De Pueblos Indígenas en Brasil
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Índios do MA reclamam do avanço de madeireiras em áreas de reserva
05/10/2011
Fonte: G1 - http://g1.globo.com/economia/agronegocios/vida-rural/noticia/2011/10/indios-do-ma-reclamam-do-a
A reserva indígena Caru, dos índios awá-guajá, fica na margem direita do Rio Pindaré, no Maranhão, no sudeste da Amazônia brasileira. Até 1980, quando foram descobertos, os índios viviam completamente isolados na floresta.
Os awá são caçadores-coletores, dependem da caça e das frutas colhidas na selva para continuar existindo. É um povo que está em completa harmonia com a mata e os bichos.
Os awá-guajás têm uma relação familiar com os animais. Quando o bicho adulto é capturado as mulheres assumem a criação dos filhotes, que são levados de um lado para o outro como se fossem adornos vivos.
A tribo está assombrada com as ameaças do homem branco. Guerreiros afiam as flechas para enfrentar um inimigo que invadiu a floresta. Os madeireiros entraram no território indígena e cortaram árvores abrindo gigantescas clareiras.
O índio Hemakumã é uma das lideranças da aldeia Tiracambu, que fica na reserva Caru e abrange uma área com 167 mil hectares de floresta (1.670 km², uma área maior que o município de São Paulo) no município de Bom Jardim. Ele denuncia que os invasores já derrubaram mais de 35% da reserva.
Apesar do contato recente, a aldeia Tiracambu já incorporou alguns hábitos do homem branco e os awás se queixam da falta de assistência do governo brasileiro. Os índios responsabilizam a Fundação Nacional do Índio (Funai) pelo abandono das aldeias. Na casa de farinha, por exemplo, a prensa está quebrada e o telhado desabando. O arroz cultivado pela tribo deveria ser beneficiado na usina, mas o motor está quebrado há mais de um ano.
Os awás também se queixam da falta de assistência médica. O dentista da tribo atende os pacientes num consultório improvisado. A cadeira, antiga e enferrujada, não oferece nenhum conforto. Há instrumentos só para pequenos serviços e extração de dentes. O dentista reconhece que não tem como atender bem a tribo.
Em outra aldeia existe um posto médico, mas também sofre com estrutura precária. A maca ficou tanto tempo sem uso que foi corroída pela ferrugem. A casa de farinha desmoronou. A bomba no poço que abastece a aldeia não funciona. As lideranças também culpam a Funai pela situação.
O coordenador regional da instituição no Maranhão foi procurado para saber o que está sendo feito para proteger os índios dos ataques de madeireiros e da falta de assistência médica nas aldeias.
"Os índios nos trazem essa demanda todos os dias. A gente tem feito documentos ao Fundo Nacional de Saúde (Funasa) pedindo apoio. Agora, foi criada a Secretaria Especial de Atenção à Saúde Indígena. A gente acredita que a coisa melhore. O governo deu prazo para que até dezembro sejam feitas as adequações, que para o próximo ano possa fazer um trabalho mais específico e trabalhar diretamente com as comunidades indígenas", diz José Piancó, coordenador regional da Funai.
http://g1.globo.com/economia/agronegocios/vida-rural/noticia/2011/10/indios-do-ma-reclamam-do-avanco-de-madeireiras-em-areas-de-reserva.html
Os awá são caçadores-coletores, dependem da caça e das frutas colhidas na selva para continuar existindo. É um povo que está em completa harmonia com a mata e os bichos.
Os awá-guajás têm uma relação familiar com os animais. Quando o bicho adulto é capturado as mulheres assumem a criação dos filhotes, que são levados de um lado para o outro como se fossem adornos vivos.
A tribo está assombrada com as ameaças do homem branco. Guerreiros afiam as flechas para enfrentar um inimigo que invadiu a floresta. Os madeireiros entraram no território indígena e cortaram árvores abrindo gigantescas clareiras.
O índio Hemakumã é uma das lideranças da aldeia Tiracambu, que fica na reserva Caru e abrange uma área com 167 mil hectares de floresta (1.670 km², uma área maior que o município de São Paulo) no município de Bom Jardim. Ele denuncia que os invasores já derrubaram mais de 35% da reserva.
Apesar do contato recente, a aldeia Tiracambu já incorporou alguns hábitos do homem branco e os awás se queixam da falta de assistência do governo brasileiro. Os índios responsabilizam a Fundação Nacional do Índio (Funai) pelo abandono das aldeias. Na casa de farinha, por exemplo, a prensa está quebrada e o telhado desabando. O arroz cultivado pela tribo deveria ser beneficiado na usina, mas o motor está quebrado há mais de um ano.
Os awás também se queixam da falta de assistência médica. O dentista da tribo atende os pacientes num consultório improvisado. A cadeira, antiga e enferrujada, não oferece nenhum conforto. Há instrumentos só para pequenos serviços e extração de dentes. O dentista reconhece que não tem como atender bem a tribo.
Em outra aldeia existe um posto médico, mas também sofre com estrutura precária. A maca ficou tanto tempo sem uso que foi corroída pela ferrugem. A casa de farinha desmoronou. A bomba no poço que abastece a aldeia não funciona. As lideranças também culpam a Funai pela situação.
O coordenador regional da instituição no Maranhão foi procurado para saber o que está sendo feito para proteger os índios dos ataques de madeireiros e da falta de assistência médica nas aldeias.
"Os índios nos trazem essa demanda todos os dias. A gente tem feito documentos ao Fundo Nacional de Saúde (Funasa) pedindo apoio. Agora, foi criada a Secretaria Especial de Atenção à Saúde Indígena. A gente acredita que a coisa melhore. O governo deu prazo para que até dezembro sejam feitas as adequações, que para o próximo ano possa fazer um trabalho mais específico e trabalhar diretamente com as comunidades indígenas", diz José Piancó, coordenador regional da Funai.
http://g1.globo.com/economia/agronegocios/vida-rural/noticia/2011/10/indios-do-ma-reclamam-do-avanco-de-madeireiras-em-areas-de-reserva.html
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