De Pueblos Indígenas en Brasil
Noticias
Morte de crianças revolta indígenas
26/11/2010
Autor: Elaíze Farias
Fonte: A Crítica (AM) - http://acritica.uol.com.br/
Em outubro teriam morrido 14 crianças no Vale do Javari, a maioria vítima de desnutrição, agravada pela dificuldade de remoção
A morte de 14 crianças da etnia kanamari, na região do Vale do Javari, no Município de Atalaia do Norte (a 1.136 quilômetros de Manaus), apenas no mês de outubro, e a nomeação de uma nova coordenadora para o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei/Vale do Javari), vem causando revolta nos indígenas que vivem naquela região. As causas das mortes seriam desnutrição agravada com a dificuldade do Dsei/Vale do Javari em ter acesso ao ticket-combustível para efetuar a remoção das crianças.
Clóvis Marubo, coordenador da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), disse que as crianças das comunidades Bananeira, Remansinho e Maçapê, à margem do rio Itacoaí, afluente do Javari, "começaram a morrer em outubro". "Essa situação não é de agora. Todos sabem que a saúde aqui é precária. No caso dessas crianças, o problema se agravou porque não havia dinheiro para efetuar a remoção delas", disse Marubo.
A nova chefe do Dsei/Vale do Javari, Verônica Maria de Almeida, confirmou as mortes das crianças nas aldeias, mas disse que a quantidade não teria sido em apenas um mês. Ela afirmou que uma equipe estava no local para investigar as causas dos óbitos. Verônica não deu mais detalhes sobre a situação.
A presença de Verônica no Dsei é outra causa da revolta dos indígenas, segundo Clóvis Marubo. Ele afirmou que algumas lideranças cogitaram impedir a entrada dela na sede do Dsei, mas desistiram.
"Ela está teimando em continuar, mas os indígenas não querem. A Verônica tem um histórico ruim de atuação, como enfermeira, sobretudo junto aos maiorunas. Na época do cólera e do coqueluche muitos indígenas morreram. Pedimos a exoneração dela, mas a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), não nos respondeu. Por isso que os indígenas estão se mobilizando para se manifestar contra a nomeação dela", disse Clóvis Marubo.
Indagada sobre essa a suposta reação dos indígenas à sua nomeação, Verônica disse apenas que "já sentou com as lideranças e a situação se resolveu". Ela afirmou que assumiu na semana passada a coordenação do Dsei e que estava "se inteirando da realidade".
Saúde é coordenada pela Sesai
A saúde indígena do País está, desde o início do mês, sob nova coordenação, a da recém-criada Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), ligada diretamente ao Ministério da Saúde. No Amazonas, uma das primeiras medidas foi substituir os coordenadores dos Dsei/Vale do Javari e Dsei/Manaus.
A nomeação de Verônica Maria de Almeida ocorreu porque a gestão anterior não vinha correspondendo ao trabalho proposto, segundo informou o secretário especial para a saúde indígena, Antônio Alves, em entrevista por telefone, de Brasília. Conforme ele, Verônica é servidora federal e tem uma ficha que não a desabona. Antônio Alves disse que os atuais coordenadores estão em cargos temporários e que cabe ao ministro da saúde confirmar sua permanência.
http://acritica.uol.com.br/amazonia/Morte-criancas-revolta_0_379162099.html
A morte de 14 crianças da etnia kanamari, na região do Vale do Javari, no Município de Atalaia do Norte (a 1.136 quilômetros de Manaus), apenas no mês de outubro, e a nomeação de uma nova coordenadora para o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei/Vale do Javari), vem causando revolta nos indígenas que vivem naquela região. As causas das mortes seriam desnutrição agravada com a dificuldade do Dsei/Vale do Javari em ter acesso ao ticket-combustível para efetuar a remoção das crianças.
Clóvis Marubo, coordenador da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), disse que as crianças das comunidades Bananeira, Remansinho e Maçapê, à margem do rio Itacoaí, afluente do Javari, "começaram a morrer em outubro". "Essa situação não é de agora. Todos sabem que a saúde aqui é precária. No caso dessas crianças, o problema se agravou porque não havia dinheiro para efetuar a remoção delas", disse Marubo.
A nova chefe do Dsei/Vale do Javari, Verônica Maria de Almeida, confirmou as mortes das crianças nas aldeias, mas disse que a quantidade não teria sido em apenas um mês. Ela afirmou que uma equipe estava no local para investigar as causas dos óbitos. Verônica não deu mais detalhes sobre a situação.
A presença de Verônica no Dsei é outra causa da revolta dos indígenas, segundo Clóvis Marubo. Ele afirmou que algumas lideranças cogitaram impedir a entrada dela na sede do Dsei, mas desistiram.
"Ela está teimando em continuar, mas os indígenas não querem. A Verônica tem um histórico ruim de atuação, como enfermeira, sobretudo junto aos maiorunas. Na época do cólera e do coqueluche muitos indígenas morreram. Pedimos a exoneração dela, mas a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), não nos respondeu. Por isso que os indígenas estão se mobilizando para se manifestar contra a nomeação dela", disse Clóvis Marubo.
Indagada sobre essa a suposta reação dos indígenas à sua nomeação, Verônica disse apenas que "já sentou com as lideranças e a situação se resolveu". Ela afirmou que assumiu na semana passada a coordenação do Dsei e que estava "se inteirando da realidade".
Saúde é coordenada pela Sesai
A saúde indígena do País está, desde o início do mês, sob nova coordenação, a da recém-criada Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), ligada diretamente ao Ministério da Saúde. No Amazonas, uma das primeiras medidas foi substituir os coordenadores dos Dsei/Vale do Javari e Dsei/Manaus.
A nomeação de Verônica Maria de Almeida ocorreu porque a gestão anterior não vinha correspondendo ao trabalho proposto, segundo informou o secretário especial para a saúde indígena, Antônio Alves, em entrevista por telefone, de Brasília. Conforme ele, Verônica é servidora federal e tem uma ficha que não a desabona. Antônio Alves disse que os atuais coordenadores estão em cargos temporários e que cabe ao ministro da saúde confirmar sua permanência.
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