De Pueblos Indígenas en Brasil
Noticias
Cinema de Índio
27/07/2010
Fonte: Carta Capital
Cinema de Índio
Bruno Huberman
Nosso estagiário Bruno Huberman traz o segundo artigo do seu Diário de Bordo, escrito diretamente da Amazônia. Projeto organizado por indígenas da periferia de São Gabriel da Cachoeira envolve a realização de um documentário e a reforma da maloca. Tudo com apoio do governo federal.
A etnia Baniwa, da comunidade de Itacoatiara-mirim (localizada a 10 km da cidade de São Gabriel da Cachoeira - Alto Rio Negro/Amazonas), está realizando o Projeto Podáali - valorização da música Baniwa. Ele tem como objetivo principal o resgate das flautas sagradas (kowi), que foram enterradas a 25 anos na comunidade de Camarão (Dzáaka em baniwa), localizada no rio Ayari, afluente do rio Içana, na divisa com Colômbia e Venezuela.
O Podáali é um ritual de oferenda para a comunidade que reune várias danças indígenas em uma única festa. O projeto conta com o patrocínio da Petrobras, que visa a preservação da cultura indígena na Amazônia, com apoio da ONG ISA (Instituto Socioambiental) e da FOIRN (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro), a proponente do projeto.
A comunidade migrou em massa no ano de 1983 em busca de melhores condições de vida. Buscavam, sobretudo, um maior acesso à saúde, à educação escolar e ao universo de conhecimentos e tecnologias dos povos brancos instalados na região, como comerciantes, garimpeiros, funcionários públicos civis e militares. Contudo, essa trajetória, que já dura 23 anos, não impediu que a comunidade mantivesse o uso da língua Baniwa como principal meio de comunicação e nem o distanciamento de suas diversas formas de reprodução material e imaterial. O estilo de vida em aldeia foi preservado na formação do bairro de Itacoatiara-mirim.
É fácil verificar os hábitos baniwa através da manutenção da roça e da caça-coleta como práticas de produção da subsistência; da liderança do "capitão" que continuou a ser o condutor das discussões necessárias à tomada de decisões coletivas importantes; da tradição de realizar refeições comunais e da riqueza artística expressa pela música e dança e no trançado da fibra de arumã - do qual são mestres renomados.
Dentro do projeto está previsto a construção de uma maloca no estilo Baniwa para servir de espaço de transmissão do conhecimento de músicas e danças tradicionais e do intercâmbio cultural na cidade de São Gabriel da Cachoeira, Noroeste Amazônico. Outro objetivo do projeto é a realização de um vídeo-documentário sobre a trajetória da música e da dança tradicional Baniwa nas últimas décadas a partir da experiência vivida pela comunidade de Itacoatiara-mirim. Alguns jovens da aldeia-bairro de Itacoatiara-mirim estão sendo preparados através de oficinas para a produção do vídeo, em todas suas etapas, desde o roteiro à edição, que será orientado pelo Diretor Petrônio de Lorena. Alguns outros consultores fazem parte do projeto, como Deyse Montardo, Etno-musicóloga da UFAM (Universidade Federal do Amazonas) e do cientista social Klaiton Alves da Silva.
Podáali - Valorização da música Baniwa é uma forma de criar oportunidades para a valorização, registro e transmissão de conhecimentos de músicas e danças tradicionais pelos Baniwa do Alto Rio Negro.
Carta Capital, 27/07/2010
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/cinema-de-indio
Bruno Huberman
Nosso estagiário Bruno Huberman traz o segundo artigo do seu Diário de Bordo, escrito diretamente da Amazônia. Projeto organizado por indígenas da periferia de São Gabriel da Cachoeira envolve a realização de um documentário e a reforma da maloca. Tudo com apoio do governo federal.
A etnia Baniwa, da comunidade de Itacoatiara-mirim (localizada a 10 km da cidade de São Gabriel da Cachoeira - Alto Rio Negro/Amazonas), está realizando o Projeto Podáali - valorização da música Baniwa. Ele tem como objetivo principal o resgate das flautas sagradas (kowi), que foram enterradas a 25 anos na comunidade de Camarão (Dzáaka em baniwa), localizada no rio Ayari, afluente do rio Içana, na divisa com Colômbia e Venezuela.
O Podáali é um ritual de oferenda para a comunidade que reune várias danças indígenas em uma única festa. O projeto conta com o patrocínio da Petrobras, que visa a preservação da cultura indígena na Amazônia, com apoio da ONG ISA (Instituto Socioambiental) e da FOIRN (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro), a proponente do projeto.
A comunidade migrou em massa no ano de 1983 em busca de melhores condições de vida. Buscavam, sobretudo, um maior acesso à saúde, à educação escolar e ao universo de conhecimentos e tecnologias dos povos brancos instalados na região, como comerciantes, garimpeiros, funcionários públicos civis e militares. Contudo, essa trajetória, que já dura 23 anos, não impediu que a comunidade mantivesse o uso da língua Baniwa como principal meio de comunicação e nem o distanciamento de suas diversas formas de reprodução material e imaterial. O estilo de vida em aldeia foi preservado na formação do bairro de Itacoatiara-mirim.
É fácil verificar os hábitos baniwa através da manutenção da roça e da caça-coleta como práticas de produção da subsistência; da liderança do "capitão" que continuou a ser o condutor das discussões necessárias à tomada de decisões coletivas importantes; da tradição de realizar refeições comunais e da riqueza artística expressa pela música e dança e no trançado da fibra de arumã - do qual são mestres renomados.
Dentro do projeto está previsto a construção de uma maloca no estilo Baniwa para servir de espaço de transmissão do conhecimento de músicas e danças tradicionais e do intercâmbio cultural na cidade de São Gabriel da Cachoeira, Noroeste Amazônico. Outro objetivo do projeto é a realização de um vídeo-documentário sobre a trajetória da música e da dança tradicional Baniwa nas últimas décadas a partir da experiência vivida pela comunidade de Itacoatiara-mirim. Alguns jovens da aldeia-bairro de Itacoatiara-mirim estão sendo preparados através de oficinas para a produção do vídeo, em todas suas etapas, desde o roteiro à edição, que será orientado pelo Diretor Petrônio de Lorena. Alguns outros consultores fazem parte do projeto, como Deyse Montardo, Etno-musicóloga da UFAM (Universidade Federal do Amazonas) e do cientista social Klaiton Alves da Silva.
Podáali - Valorização da música Baniwa é uma forma de criar oportunidades para a valorização, registro e transmissão de conhecimentos de músicas e danças tradicionais pelos Baniwa do Alto Rio Negro.
Carta Capital, 27/07/2010
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/cinema-de-indio
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