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Isolamento dificulta vida de guatós
20/07/2003
Autor: Marcelo Fernandes
Fonte: Correio do Estado-Campo Grande-MS
Os 150 índios guatós que vivem na Ilha Ínsua, próximo à divisa de Mato Grosso do Sul com Mato Grosso, enfrentam problemas que podem ser creditados ao isolamento da região. Morando em uma reserva de cerca de oito hectares, localizada na região da baía Uberaba, distante 30 horas de barco de Corumbá, a primeira impressão pode ser de uma área de paz e tranquilidade, mas as dificuldades aparecem a cada dia.
Entre os obstáculos enfrentados diariamente pelas 30 famílias indígenas, o que causa maior preocupação para o líder, cacique Severo, 65 anos, é o trabalho. "Queremos condições para desenvolver nossas atividades, precisamos de meios para trabalhar", declarou.
A intenção é conseguir maquinários que possibilitem o aumento da produção de milho, mandioca, banana, abóbora e cana-de-açúcar, que mantém na ilha. "Se a gente plantar mais, vamos ter como vender mais", avaliou o cacique. Na sede da aldeia, há ainda uma pequena criação de gado, galinhas e porcos.
Além do apoio para o conserto das máquinas rurais que possuem, do combustível que recebem, os índios têm direito a uma cesta básica do Governo do Estado, que retiram mensalmente em Corumbá, na única vez que se deslocam para a cidade. É durante a rápida passagem que aproveitam para vender o artesanato que fabricam e retirar medicamentos para atendimentos emergenciais na aldeia.
Outra preocupação que aflige a liderança guató está relacionada com o meio ambiente. "Nossos peixes estão acabando, nós pegamos para comer, tem turista que leva muito pescado. O pacu já não está saindo mais", revelou Severo.
Televisão
Como medida para evitar grandes retiradas de peixes do rio, os guatós continuam contrários à entrada de embarcações de turismo na região da aldeia. Os guatós acreditam que o grande fluxo de turistas na área da reserva é responsável pela diminuição do estoque pesqueiro. "Agora já parou, mas se voltar vamos ter de tomar medidas para conter os excessos", enfatizou. Em abril de 2002, os índios cobravam pedágio das embarcações de pesca que cruzavam a área da reserva.
Embora isolados do contato urbano, os guatós mantêm-se atualizados sobre o que acontece no "mundo lá fora", via rádio e televisão. Mesmo sem acesso à água encanada, a tribo possui um gerador de energia que funciona à noite, durante os cultos evangélicos que celebram.
Preocupados com a educação das quarenta crianças na aldeia, a comunidade mantém uma escola que tem quatorze alunos matriculados. Eles assistem às aulas, pela manhã, em uma pequena sala. O ambiente comporta séries distintas ao mesmo tempo. O professor é da própria tribo. A ajuda que recebem das três esferas governamentais é bem recebida, mas, segundo cacique Severo, eles querem conquistar meios para trabalhar, "não queremos depender de cesta básica por toda a vida".
Entre os obstáculos enfrentados diariamente pelas 30 famílias indígenas, o que causa maior preocupação para o líder, cacique Severo, 65 anos, é o trabalho. "Queremos condições para desenvolver nossas atividades, precisamos de meios para trabalhar", declarou.
A intenção é conseguir maquinários que possibilitem o aumento da produção de milho, mandioca, banana, abóbora e cana-de-açúcar, que mantém na ilha. "Se a gente plantar mais, vamos ter como vender mais", avaliou o cacique. Na sede da aldeia, há ainda uma pequena criação de gado, galinhas e porcos.
Além do apoio para o conserto das máquinas rurais que possuem, do combustível que recebem, os índios têm direito a uma cesta básica do Governo do Estado, que retiram mensalmente em Corumbá, na única vez que se deslocam para a cidade. É durante a rápida passagem que aproveitam para vender o artesanato que fabricam e retirar medicamentos para atendimentos emergenciais na aldeia.
Outra preocupação que aflige a liderança guató está relacionada com o meio ambiente. "Nossos peixes estão acabando, nós pegamos para comer, tem turista que leva muito pescado. O pacu já não está saindo mais", revelou Severo.
Televisão
Como medida para evitar grandes retiradas de peixes do rio, os guatós continuam contrários à entrada de embarcações de turismo na região da aldeia. Os guatós acreditam que o grande fluxo de turistas na área da reserva é responsável pela diminuição do estoque pesqueiro. "Agora já parou, mas se voltar vamos ter de tomar medidas para conter os excessos", enfatizou. Em abril de 2002, os índios cobravam pedágio das embarcações de pesca que cruzavam a área da reserva.
Embora isolados do contato urbano, os guatós mantêm-se atualizados sobre o que acontece no "mundo lá fora", via rádio e televisão. Mesmo sem acesso à água encanada, a tribo possui um gerador de energia que funciona à noite, durante os cultos evangélicos que celebram.
Preocupados com a educação das quarenta crianças na aldeia, a comunidade mantém uma escola que tem quatorze alunos matriculados. Eles assistem às aulas, pela manhã, em uma pequena sala. O ambiente comporta séries distintas ao mesmo tempo. O professor é da própria tribo. A ajuda que recebem das três esferas governamentais é bem recebida, mas, segundo cacique Severo, eles querem conquistar meios para trabalhar, "não queremos depender de cesta básica por toda a vida".
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