De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Tucano sabia de compra de voto, diz índio
18/12/2010
Fonte: FSP, Poder, p. A9
Tucano sabia de compra de voto, diz índio
Segundo o líder indígena, o governador José de Anchieta Jr. foi avisado da negociação pelo procurador-geral de RR
O governador reeleito e o procurador-geral negam que tenham comprado ou autorizado a negociação de votos
João Carlos Magalhães
Enviado especial a Bao Vista (RR)
Renata Lo Prete
Editora do Painel
Fabio Zambeli do Painel
O líder indígena que afirmou ter recebido a promessa de R$ 120 mil para entregar votos em favor do governador reeleito de Roraima, José de Anchieta Jr. (PSDB), disse ontem que o tucano foi informado da negociação.
Segundo José Newton Simão de Lima, da comunidade Boca da Mata, o procurador-geral do Estado, Francisco das Chagas Batista, disse que conversaria com Anchieta Jr. sobre o valor pedido.
"[Ao final do encontro], ele falou que ia conversar com o governador Anchieta [sobre] as propostas e o apoio a ele, e que esse dinheiro seria para fazer [com] que todo o povo no interior votasse no 45 [número do PSDB]", disse ele em nova entrevista à Folha.
Por telefone, anteontem, Lima havia afirmado que a negociação com Batista tinha como objetivo "trabalhar na campanha", "apoio" e "compra de voto" em 22 comunidades da região.
O teor da conversa entre os dois foi publicado pela Folha na quinta-feira, assim como outros dois diálogos que também indicam a tentativa de compra de votos por pessoas próximas a Anchieta Jr..
Além de Batista, aparecem Janser Teixeira e Shéridan Anchieta -irmão e mulher do governador.
Segundo o índio, da etnia macuxi, o negócio não prosperou porque a campanha achou o valor alto demais.
Ao final, afirmou Lima, o motorista do procurador-geral tentou diminuir a oferta para cerca de R$ 15 mil.
O negócio teria sido definitivamente abortado quando integrantes da campanha de Anchieta o viram em companhia de policiais federais.
Lima sustenta que toda a tentativa de compra de votos foi acompanhada pela PF, que por sua vez nega ter investigação sobre o caso.
Ontem, o Ministério Público Eleitoral informou que pedirá à PF a abertura de inquérito para apurar os áudios revelados pela Folha.
Anchieta e Batista negam ter comprado ou autorizado a compra de votos.
Em nova versão divulgada ontem, a assessoria do governo disse que Lima é assessor da deputada estadual Marília Pinto (PSB), vice na chapa do segundo colocado para governador, o pepista Neudo Campos.
CESTAS
Os advogados de Neudo negaram ontem que sua campanha tenha oferecido cestas básicas em troca de votos, como afirma a Procuradoria Eleitoral.
O ex-governador diz que voluntários que trabalharam em sua equipe usaram indevidamente crachás e folhetos que o associaram a um flagrante feito pela PF.
Segundo a defesa do pepista, os denunciantes não apresentaram provas e testemunhas em audiência, e o processo será julgado pelo TRE, após manifestação do Ministério Público.
Outro lado
Para governador, há "manipulação das gravações"
Do enviado a Boa Vista (RR)
A assessoria do governo de Roraima nega que José de Anchieta Jr. tenha sido informado sobre tentativa de compra de votos e coloca em dúvida a motivação de José Newton Simão de Lima, que afirma ter negociado, por R$ 120 mil, a venda do voto de índios de 22 comunidades.
Lima é assessor da deputada estadual Marília Pinto (PSB), vice de Neudo Campos (PP), derrotado por Anchieta no segundo turno. Neudo herdaria o cargo em caso de cassação do governador.
Antes de participar da cerimônia de sua diplomação, Anchieta Jr. disse que há "manipulação das gravações" divulgadas pela Folha. A primeira-dama, Shéridan Anchieta, que em um dos diálogos pergunta a uma eleitora o que ela "quer" para votar no governador, não quis falar com a reportagem.
O procurador-geral do Estado, Chagas Batista, já havia confirmado à Folha os termos da conversa com o líder indígena, ressalvando, no entanto, que o assunto não seria compra de votos e sim trabalho na campanha.
