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Tensão gerada por ocupação de terra por índios na BA é alvo de protesto
24/02/2012
Fonte: G1 - http://g1.globo.com/
Moradores e funcionários de Itaju do Colônia participaram de manifestação. Ocupação de 48 fazendas da zona rural por índios gera abalo social.
Funcionários do comércio e moradores de Itaju de Colônia, cidade ao sul da Bahia, realizaram um protesto na manhã desta sexta-feira (24) pedindo providências legais para controlar a tensão instaurada pela ocupação dos índios nas fazendas da região. Por conta do ato, o comércio, que conta com cerca de 52 estabelecimentos, foi fechado.
Membros da tribo Pataxó Hã-hã-hãe começaram a se abrigar nas propriedades rurais em janeiro deste ano. Desde então, estimativas da Fundação Nacional do Índio (Funai) indicam a ocupação de 45 fazendas em Itaju e outras três em Camacan.
"Queremos que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue logo os processos para resolver este impasse porque a comunidade não pode viver em pânico. Os índios mandam recado para os moradores em tom de ameaça, dizendo para arrumar a casa que eles vão ocupar", afirma a comerciante Carmem Lúcia Cardoso, que atua no setor de perfumaria e é secretária da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade.
De acordo com ela, uma das organizadoras da mobilização, a situação interfere na conjuntura social por conta do número de pessoas que têm ficado desempregadas, principalmente entre os trabalhadores rurais expulsos das fazendas. Por consequência, Carmem comenta que o comércio também é afetado. "As pessoas que saíram da zona rural estão abrigadas nas casas dos moradores. Elas são a nossa maior clientela, especialmente nesta época de fim de mês, quando elas vêm fazer compras", relata a comerciante.
Mapeamento
Equipes da Polícia Federal (PF) foram enviadas na quinta-feira (23) para a área rural da cidade para realizar o mapeamento das invasões, de acordo com a delegada federal Denise Cavalcanti. O G1 entrou em contato com ela nesta manhã, porém não conseguiu comunicação. No entanto, a assessoria da corporação afirma que a estratégia para resolução do caso ainda está indefinida.
Wilson Jesus de Souza, coordenador da Funai em Pau Brasil, cidade vizinha, e que coordena as negociações, disse que os índios estão pressionando a Funai por mais apoio e têm direito ao terreno. "Têm direito porque é uma área histórica", explica. "O Supremo [Tribunal Federal] vem adiando o julgamento e acaba acirrando o embate", completa.
Morte
Um índio morreu na madrugada de quarta-feira (22) em uma fazenda na região de Alegrias, zona rural de Itaju. O índio tinha 39 anos e, segundo a Polícia Federal e o Departamento de Polícia Técnica, ele sofreu infarto cardíaco. A Polícia Civil chegou a afirmar que ele teria morrido durante confronto com seguranças da fazenda.
http://g1.globo.com/bahia/noticia/2012/02/tensao-gerada-por-ocupacao-de-terra-por-indios-na-ba-e-alvo-de-protesto.html
Funcionários do comércio e moradores de Itaju de Colônia, cidade ao sul da Bahia, realizaram um protesto na manhã desta sexta-feira (24) pedindo providências legais para controlar a tensão instaurada pela ocupação dos índios nas fazendas da região. Por conta do ato, o comércio, que conta com cerca de 52 estabelecimentos, foi fechado.
Membros da tribo Pataxó Hã-hã-hãe começaram a se abrigar nas propriedades rurais em janeiro deste ano. Desde então, estimativas da Fundação Nacional do Índio (Funai) indicam a ocupação de 45 fazendas em Itaju e outras três em Camacan.
"Queremos que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue logo os processos para resolver este impasse porque a comunidade não pode viver em pânico. Os índios mandam recado para os moradores em tom de ameaça, dizendo para arrumar a casa que eles vão ocupar", afirma a comerciante Carmem Lúcia Cardoso, que atua no setor de perfumaria e é secretária da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade.
De acordo com ela, uma das organizadoras da mobilização, a situação interfere na conjuntura social por conta do número de pessoas que têm ficado desempregadas, principalmente entre os trabalhadores rurais expulsos das fazendas. Por consequência, Carmem comenta que o comércio também é afetado. "As pessoas que saíram da zona rural estão abrigadas nas casas dos moradores. Elas são a nossa maior clientela, especialmente nesta época de fim de mês, quando elas vêm fazer compras", relata a comerciante.
Mapeamento
Equipes da Polícia Federal (PF) foram enviadas na quinta-feira (23) para a área rural da cidade para realizar o mapeamento das invasões, de acordo com a delegada federal Denise Cavalcanti. O G1 entrou em contato com ela nesta manhã, porém não conseguiu comunicação. No entanto, a assessoria da corporação afirma que a estratégia para resolução do caso ainda está indefinida.
Wilson Jesus de Souza, coordenador da Funai em Pau Brasil, cidade vizinha, e que coordena as negociações, disse que os índios estão pressionando a Funai por mais apoio e têm direito ao terreno. "Têm direito porque é uma área histórica", explica. "O Supremo [Tribunal Federal] vem adiando o julgamento e acaba acirrando o embate", completa.
Morte
Um índio morreu na madrugada de quarta-feira (22) em uma fazenda na região de Alegrias, zona rural de Itaju. O índio tinha 39 anos e, segundo a Polícia Federal e o Departamento de Polícia Técnica, ele sofreu infarto cardíaco. A Polícia Civil chegou a afirmar que ele teria morrido durante confronto com seguranças da fazenda.
http://g1.globo.com/bahia/noticia/2012/02/tensao-gerada-por-ocupacao-de-terra-por-indios-na-ba-e-alvo-de-protesto.html
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