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Formigas e regionalismo nas mãos de Dona Brazi
31/01/2010
Fonte: Brasil Centro Norte, n. 29, dez. 2009 - jan. 2010, p. 44-45
Documentos anexos
Formigas e regionalismo nas mãos de Dona Brazi
Ela faz receitas com formigas das mais diversas espécies e conquista paladares refinados de todo o país
Texto Graziela Guardiola
Fotos Beto Ricardo/ISA
Em vez de colheres especiais e temperos secretos, Dona Brazi carrega na mala, formigas saúvas e maniwáras, toda vez que sai do Sítio Nova Esperança, nas proximidades da comunidade indígena Marabitanas, em São Gabriel da Cachoeira, no estado do Amazonas. Além dos insetos, leva na bagagem tucupi preto, araçá, tucumã, farinha de pupunha, peixe piraíba e banana pacovão. Ingredientes tradicionais da região amazônica que essa cozinheira mistura e encanta quem tem a audácia de provar.
Josefa Gonçalves de Andrade, mais conhecida como Dona Brazi, tem 63 anos, mulher de conversa fácil, jeito simples, espontâneo, simpatia nas palavras e risada frequente. Pertence à tribo indígena dos bares, mas depois que se casou, mudou para a cidade e se transformou numa quituteira famosa em São Gabriel, conhecedora dos produtos dos arredores do Rio Negro. Peixes de rio, tucupi preto, saúvas, tudo entra no caldeirão da cozinheira. Um dia, foi descoberta pelo famoso chef Alex Atala que ficou fascinado com a riqueza intocada da culinária. "Eu cozinho em casa mesmo. As pessoas que gostam encomendam. O Alex teve aqui e experimentou da minha comida. E me convidou para ir a São Paulo", contou a cozinheira. Dona Brazi pegou os ingredientes que precisava na floresta e embarcou para São Paulo, onde deu aulas e serviu blogueiros e jornalistas, num dos restaurantes mais chiques da cidade. Quem esteve por lá registrou os sabores que experimentou em diversos textos que pipocaram na internet por semanas. "Esplêndidos, os pratos formaram uma combinação harmoniosa da vivência dessa cozinheira e da chef Mara Salles", escreveu um dos que estiveram por lá.
(texto completo em pdf)
Brasil Centro Norte, n. 29, dez./2009 - jan./2010, p. 44-45
Ela faz receitas com formigas das mais diversas espécies e conquista paladares refinados de todo o país
Texto Graziela Guardiola
Fotos Beto Ricardo/ISA
Em vez de colheres especiais e temperos secretos, Dona Brazi carrega na mala, formigas saúvas e maniwáras, toda vez que sai do Sítio Nova Esperança, nas proximidades da comunidade indígena Marabitanas, em São Gabriel da Cachoeira, no estado do Amazonas. Além dos insetos, leva na bagagem tucupi preto, araçá, tucumã, farinha de pupunha, peixe piraíba e banana pacovão. Ingredientes tradicionais da região amazônica que essa cozinheira mistura e encanta quem tem a audácia de provar.
Josefa Gonçalves de Andrade, mais conhecida como Dona Brazi, tem 63 anos, mulher de conversa fácil, jeito simples, espontâneo, simpatia nas palavras e risada frequente. Pertence à tribo indígena dos bares, mas depois que se casou, mudou para a cidade e se transformou numa quituteira famosa em São Gabriel, conhecedora dos produtos dos arredores do Rio Negro. Peixes de rio, tucupi preto, saúvas, tudo entra no caldeirão da cozinheira. Um dia, foi descoberta pelo famoso chef Alex Atala que ficou fascinado com a riqueza intocada da culinária. "Eu cozinho em casa mesmo. As pessoas que gostam encomendam. O Alex teve aqui e experimentou da minha comida. E me convidou para ir a São Paulo", contou a cozinheira. Dona Brazi pegou os ingredientes que precisava na floresta e embarcou para São Paulo, onde deu aulas e serviu blogueiros e jornalistas, num dos restaurantes mais chiques da cidade. Quem esteve por lá registrou os sabores que experimentou em diversos textos que pipocaram na internet por semanas. "Esplêndidos, os pratos formaram uma combinação harmoniosa da vivência dessa cozinheira e da chef Mara Salles", escreveu um dos que estiveram por lá.
(texto completo em pdf)
Brasil Centro Norte, n. 29, dez./2009 - jan./2010, p. 44-45
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