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Justiça paralisa usinas de Colíder, Sinop e Magessi, no Teles Pires
07/12/2011
Fonte: MPF - http://noticias.pgr.mpf.gov.br
A Justiça Federal de Sinop (MT) concedeu ontem, 6 de dezembro, liminar em favor do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Estado do Mato Grosso (MP/MT) paralisando o licenciamento das usinas hidrelétricas de Colíder, Sinop e Magessi. As três seriam construídas no mesmo rio, o Teles Pires, que banha o Mato Grosso e o Pará, mas o licenciamento estava sendo feito pela Secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso.
Para o MP/MT e para o MPF, o licenciamento das usinas tem que ser feito pelo Ibama, por ser um rio que banha dois estados e também porque os empreendimentos afetam de maneira drástica o rio, sendo necessários estudos sinérgicos sobre os impactos sócio-ambientais.
Em vez disso, o governo, que projetou um total de seis usinas para o Teles Pires, pediu licenciamento federal para três delas (Teles Pires, São Manoel e Foz de Apiacás) e estadual para as outras três (Colíder, Sinop e Magessi). Pela decisão do juiz federal Luiz Bispo da Silva Neto, agora todos os procedimentos devem ser enviados para o Ibama.
"No caso, o licenciamento de um complexo de usinas hidrelétricas em um só rio, de notória agressividade ambiental, não pode - em absoluto - restar repartido entre órgãos de controle ambiental, face da importância e magnitude da obra, e da necessidade de unidade de tratamento dos efeitos sinérgicos de cada UHE", diz o juiz na liminar.
"O rio Teles Pires corta a quase totalidade do estado do Mato Grosso e atinge o estado do Pará, sendo, na definição do artigo 20, inciso III da Constituição Federal, bem da União", registra a liminar judicial. "Deve-se agregar ao debate as consequências da construção, com evidentes alterações no regime das águas do rio, na fauna ribeirinha e ictiológica e, sobretudo, na navegabilidade", completa.
As usinas previstas para o Teles Pires, além de comprometer o rio, afetam terras indígenas e unidades de conservação federais. Entre os afetados estão os índios Kayabi, Munduruku e Apiaká. Os Kayabi e os Munduruku, em reunião semana passada com o MPF, avisaram que vão resistir contra as usinas porque até agora não foram consultados, como prevê a Constituição brasileira.
Desde o início dos empreendimento o MPF e o MP/MT defendem na Justiça que as usinas do Teles Pires exigem licenciamento federal e estudos de impacto que contemplem a totalidade dos efeitos das obras sobre o meio ambiente e a sociedade da região. Além desse processo em Sinop, tramitam processos em Cuiabá e Belém sobre as usinas.
O processo tramita na Subseção Judiciária Federal de Sinop, no MT, com o número 7786-39.2010.4.01.3603.
http://noticias.pgr.mpf.gov.br/noticias/noticias-do-site/copy_of_meio-ambiente-e-patrimonio-cultural/justica-paralisa-usinas-de-colider-sinop-e-magessi-no-teles-pires
Para o MP/MT e para o MPF, o licenciamento das usinas tem que ser feito pelo Ibama, por ser um rio que banha dois estados e também porque os empreendimentos afetam de maneira drástica o rio, sendo necessários estudos sinérgicos sobre os impactos sócio-ambientais.
Em vez disso, o governo, que projetou um total de seis usinas para o Teles Pires, pediu licenciamento federal para três delas (Teles Pires, São Manoel e Foz de Apiacás) e estadual para as outras três (Colíder, Sinop e Magessi). Pela decisão do juiz federal Luiz Bispo da Silva Neto, agora todos os procedimentos devem ser enviados para o Ibama.
"No caso, o licenciamento de um complexo de usinas hidrelétricas em um só rio, de notória agressividade ambiental, não pode - em absoluto - restar repartido entre órgãos de controle ambiental, face da importância e magnitude da obra, e da necessidade de unidade de tratamento dos efeitos sinérgicos de cada UHE", diz o juiz na liminar.
"O rio Teles Pires corta a quase totalidade do estado do Mato Grosso e atinge o estado do Pará, sendo, na definição do artigo 20, inciso III da Constituição Federal, bem da União", registra a liminar judicial. "Deve-se agregar ao debate as consequências da construção, com evidentes alterações no regime das águas do rio, na fauna ribeirinha e ictiológica e, sobretudo, na navegabilidade", completa.
As usinas previstas para o Teles Pires, além de comprometer o rio, afetam terras indígenas e unidades de conservação federais. Entre os afetados estão os índios Kayabi, Munduruku e Apiaká. Os Kayabi e os Munduruku, em reunião semana passada com o MPF, avisaram que vão resistir contra as usinas porque até agora não foram consultados, como prevê a Constituição brasileira.
Desde o início dos empreendimento o MPF e o MP/MT defendem na Justiça que as usinas do Teles Pires exigem licenciamento federal e estudos de impacto que contemplem a totalidade dos efeitos das obras sobre o meio ambiente e a sociedade da região. Além desse processo em Sinop, tramitam processos em Cuiabá e Belém sobre as usinas.
O processo tramita na Subseção Judiciária Federal de Sinop, no MT, com o número 7786-39.2010.4.01.3603.
http://noticias.pgr.mpf.gov.br/noticias/noticias-do-site/copy_of_meio-ambiente-e-patrimonio-cultural/justica-paralisa-usinas-de-colider-sinop-e-magessi-no-teles-pires
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