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Polícia Federal instaura inquérito para investigar servidor da Funai

30/04/2004

Fonte: O Rio Branco-Rio Branco-AC



Apesar da greve dos federais ter alcançado 52 dias de paralisação, o superintendente da Polícia Federal em Rondônia, Marco Aurélio Moura, anunciou na quarta-feira a abertura de um inquérito para investigar o possível envolvimento do servidor da Funai, Walter Blós, no esquema de exploração ilegal de diamantes. "Ouvimos 100 garimpeiros que trabalhavam na reserva indígena Roosevelt e muitos deles acusaram Blós de ter conhecimento do que acontecia na região, mas vale ressaltar que existem apenas indícios", esclareceu Marco Aurélio.

Segundo o superintendente, ainda não existe nenhuma prova concreta contra o funcionário da Funai. Para Marco é preciso ouvir os índios. Blós é o coordenador do grupo "tarefa", criado pela Funai no ano passado para retirar os garimpeiros da reserva onde, nas últimas três semanas, foram encontrados 29 corpos.

Conforme informações da imprensa do Estado vizinho, eles teriam sido vítimas de um confronto com índios na semana santa. Por meio da assessoria de imprensa, a Funai nega qualquer tipo de ação ilegal praticada pelo coordenador e afirma que o mesmo está de férias.

Durante audiência pública conjunta das comissões da Amazônia e de Minas e Energia, o governador de Rondônia, Ivo Cassol, pediu que Blós fosse responsabilizado pelas mortes na reserva e alfinetou: "Ele poderia ter evitado esse conflito facilitando a entrada da Polícia Federal na região logo que o massacre foi denunciado", disse.

Na mesma audiência, o diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, afirmou não ter conhecimento de sonegação de informações por parte da Funai durante a operação de resgate dos corpos. Ele ressaltou que os quinze técnicos designados pela fundação para atuar na área, entre eles Walter Blós, foram os responsáveis pela localização dos corpos, a partir de negociação com os índios da etnia Cinta-Larga.

Do outro lado do conflito um deputado acreano luta para conseguir assinaturas entre os pares, para a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Federal, para investigar a exploração ilegal de diamantes na Roosevelt. Segundo informações da Polícia Federal, cerca de 120 pessoas estão indiciadas por suspeita de envolvimento no esquema de extração e venda ilegal do minério.

Entre elas, empresários, índios, garimpeiros, funcionários da Funai e até agentes da PF. Um dos agentes indiciados é acusado, inclusive, de vender armas para os índios, revelou o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda.
 

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