De Pueblos Indígenas en Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.

Noticias

Índios cobram pedágio me estrada

10/08/2003

Fonte: O Globo-Rio de Janeiro-RJ



Os índios Pareci de Mato Grosso encontraram uma maneira de conseguir dinheiro para a compra de remédios e comida: a cobrança de um pedágio de R$ 10 de qualquer veículo que passe pela estrada Nova Fronteira. O trecho liga os municípios de Tangará da Serra e Campo Novo dos Pareci à região de Sapezal e corta ao meio a localidade de Terra Utiariti, que pertence à tribo Pareci. Em Sapezal, estão localizadas fazendas da empresa Amaggi, que pertence à família do governador Blairo Maggi (PPS).

O pedágio é cobrado entre as 6h e a meia-noite. Segundo os índios, a cobrança não pode ser feita durante 24 horas porque são poucos os que trabalham no recolhimento do dinheiro. Inicialmente, o valor era de R$ 5 mas, segundo integrantes da tribo, este valor não é mais suficiente para atender às necessidades de sua população.

Como o movimento de caminhões é muito intenso no trecho, os índios chegam a recolher mais de mil reais por dia. Os Pareci alegam que a Fundação Nacional do Índio (Funai) não tem condições de dar ajuda ao grupo e que, por isso, cobram o pedágio desde 1997. Segundo a Funai, cerca de 1.600 índios Pareci vivem na região.

A idéia de abrir a estrada Nova Fronteira foi dos produtores que atuavam na região de Sapezal no início nos anos 90, mas a construção provocou polêmica exatamente porque o trecho cruzava terras indígenas.

Apesar das críticas de ambientalistas, a estrada foi aberta e os índios passaram a receber seis mil sacas de soja por ano. O problema é que o grupo passou a preferir receber uma compensação em dinheiro vivo e, então, o pedágio começou a ser cobrado. (M.B.)
 

Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.