De Pueblos Indígenas en Brasil
Noticias
Produtores expulsos fazem manifestação
09/06/2003
Autor: Antonio Alberghini
Fonte: A Tarde-Salvador-BA
Cerca de 50 produtores rurais expulsos de suas propriedades, próximo ao Córrego Itinga, pelos índios pataxós, fizeram uma manifestação de protesto no centro de Porto Seguro. Durante a passeata, as famílias expulsas, muitas das quais ainda desabrigadas, reivindicaram o direito de voltar às suas casas, pedindo providências às autoridades, enquanto aguardam a decisão da Justiça Federal de Ilhéus. As lideranças pataxós de Coroa Vermelha afirmam que um levantamento feito em 1983 comprova que a terra é indígena. "A aldeia tem uma população de 4.000 índios e a área já demarcada é insuficiente para a sobrevivência da comunidade", argumentaram.
A manifestação começou em frente à Câmara Municipal de Porto Seguro. Com faixas, cartazes, carros de som e até um trator, os produtores expulsos desde o dia 1º de junho protestaram contra a ocupação indígena. "As famílias trabalham, constroem casas, geram empregos e são expulsas pelos índios", destacava uma faixa exibida pelos manifestantes. "Independentemente de ser terra indígena ou não, que a questão fosse discutida na instância apropriada, mas a invasão, com violência, é inaceitável", argumentou Renato Dória.
Improviso - Entre as famílias expulsas, muitas não sabem onde ficar e estão abrigadas de maneira precária em casas de amigos e parentes, gerando um grave problema social. "Estou na casa de uma amiga, com meus dois filhos, de 4 e 7 anos, sem saber o que será de mim. Na minha propriedade, onde morava há oito anos, estava realizando uma agricultura orgânica de subsistência; agora, estou arrasada", afirmou Andréa Caroline Pregger. "Como pode um senhor de quase 80 anos ser obrigado a dormir no carro, após ter sido expulso de sua propriedade adquirida desde 1959?", questiona Antonio Pellegrini.
As lideranças indígenas pataxós reafirmam tratar-se de terra indígena. "De 1983 a 1986, foi feito um levantamento comprovando que a terra é indígena; em 1997, cerca de 30% deste território foram demarcados e a sua totalidade não foi concluída devido à situação imobiliária, à presença de pousadas, hotéis etc", reza um documento assinado pelas lideranças pataxós. "Foram demarcados apenas 1.493 hectares; 56% desta área são de preservação ambiental e 77 hectares são de área urbana, só nos restando apenas 589 hectares para trabalhar a agricultura". De acordo com os índios, a área demarcada seria insuficiente para garantir o sustento da população da aldeia.
A manifestação começou em frente à Câmara Municipal de Porto Seguro. Com faixas, cartazes, carros de som e até um trator, os produtores expulsos desde o dia 1º de junho protestaram contra a ocupação indígena. "As famílias trabalham, constroem casas, geram empregos e são expulsas pelos índios", destacava uma faixa exibida pelos manifestantes. "Independentemente de ser terra indígena ou não, que a questão fosse discutida na instância apropriada, mas a invasão, com violência, é inaceitável", argumentou Renato Dória.
Improviso - Entre as famílias expulsas, muitas não sabem onde ficar e estão abrigadas de maneira precária em casas de amigos e parentes, gerando um grave problema social. "Estou na casa de uma amiga, com meus dois filhos, de 4 e 7 anos, sem saber o que será de mim. Na minha propriedade, onde morava há oito anos, estava realizando uma agricultura orgânica de subsistência; agora, estou arrasada", afirmou Andréa Caroline Pregger. "Como pode um senhor de quase 80 anos ser obrigado a dormir no carro, após ter sido expulso de sua propriedade adquirida desde 1959?", questiona Antonio Pellegrini.
As lideranças indígenas pataxós reafirmam tratar-se de terra indígena. "De 1983 a 1986, foi feito um levantamento comprovando que a terra é indígena; em 1997, cerca de 30% deste território foram demarcados e a sua totalidade não foi concluída devido à situação imobiliária, à presença de pousadas, hotéis etc", reza um documento assinado pelas lideranças pataxós. "Foram demarcados apenas 1.493 hectares; 56% desta área são de preservação ambiental e 77 hectares são de área urbana, só nos restando apenas 589 hectares para trabalhar a agricultura". De acordo com os índios, a área demarcada seria insuficiente para garantir o sustento da população da aldeia.
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