De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Dois indígenas são candidatos em Mato Grosso nestas eleições
18/07/2010
Fonte: Expresso MT - http://www.expressomt.com.br/
O cacique Milton Jorge Turi Rondon, da comunidade Terena, de Rondonópolis, concorre a deputado estadual pelo PSDC.
Ele tem 55 anos, é natural de Dois Irmãos (MS), região onde nasceu a etnia e que hoje se limita a cerca de 3 mil. Ele é professor e mora em Rondonópolis. O outro é Onesimo Une Tserewaririwe, o Onézio Juruna, filho de Mário Juruna (já falecido), que foi cacique e se tornou o único índio brasileiro a assumir mandato de deputado federal entre 83 a 87. Juruna morreu em 2002, aos 58 anos. Ele ficou famoso por andar em Brasília com gravador em punho para gravar "promessas de políticos mentirosos" feitas às reivindicações indígenas.
A exemplo da opção partidária do pai, que disputou vaga na Câmara pelo PDT do Rio de Janeiro, embora fosse de Mato Grosso, Onézio Juruna é candidato pela mesma legenda. Ele tem 31 anos e é da reserva São Marcos, na região de Barra do Garças. Os dois indígenas fazem campanha apostando no apoio de suas etnias. Eles são acostumados a liderar protesto, inclusive com trancamento de rodovias e invasão à sede da Funai, para chamar atenção das autoridades quanto as problemáticas enfrentadas no dia-a-dia, como falta de assistência, de terra e de apoio para resgate da cultura.
No caso dos Terenas, do cacique Rondon, eles receberam terra demarcada muito antes da divisão territorial de Mato Grosso, processo concluído em 1979 com a criação de Mato Grosso do Sul. De 1920 a 1923, o extinto Serviço de Proteção ao Índio (hoje Funai) demarcou a reserva indígena Buritis, em Dois Irmãos, com uma área de 2,9 mil hectares. Na época, a terra já era ocupada por 400 índios Terenas. A nação cresceu e chegou a 3 mil pessoas. Com a super população, as famílias se expandiram para outros lugares.
As que moram em Rondonópolis hoje não possuem áreas. A Funai até tentou colocá-las numa aldeia dos patrícios Bororo, mas só permaneceram ali por quatro anos. Hoje, uns estão habitando no bairro Parque São Jorge, outros à margem do Rio Vermelho e alguns em outros bairros periféricos. Isso impede a convivência tribal em harmonia e estirpa as suas origens. Os terenas criaram até a Associação dos Trabalhadores Indígenas Recanto Pontal Povo Indígena Terena como medida jurídica de mobilização da etnia.
Esta não é a primeira vez que índios tentam cargos eletivos em Mato Grosso. Alguns até foram barrados pela Justiça Eleitoral, como aconteceu com o cacique da aldeia Suruí, José Itabira Suruí, que pediu registro como candidato a vereador por Rondolândia, em 2008, pelo PR. Acabou tendo registro indeferido por ser considerado analfabeto. A Justiça entendeu que o cacique não tinha o domínio das técnicas de leitura e escrita do idioma português. O intrigante é que Suruí já tinha sido candidato a vereador em 2004, em Cacoal (RO).
http://www.expressomt.com.br/noticia.asp?cod=80339&codDep=11
Ele tem 55 anos, é natural de Dois Irmãos (MS), região onde nasceu a etnia e que hoje se limita a cerca de 3 mil. Ele é professor e mora em Rondonópolis. O outro é Onesimo Une Tserewaririwe, o Onézio Juruna, filho de Mário Juruna (já falecido), que foi cacique e se tornou o único índio brasileiro a assumir mandato de deputado federal entre 83 a 87. Juruna morreu em 2002, aos 58 anos. Ele ficou famoso por andar em Brasília com gravador em punho para gravar "promessas de políticos mentirosos" feitas às reivindicações indígenas.
A exemplo da opção partidária do pai, que disputou vaga na Câmara pelo PDT do Rio de Janeiro, embora fosse de Mato Grosso, Onézio Juruna é candidato pela mesma legenda. Ele tem 31 anos e é da reserva São Marcos, na região de Barra do Garças. Os dois indígenas fazem campanha apostando no apoio de suas etnias. Eles são acostumados a liderar protesto, inclusive com trancamento de rodovias e invasão à sede da Funai, para chamar atenção das autoridades quanto as problemáticas enfrentadas no dia-a-dia, como falta de assistência, de terra e de apoio para resgate da cultura.
No caso dos Terenas, do cacique Rondon, eles receberam terra demarcada muito antes da divisão territorial de Mato Grosso, processo concluído em 1979 com a criação de Mato Grosso do Sul. De 1920 a 1923, o extinto Serviço de Proteção ao Índio (hoje Funai) demarcou a reserva indígena Buritis, em Dois Irmãos, com uma área de 2,9 mil hectares. Na época, a terra já era ocupada por 400 índios Terenas. A nação cresceu e chegou a 3 mil pessoas. Com a super população, as famílias se expandiram para outros lugares.
As que moram em Rondonópolis hoje não possuem áreas. A Funai até tentou colocá-las numa aldeia dos patrícios Bororo, mas só permaneceram ali por quatro anos. Hoje, uns estão habitando no bairro Parque São Jorge, outros à margem do Rio Vermelho e alguns em outros bairros periféricos. Isso impede a convivência tribal em harmonia e estirpa as suas origens. Os terenas criaram até a Associação dos Trabalhadores Indígenas Recanto Pontal Povo Indígena Terena como medida jurídica de mobilização da etnia.
Esta não é a primeira vez que índios tentam cargos eletivos em Mato Grosso. Alguns até foram barrados pela Justiça Eleitoral, como aconteceu com o cacique da aldeia Suruí, José Itabira Suruí, que pediu registro como candidato a vereador por Rondolândia, em 2008, pelo PR. Acabou tendo registro indeferido por ser considerado analfabeto. A Justiça entendeu que o cacique não tinha o domínio das técnicas de leitura e escrita do idioma português. O intrigante é que Suruí já tinha sido candidato a vereador em 2004, em Cacoal (RO).
http://www.expressomt.com.br/noticia.asp?cod=80339&codDep=11
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