De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Fundação teme pelos sassafrás
09/02/2000
Autor: Silvia Pinter
Fonte: Agência de Notícias-Florianópolis-SC
Sede da administração da reserva estadual do sassafrás
Florianópolis - A Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma) também está contestando a ampliação da reserva Duque de Caxias. O problema é que pelo menos 300 hectares da gleba desejada fazem parte da Reserva Estadual Biológica do Sassafrás. O órgão estadual já entrou com recurso na Procuradoria-geral da República e espera a análise da ação.
"Se necessário, vamos ao Supremo Tribunal Federal (STF) para revertemos essa situação", avisa o titular da Diretoria de Atividades Ambientais da Fatma, David Vieira da Rosa Fernandes, que considera a invasão da área protegida uma manobra oportunista. "A inclusão dos 300 hectares da Sassafrás no relatório da Funai foi uma 'cachorrada'. Lá estão três casas da administração do local. Eles querem a ampliação já com infra-estrutura. E para piorar, o local escolhido é justamente aquele onde se concentra o maior número de madeira nativa", critica.
O diretor garante que não tem nada contra os indígenas. O problema, segundo ele, é que os xoclengue assentados na Duque de Caxias são extrativistas. "Eles cortam a madeira e vendem para os madereiros da região. No ano passado tivemos uma conserva sobre a retirada ilegal e eles nos prometeram que não retirariam mais. Mas assentados dentro da reserva biológica provavelmente o corte recomeçaria. Ficaria difícil a fiscalização".
O próprio administrador-executivo da Funai em Curitiba, João Gilberto da Silva Nogueira, diz que tinha conhecimento que a ampliação da reserva indígena passaria por dentro da área protegida. "Foram os índios que insistiram em ter aquela área. Até que tentamos não incluir, mas não adiantou. Já sabíamos que a Fatma entraria com recurso", assinalou o administrador.
Floresta
A Reserva Estadual Biológica do Sassafrás foi criada através do decreto estadual 2.221, em 4 de fevereiro de 1997. A área tem 5.223 hectares - 3.862 hectares estão localizados no município de Doutor Pedrinho e 1.361 hectares em Benedito Novo.
Abrigando área remanescente da floresta atlântica, a reserva ganhou o nome de Sassafrás por ser o hábitat da canela sassafrás (Ocotea prettiosa), uma espécie de árvore ameaçada de extinção. Nos 3.862 hectares estão concentrados o maior número da madeira.
Coberta por uma densa vegetação, a área protegida tem um relevo bastante acentuado, com inúmeros vales cortados por córregos e cachoeiras. A reserva é local de preservação onde só é permitido a entrada de pesquisadores. "Infelizmente o homem branco teme em caçar e retirar madeira do local. Tanto que até o ano passado tinha na reserva três antas. Mas nunca mais a vimos. Elas devem ter sido caçadas", denuncia David Vieira da Rosa Fernandes.
Florianópolis - A Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma) também está contestando a ampliação da reserva Duque de Caxias. O problema é que pelo menos 300 hectares da gleba desejada fazem parte da Reserva Estadual Biológica do Sassafrás. O órgão estadual já entrou com recurso na Procuradoria-geral da República e espera a análise da ação.
"Se necessário, vamos ao Supremo Tribunal Federal (STF) para revertemos essa situação", avisa o titular da Diretoria de Atividades Ambientais da Fatma, David Vieira da Rosa Fernandes, que considera a invasão da área protegida uma manobra oportunista. "A inclusão dos 300 hectares da Sassafrás no relatório da Funai foi uma 'cachorrada'. Lá estão três casas da administração do local. Eles querem a ampliação já com infra-estrutura. E para piorar, o local escolhido é justamente aquele onde se concentra o maior número de madeira nativa", critica.
O diretor garante que não tem nada contra os indígenas. O problema, segundo ele, é que os xoclengue assentados na Duque de Caxias são extrativistas. "Eles cortam a madeira e vendem para os madereiros da região. No ano passado tivemos uma conserva sobre a retirada ilegal e eles nos prometeram que não retirariam mais. Mas assentados dentro da reserva biológica provavelmente o corte recomeçaria. Ficaria difícil a fiscalização".
O próprio administrador-executivo da Funai em Curitiba, João Gilberto da Silva Nogueira, diz que tinha conhecimento que a ampliação da reserva indígena passaria por dentro da área protegida. "Foram os índios que insistiram em ter aquela área. Até que tentamos não incluir, mas não adiantou. Já sabíamos que a Fatma entraria com recurso", assinalou o administrador.
Floresta
A Reserva Estadual Biológica do Sassafrás foi criada através do decreto estadual 2.221, em 4 de fevereiro de 1997. A área tem 5.223 hectares - 3.862 hectares estão localizados no município de Doutor Pedrinho e 1.361 hectares em Benedito Novo.
Abrigando área remanescente da floresta atlântica, a reserva ganhou o nome de Sassafrás por ser o hábitat da canela sassafrás (Ocotea prettiosa), uma espécie de árvore ameaçada de extinção. Nos 3.862 hectares estão concentrados o maior número da madeira.
Coberta por uma densa vegetação, a área protegida tem um relevo bastante acentuado, com inúmeros vales cortados por córregos e cachoeiras. A reserva é local de preservação onde só é permitido a entrada de pesquisadores. "Infelizmente o homem branco teme em caçar e retirar madeira do local. Tanto que até o ano passado tinha na reserva três antas. Mas nunca mais a vimos. Elas devem ter sido caçadas", denuncia David Vieira da Rosa Fernandes.
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