De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Na maior aldeia urbana do Brasil, índios lutam
19/04/2010
Fonte: Midiamax (MS) - http://www.midiamax.com/
Com colares e brincos de artesanato indígena em contraste com o esmalte verde e o celular nas mãos, Enyr da Silva Bezerra, cacique da aldeia urbana Marçal de Souza, diz que é preciso lutar para manter as tradições indígenas. "Hoje, com a reinauguração do memorial de cultura indígena é preciso ressaltar nossas tradições e fazer um resgate cultural cada vez mais forte com nossas crianças", declarou ela.
O dia do índio na maior aldeia urbana do Brasil foi marcado pela presença de autoridades e entrega de sistema de saneamento básico para as 135 famílias que vivem no local. No local estão expostos artesanatos produzidos por índios terenas, kadiwéus e guaranis são que são vendidos para complementar a renda das famílias que moram ali.
Relembrando a história do nascimento da aldeia, a cacique se considera uma mulher audaciosa. "Na cultura do índio, quem manda é o homem, então eu fui muito corajosa em quebrar essa tradição, tive que ter muitas forças".
Viúva e com atuação junto a comunidade, Enyr acredita que é preciso que os próprios índios saibam o que querem para eles. "Hoje, eu gostaria que a comunidade tivesse mais consciência política e também fosse mais organizada, tudo é válido desde que a comunidade esteja organizada", afirma.
Para ela, a maior prova é a própria aldeia urbana Marçal de Souza, que é uma conquista da organização. "Isso tudo começou com organização, não só política, mas de vontade dos vários indígenas que viviam em situação precária aqui em Campo Grande. Eram crianças morrendo por causa de saneamento básico, doenças e desaldeiamento que estava acabando com a nossa cultura", relembra.
Segundo ela, época de eleição é crucial para essa organização. "Agora é o momento que o índio tem que saber o que quer. Não é só chegar para o candidato e perguntar: O que você tem para mim? O candidato não tem nada, nós é que devemos mostrar. Cultura Com pessoas das aldeias Cachoeirinha, Limão Verde, La Lima e Moreira, a aldeia urbana abriga cerca de 700 pessoas que contam com dois professores que buscam manter viva a cultura indígena.
"Temos dois professores índio na escola, um que ensina a língua materna e outro que ensina o artesanato, inclusive o memorial é um bom espaço para continuarmos ensinando o artesanato de nossa cultura para as crianças", explicou.
As crianças caracterizadas para a "dança do pássaro vermelho", enchem os olhos da cacique, que relembra a figura do pajé, curandeiro das tribos indígenas. "O pajé é nosso médico e ver essas crianças dançando uma música de pajé é uma mostra do nosso resgate cultural", comemora.
Preocupada com a perda de algumas tradições, a cacique acredita que algumas igrejas instaladas nas imediações da aldeia acabam contribuindo para que algumas tradições sejam esquecidas ou suprimidas. "Eu vejo com preocupação, pois ao mesmo tempo em que algumas igrejas aqui instaladas fortalecem a língua materna, outras querem exterminar a figura do pajé", lamenta.
"O pajé é o nosso curandeiro e ele trabalha com espíritos, aqui mesmo já não temos mais pajé, e a reprovação por parte de alguns líderes religiosos provoca uma perda de cultura. Eu já vi uma moça que disse que só dançaria no grupo de dança indígena se estivesse bem escondida para o pastor não ver". Para Enyr, esse tipo de conduta tira a cultura do índio. "Uma cultura milenar, que precisa e merece ser preservada".
http://www.midiamax.com/view.php?mat_id=713960
O dia do índio na maior aldeia urbana do Brasil foi marcado pela presença de autoridades e entrega de sistema de saneamento básico para as 135 famílias que vivem no local. No local estão expostos artesanatos produzidos por índios terenas, kadiwéus e guaranis são que são vendidos para complementar a renda das famílias que moram ali.
Relembrando a história do nascimento da aldeia, a cacique se considera uma mulher audaciosa. "Na cultura do índio, quem manda é o homem, então eu fui muito corajosa em quebrar essa tradição, tive que ter muitas forças".
Viúva e com atuação junto a comunidade, Enyr acredita que é preciso que os próprios índios saibam o que querem para eles. "Hoje, eu gostaria que a comunidade tivesse mais consciência política e também fosse mais organizada, tudo é válido desde que a comunidade esteja organizada", afirma.
Para ela, a maior prova é a própria aldeia urbana Marçal de Souza, que é uma conquista da organização. "Isso tudo começou com organização, não só política, mas de vontade dos vários indígenas que viviam em situação precária aqui em Campo Grande. Eram crianças morrendo por causa de saneamento básico, doenças e desaldeiamento que estava acabando com a nossa cultura", relembra.
Segundo ela, época de eleição é crucial para essa organização. "Agora é o momento que o índio tem que saber o que quer. Não é só chegar para o candidato e perguntar: O que você tem para mim? O candidato não tem nada, nós é que devemos mostrar. Cultura Com pessoas das aldeias Cachoeirinha, Limão Verde, La Lima e Moreira, a aldeia urbana abriga cerca de 700 pessoas que contam com dois professores que buscam manter viva a cultura indígena.
"Temos dois professores índio na escola, um que ensina a língua materna e outro que ensina o artesanato, inclusive o memorial é um bom espaço para continuarmos ensinando o artesanato de nossa cultura para as crianças", explicou.
As crianças caracterizadas para a "dança do pássaro vermelho", enchem os olhos da cacique, que relembra a figura do pajé, curandeiro das tribos indígenas. "O pajé é nosso médico e ver essas crianças dançando uma música de pajé é uma mostra do nosso resgate cultural", comemora.
Preocupada com a perda de algumas tradições, a cacique acredita que algumas igrejas instaladas nas imediações da aldeia acabam contribuindo para que algumas tradições sejam esquecidas ou suprimidas. "Eu vejo com preocupação, pois ao mesmo tempo em que algumas igrejas aqui instaladas fortalecem a língua materna, outras querem exterminar a figura do pajé", lamenta.
"O pajé é o nosso curandeiro e ele trabalha com espíritos, aqui mesmo já não temos mais pajé, e a reprovação por parte de alguns líderes religiosos provoca uma perda de cultura. Eu já vi uma moça que disse que só dançaria no grupo de dança indígena se estivesse bem escondida para o pastor não ver". Para Enyr, esse tipo de conduta tira a cultura do índio. "Uma cultura milenar, que precisa e merece ser preservada".
http://www.midiamax.com/view.php?mat_id=713960
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