outros alimentos.
Os benefícios da amamentação são inúmeros. Entre eles, pode-se destacar que o leite materno é o único alimento capaz de oferecer todos os nutrientes na quantidade exata de que o bebê precisa para seu crescimento e desenvolvimento; também garante à criança a proteção contra infecções, alergias e outras doenças e à mãe, menos chances de desenvolver anemia, câncer de mama, diabetes e risco de hemorragia pós-parto.
O ato de amamentar ainda contribui para que a mãe perca mais rapidamente o peso adquirido durante a gestação, e auxilia no desenvolvimento da face, da dentição e da fala da criança e sua respiração, além de fortalecer o vínculo afetivo entre mãe e filho.
Êxito
Além dos bons resultados encontrados após a distribuição e aplicação das orientações das cartilhas, a equipe do setor de Aleitamento Materno e Saúde da Criança da SES já foi convidada para participar de vários eventos nacionais e internacionais para apresentar a experiência, entre eles, o VII Congresso Internacional e 13 Seminário Nacional do Instituto Nacional de Educação de Surdos.
Os trabalhos também foram matéria de revistas especializadas na área da saúde e de outra de circulação nacional.
O documento também felicita toda a equipe da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul pelas publicações relacionadas a este tema que serviram como referência para a produção do Caderno: "Este Ministério da Saúde reconhece a importância das publicações produzidas para a qualificação e o aperfeiçoamento do cuidado integral e humanizado em saúde e solicita que seja transmitido a todos os autores e atores implicados, congratulações pelo excelente trabalho desempenhado".
As publicações da qual o documento refere-se são as cartilhas:
Aleitamento materno e introdução de novos alimentos: a sua importância - etnia Terena;
Aleitamento Materno: alimento da mãe para o filho - etnia Guarani-Kaiowá;
Amamentação em Libras: glossário bilíngue.
As duas primeiras publicações foram lançadas no final de 2007 e a terceira no segundo semestre de 2008.
O trabalho foi uma iniciativa inédita do governo do Estado em parceria tanto com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) quanto com a Secretaria de Estado de Educação (SED). Na época foram confeccionados e distribuídos aproximadamente 10 mil exemplares do material indígena e 500 exemplares referentes ao glossário bilíngue.
Cartilhas Indígenas
As cartilhas foram financiadas, exclusivamente, pelo governo estadual e distribuídas nas aldeias de Mato Grosso do Sul de etnias Terena e Guarani-Kaiowá. De acordo com a gerente do setor da Saúde da Criança e Aleitamento Materno da SES, Fátima Scarcelli, o projeto teve inicio em 2004, quando a secretaria convidou a Funasa para participar do Comitê Estadual de Estímulo ao Aleitamento Materno do Mato Grosso do Sul.
Desse momento em diante, muitas oficinas foram realizadas com a participação de professores índios, agentes comunitários, mulheres índias, lideranças das etnias Terena, Guarani-Kaiowá e Kadwéu e técnicos da SES e da Funasa.
Segundo Scarcelli, "foi um material elaborado a partir da cultura indígena, não houve a interferência da cultura do branco. Nós deixamos bem claro que não queríamos essa interferência para a elaboração da cartilha e foi respeitada a cultura de cada etnia".
Para garantir que a língua não fosse uma barreira para atingir o objetivo, os moradores ajudaram a secretaria a fazer a cartilha em português, Terena, Kadiwéu e Guarani-Kaiowá. A tradução foi feita pelos indígenas e as ilustrações, pelos participantes das oficinas.
Até a fase de distribuição, as cartilhas, demoraram aproximadamente três anos para serem elaboradas. Primeiro foi trabalhado os conteúdos nas oficinas com as comunidades, depois o material foi revisado e encaminhado às comunidades indígenas para aprovação e somente depois impresso.
Com o material a SES e a Funasa pretendem informar e sensibilizar a comunidade. As cartilhas visam esclarecer às mães índias a importância da amamentação correta, estimular o aleitamento materno e tentar acabar com a desnutrição, uma das principais causas de morte entre as crianças indígenas.
Os temas abordados nas cartilhas foram a importância do pré-natal, cuidados durante a gestação, hábitos alimentares das crianças das aldeias e vantagens do aleitamento materno. O projeto constitui um trabalho pioneiro no Brasil e trouxe uma perspectiva inovadora para a promoção da saúde devendo, portanto, ter continuidade a fim de se atender as demais comunidades indígenas do país.
Glossário Bilíngue
O glossário bilíngüe de amamentação em Libras (Língua Brasileira de Sinais) é resultado de observações dos profissionais da equipe de Aleitamento da SES que perceberam a dificuldade de comunicação entre eles e as mães surdas.
Assim, após diversos debates e três oficinas pedagógicas entre profissionais da saúde, do Centro de Capacitação de Profissionais da educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS) e mães surdas foi elaborado o glossário que tem por finalidade amenizar os desafios da comunicação.
No lançamento ocorrido também em 2008 além do glossário impresso com a criação de 99 sinais de "Amamentação em Libras" foi produzido o vídeo "Contextualização da temática Amamentação em Libras".
Já foi aprovado um novo protocolo de atuação conjunta entre SES e SED para que seja oferecido um "Curso Interativo de Amamentação em Libras".
Benefícios do leite
O aleitamento materno é prática preconizada pelo Ministério da Saúde, e essencial para a saúde da criança nos primeiros anos de vida. O leite materno deve ser oferecido, exclusivamente, até os seis meses de vida do bebê. A partir desde período, é indicada além da amamentação a introdução de outros alimentos.
Os benefícios da amamentação são inúmeros. Entre eles, pode-se destacar que o leite materno é o único alimento capaz de oferecer todos os nutrientes na quantidade exata de que o bebê precisa para seu crescimento e desenvolvimento; também garante à criança a proteção contra infecções, alergias e outras doenças e à mãe, menos chances de desenvolver anemia, câncer de mama, diabetes e risco de hemorragia pós-parto.
O ato de amamentar ainda contribui para que a mãe perca mais rapidamente o peso adquirido durante a gestação, e auxilia no desenvolvimento da face, da dentição e da fala da criança e sua respiração, além de fortalecer o vínculo afetivo entre mãe e filho.
Êxito
Além dos bons resultados encontrados após a distribuição e aplicação das orientações das cartilhas, a equipe do setor de Aleitamento Materno e Saúde da Criança da SES já foi convidada para participar de vários eventos nacionais e internacionais para apresentar a experiência, entre eles, o VII Congresso Internacional e 13 Seminário Nacional do Instituto Nacional de Educação de Surdos.
Os trabalhos também foram matéria de revistas especializadas na área da saúde e de outra de circulação nacional.
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