De Pueblos Indígenas en Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Noticias
Bro MCs: o rap indígena mostra a cara
01/02/2011
Autor: Spensy Pimentel
Fonte: Desinformémonos - http://desinformemonos.org/
Originário dos guetos negros e latinos de Nova York, o hip hop transcendeu suas origens e se espalhou pelo mundo, tornando-se musica mundial, como já escreveu gente do quilate de Mumia Abu-Jamal. Uma das grandes novidades dos últimos anos é o rap indígena, cantado em idiomas tão diversos como o aymara, o mapuche e o guarani. "Como é o caso de muitas formas de arte que têm saído da América Negra, o hip hop se transforma e se torna um recurso de outros povos em luta para resolver os problemas de suas comunidades. Ao redor de todo o mundo, esta forma de arte abraça a transformação social e se torna a voz de muitas línguas contra o racismo, exclusão, pobreza, exploração política e dominação imperial", disse Mumia, certa vez.
Na fronteira entre Brasil e Paraguai, vivem os Guarani-Kaiowa, o mais numeroso grupo indígena do Brasil, atualmente. A pesada discriminação racial e a violencia policial que enfrentam esses índios tornou inevitável a identificação com o Hip Hop. Nas aldeias do grupo, superlotadas pelo confinamento promovido pelo governo brasileiro ao longo de todo o seculo XX, a fim de liberar as ricas terras da região para o agronegócio, os jovens enfrentam fome, doenças e falta de perspectivas sobre um futuro. O resultado tem sido muita violência, suicídios e, agora, como reação, o Hip Hop, cantado em guarani.
Criado na reserva indígena de Dourados, a mais populosa e violenta da região, o Bro MCs é o primeiro grupo guarani-kaiowa de rap a gravar um disco. As letras contundentes do grupo, formado por dois pares de irmãos, Clemerson e Bruno, e Kelvin e Charlie, têm chamado a atenção. Agora, chega seu primeiro videoclipe, da música Eju Orendive (Venha conosco).
A seguir, a letra traduzida da música, que é cantada em português e guarani.
Aqui, o meu rap não acabou
Aqui, o meu rap apenas começou
Escute, faz favor
Está na mão do Senhor
Não estou para matar
Sempre peço a Deus
que ilumine o meu caminho
e o seu caminho
Não sei o que se passa na sua cabeça
O grau da sua maldade
Não sei o que você pensa
Povo contra povo, não pode ser
levante a sua cabeça
Se você chorar, não é uma vergonha
Jesus também chorou
quando ele apanhou
chego e rimo o rap guarani e kaiowa
Você não consegue me olhar
E se me olha, não consegue me ver
Aqui é o rap guarani que está chegando para revolucionar
O tempo nos espera, e estamos chegando
Por isso, venha conosco
Nós te chamamos pra revolucionar
Por isso venha com a gente, nessa levada
Nós te chamamos pra revolucionar
Aldeia unida mostra a cara
Vamos todos nós caminhar
Vamos todos nós festejar
Vamos mostrar para os brancos
Que não há diferença e podemos ser iguais
Aquele boy passou por mim
Me olhando diferente
agora eu mostro pra você
que eu sou capaz, estou aqui
E eu estou aqui mostrando pra você
o que a gente representa
agora estamos aqui
porque aqui tem índios sonhadores
Agora te pergunto, rapaz
Por que nós matamos e morremos?
Em cima desse fato a gente canta
Índios e índios se matando
e os brancos dando risada
Por isso estou aqui para defender o meu povo
Represento cada um
e por isso, meu povo
Venha com a gente
Nós te chamamos pra revolucionar
Por isso venha com a gente, nessa levada
Nós te chamamos pra revolucionar
Aldeia unida mostra a cara
http://desinformemonos.org/2011/02/bro-mcs-o-rap-indigena-mostra-a-cara/
Na fronteira entre Brasil e Paraguai, vivem os Guarani-Kaiowa, o mais numeroso grupo indígena do Brasil, atualmente. A pesada discriminação racial e a violencia policial que enfrentam esses índios tornou inevitável a identificação com o Hip Hop. Nas aldeias do grupo, superlotadas pelo confinamento promovido pelo governo brasileiro ao longo de todo o seculo XX, a fim de liberar as ricas terras da região para o agronegócio, os jovens enfrentam fome, doenças e falta de perspectivas sobre um futuro. O resultado tem sido muita violência, suicídios e, agora, como reação, o Hip Hop, cantado em guarani.
Criado na reserva indígena de Dourados, a mais populosa e violenta da região, o Bro MCs é o primeiro grupo guarani-kaiowa de rap a gravar um disco. As letras contundentes do grupo, formado por dois pares de irmãos, Clemerson e Bruno, e Kelvin e Charlie, têm chamado a atenção. Agora, chega seu primeiro videoclipe, da música Eju Orendive (Venha conosco).
A seguir, a letra traduzida da música, que é cantada em português e guarani.
Aqui, o meu rap não acabou
Aqui, o meu rap apenas começou
Escute, faz favor
Está na mão do Senhor
Não estou para matar
Sempre peço a Deus
que ilumine o meu caminho
e o seu caminho
Não sei o que se passa na sua cabeça
O grau da sua maldade
Não sei o que você pensa
Povo contra povo, não pode ser
levante a sua cabeça
Se você chorar, não é uma vergonha
Jesus também chorou
quando ele apanhou
chego e rimo o rap guarani e kaiowa
Você não consegue me olhar
E se me olha, não consegue me ver
Aqui é o rap guarani que está chegando para revolucionar
O tempo nos espera, e estamos chegando
Por isso, venha conosco
Nós te chamamos pra revolucionar
Por isso venha com a gente, nessa levada
Nós te chamamos pra revolucionar
Aldeia unida mostra a cara
Vamos todos nós caminhar
Vamos todos nós festejar
Vamos mostrar para os brancos
Que não há diferença e podemos ser iguais
Aquele boy passou por mim
Me olhando diferente
agora eu mostro pra você
que eu sou capaz, estou aqui
E eu estou aqui mostrando pra você
o que a gente representa
agora estamos aqui
porque aqui tem índios sonhadores
Agora te pergunto, rapaz
Por que nós matamos e morremos?
Em cima desse fato a gente canta
Índios e índios se matando
e os brancos dando risada
Por isso estou aqui para defender o meu povo
Represento cada um
e por isso, meu povo
Venha com a gente
Nós te chamamos pra revolucionar
Por isso venha com a gente, nessa levada
Nós te chamamos pra revolucionar
Aldeia unida mostra a cara
http://desinformemonos.org/2011/02/bro-mcs-o-rap-indigena-mostra-a-cara/
Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.