De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Força Nacional negocia liberação da BR-226
12/11/2010
Fonte: OESP, Nacional, p. A17
Força Nacional negocia liberação da BR-226
Desde domingo, 200 índios guajajaras bloqueiam a rodovia para cobrar do governo estadual repasse de R$ 13 milhões para transporte escolar
Wilson Lima
Especial para O Estado
Jenipapo dos Vieiras
Está prevista para a manhã de hoje a chegada de 32 homens da Força Nacional no povoado Barreirinha, entre as cidades de Barra do Corda e Jenipapo dos Vieiras, a 450 km de São Luís (MA), para negociar com os 200 índios guajajaras que desde domingo bloqueiam o km 342 da BR-226. Outros 31 agentes da Polícia Federal desembarcaram ontem no local.
Os guajajaras reivindicam o repasse de R$ 13 milhões do governo estadual para custeio do transporte escolar dos indígenas. A Secretaria de Educação (Seduc) do Maranhão informou esta semana que já efetuou o repasse da primeira parcela do convênio - cerca de R$ 3,5 milhões. Além disso, os índios exigem a libertação de quatro guajajaras presos no domingo, após um conflito que feriu o delegado Edmar Gomes. O policial foi baleado ao tentar passar pela barreira dos índios. Gomes passa bem, mas sua família teve de deixar Barra do Corda para evitar novos conflitos.
O uso da Força Nacional e da PF na negociação para liberar a rodovia foi determinado pelo Ministério da Justiça. Outros 50 homens da Polícia Militar do Maranhão já estão prontos para dar suporte às forças nacionais e mais 50 homens da PM devem chegar hoje a Barra do Corda.
Duas equipes da Polícia Rodoviária Federal estiveram ontem na aldeia Cana Brava. Eles levaram relatórios da Procuradoria Geral da República e recolheram novas reivindicações dos índios. Os policiais também disseram aos guajajaras que o pagamento do transporte escolar já havia sido feito, mas os indígenas exigiram um documento que confirme o depósito.
Sete caminhões e um ônibus estão bloqueando a BR-226. Os índios renderam sete caminhoneiros, mas um conseguiu fugir ontem, deixando um veículo carregado de ração. Os demais caminhoneiros dizem estar sendo bem tratados pelos indígenas.
Impasse. A interdição irritou caminhoneiros que estão isolados desde domingo em cidades como Barra do Corda e Grajaú. Na quarta-feira, eles interditaram dois trechos da BR-226, nos km 303 (centro de Barra do Corda) e km 340 (povoado de Santa Maria), como forma de protesto contra a falta de agilidade na resolução desse impasse.
Os caminhoneiros reclamam que têm compromissos financeiros que não estão sendo honrados em função do atraso no serviço. Osmar Ocladio Sanches Garcia é de Rio Claro (SP) e está em Jenipapo dos Vieiras desde 16h30 de domingo. Ele saiu de Maceió (AL) e precisa se dirigir para cidades como Imperatriz (MA) e Belém (PA). Sem dinheiro, ele conta com a ajuda de moradores do povoado de Santa Maria. "Aqui já consegui uma galinha, um arroz, mas não posso pedir a eles que me deem a prestação do caminhão", lamentou.
Os indígenas alegam que a interdição foi a última alternativa para cobrar os R$ 13 milhões. Esses recursos são repassados a alguns caciques, que ficam responsáveis por levar os indígenas às escolas especiais da região. O cacique Lourival Machado Guajajara alega que fez vários apelos ao governo estadual, mas nunca obteve respostas.
OESP, 12/11/2010, Nacional, p. A17
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101112/not_imp638693,0.php
Desde domingo, 200 índios guajajaras bloqueiam a rodovia para cobrar do governo estadual repasse de R$ 13 milhões para transporte escolar
Wilson Lima
Especial para O Estado
Jenipapo dos Vieiras
Está prevista para a manhã de hoje a chegada de 32 homens da Força Nacional no povoado Barreirinha, entre as cidades de Barra do Corda e Jenipapo dos Vieiras, a 450 km de São Luís (MA), para negociar com os 200 índios guajajaras que desde domingo bloqueiam o km 342 da BR-226. Outros 31 agentes da Polícia Federal desembarcaram ontem no local.
Os guajajaras reivindicam o repasse de R$ 13 milhões do governo estadual para custeio do transporte escolar dos indígenas. A Secretaria de Educação (Seduc) do Maranhão informou esta semana que já efetuou o repasse da primeira parcela do convênio - cerca de R$ 3,5 milhões. Além disso, os índios exigem a libertação de quatro guajajaras presos no domingo, após um conflito que feriu o delegado Edmar Gomes. O policial foi baleado ao tentar passar pela barreira dos índios. Gomes passa bem, mas sua família teve de deixar Barra do Corda para evitar novos conflitos.
O uso da Força Nacional e da PF na negociação para liberar a rodovia foi determinado pelo Ministério da Justiça. Outros 50 homens da Polícia Militar do Maranhão já estão prontos para dar suporte às forças nacionais e mais 50 homens da PM devem chegar hoje a Barra do Corda.
Duas equipes da Polícia Rodoviária Federal estiveram ontem na aldeia Cana Brava. Eles levaram relatórios da Procuradoria Geral da República e recolheram novas reivindicações dos índios. Os policiais também disseram aos guajajaras que o pagamento do transporte escolar já havia sido feito, mas os indígenas exigiram um documento que confirme o depósito.
Sete caminhões e um ônibus estão bloqueando a BR-226. Os índios renderam sete caminhoneiros, mas um conseguiu fugir ontem, deixando um veículo carregado de ração. Os demais caminhoneiros dizem estar sendo bem tratados pelos indígenas.
Impasse. A interdição irritou caminhoneiros que estão isolados desde domingo em cidades como Barra do Corda e Grajaú. Na quarta-feira, eles interditaram dois trechos da BR-226, nos km 303 (centro de Barra do Corda) e km 340 (povoado de Santa Maria), como forma de protesto contra a falta de agilidade na resolução desse impasse.
Os caminhoneiros reclamam que têm compromissos financeiros que não estão sendo honrados em função do atraso no serviço. Osmar Ocladio Sanches Garcia é de Rio Claro (SP) e está em Jenipapo dos Vieiras desde 16h30 de domingo. Ele saiu de Maceió (AL) e precisa se dirigir para cidades como Imperatriz (MA) e Belém (PA). Sem dinheiro, ele conta com a ajuda de moradores do povoado de Santa Maria. "Aqui já consegui uma galinha, um arroz, mas não posso pedir a eles que me deem a prestação do caminhão", lamentou.
Os indígenas alegam que a interdição foi a última alternativa para cobrar os R$ 13 milhões. Esses recursos são repassados a alguns caciques, que ficam responsáveis por levar os indígenas às escolas especiais da região. O cacique Lourival Machado Guajajara alega que fez vários apelos ao governo estadual, mas nunca obteve respostas.
OESP, 12/11/2010, Nacional, p. A17
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101112/not_imp638693,0.php
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