"Eu disse que levaria a proposta ao governador e daria uma resposta", afirmou. Batista teria desistido ao descobrir que Lima não era "tão influente quanto dizia". (JCM)
FSP, 18/12/2010, Poder, p. A9
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1812201010.htm
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1812201011.htm
Segundo o líder indígena, o governador José de Anchieta Jr. foi avisado da negociação pelo procurador-geral de RR
O governador reeleito e o procurador-geral negam que tenham comprado ou autorizado a negociação de votos
João Carlos Magalhães
Enviado especial a Bao Vista (RR)
Renata Lo Prete
Editora do Painel
Fabio Zambeli do Painel
O líder indígena que afirmou ter recebido a promessa de R$ 120 mil para entregar votos em favor do governador reeleito de Roraima, José de Anchieta Jr. (PSDB), disse ontem que o tucano foi informado da negociação.
Segundo José Newton Simão de Lima, da comunidade Boca da Mata, o procurador-geral do Estado, Francisco das Chagas Batista, disse que conversaria com Anchieta Jr. sobre o valor pedido.
"[Ao final do encontro], ele falou que ia conversar com o governador Anchieta [sobre] as propostas e o apoio a ele, e que esse dinheiro seria para fazer [com] que todo o povo no interior votasse no 45 [número do PSDB]", disse ele em nova entrevista à Folha.
Por telefone, anteontem, Lima havia afirmado que a negociação com Batista tinha como objetivo "trabalhar na campanha", "apoio" e "compra de voto" em 22 comunidades da região.
O teor da conversa entre os dois foi publicado pela Folha na quinta-feira, assim como outros dois diálogos que também indicam a tentativa de compra de votos por pessoas próximas a Anchieta Jr..
Além de Batista, aparecem Janser Teixeira e Shéridan Anchieta -irmão e mulher do governador.
Segundo o índio, da etnia macuxi, o negócio não prosperou porque a campanha achou o valor alto demais.
Ao final, afirmou Lima, o motorista do procurador-geral tentou diminuir a oferta para cerca de R$ 15 mil.
O negócio teria sido definitivamente abortado quando integrantes da campanha de Anchieta o viram em companhia de policiais federais.
Lima sustenta que toda a tentativa de compra de votos foi acompanhada pela PF, que por sua vez nega ter investigação sobre o caso.
Ontem, o Ministério Público Eleitoral informou que pedirá à PF a abertura de inquérito para apurar os áudios revelados pela Folha.
Anchieta e Batista negam ter comprado ou autorizado a compra de votos.
Em nova versão divulgada ontem, a assessoria do governo disse que Lima é assessor da deputada estadual Marília Pinto (PSB), vice na chapa do segundo colocado para governador, o pepista Neudo Campos.
CESTAS
Os advogados de Neudo negaram ontem que sua campanha tenha oferecido cestas básicas em troca de votos, como afirma a Procuradoria Eleitoral.
O ex-governador diz que voluntários que trabalharam em sua equipe usaram indevidamente crachás e folhetos que o associaram a um flagrante feito pela PF.
Segundo a defesa do pepista, os denunciantes não apresentaram provas e testemunhas em audiência, e o processo será julgado pelo TRE, após manifestação do Ministério Público.
Outro lado
Para governador, há "manipulação das gravações"
Do enviado a Boa Vista (RR)
A assessoria do governo de Roraima nega que José de Anchieta Jr. tenha sido informado sobre tentativa de compra de votos e coloca em dúvida a motivação de José Newton Simão de Lima, que afirma ter negociado, por R$ 120 mil, a venda do voto de índios de 22 comunidades.
Lima é assessor da deputada estadual Marília Pinto (PSB), vice de Neudo Campos (PP), derrotado por Anchieta no segundo turno. Neudo herdaria o cargo em caso de cassação do governador.
Antes de participar da cerimônia de sua diplomação, Anchieta Jr. disse que há "manipulação das gravações" divulgadas pela Folha. A primeira-dama, Shéridan Anchieta, que em um dos diálogos pergunta a uma eleitora o que ela "quer" para votar no governador, não quis falar com a reportagem.
O procurador-geral do Estado, Chagas Batista, já havia confirmado à Folha os termos da conversa com o líder indígena, ressalvando, no entanto, que o assunto não seria compra de votos e sim trabalho na campanha.
"Eu disse que levaria a proposta ao governador e daria uma resposta", afirmou. Batista teria desistido ao descobrir que Lima não era "tão influente quanto dizia". (JCM)
FSP, 18/12/2010, Poder, p. A9
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1812201010.htm
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1812201011.htm
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