De Pueblos Indígenas en Brasil
Noticias
Sem ter onde morar, índios reivindicam o direito à terra
17/09/2004
Autor: Luciana Vasconcelos
Fonte: Jornal do Tocantins-Palmas-TO e Radiobrás-Brasília-DF
Sem ter onde morar, índios reivindicam o direito à terra
Krahô-Kanela - Reunidos em Brasília desde a quarta-feira, lideranças indígenas buscam indenização por descaso das autoridades
Entre os 16 povos que foram a Brasília apresentar suas reivindicações ao Governo Federal, estão os Krahô-Kanela, do Tocantins. Há 27 anos, os 300 índios que viviam no local tiveram que deixar as suas terras, na Lagoa da Confunsão, que abrigam uma fazenda. Passaram por assentamento, terras "emprestadas", e hoje 87 índios, entre eles 38 crianças, vivem na Casa do Índio em Gurupi, a 250 quilômetros de Palmas.
Uma das lideranças, Argemiro Tapanan, contou que a vida dos Krahô-Kanela não tem sido fácil. "É um grande sofrimento", afirmou. Ele disse que durante dois anos não houve nascimentos. "Era tão triste que não nasceu nenhuma criança". Passaram também um tempo em frente às terras que já pertenceram a eles. "A gente só olhava".
Na casa em que vivem hoje passam por dificuldades, pois o local não tem estrutura adequada para abrigar a todos. "Há morcegos e muitos ratos", disse. Segundo Tapanan, os ratos já morderam moradores e comem a comida dos índios. No local, eles também não podem plantar ou caçar e vivem de cestas básicas e doações. O líder reclama ainda que as crianças não têm escola.
O sonho dos Krahô-Kanela é voltar às suas terras. Tentaram retornar para o antigo local, em Lagoa da Confusão, em junho deste ano, mas foram retirados por força de um mandado de reintegração de posse concedido pela Justiça Federal. "O que vemos é o clamor do pessoal, dos velhos, das crianças e até mesmo da gente como liderança, é que estamos presos como se estivéssemos sem solução. Porque a nossa solução é a lei, temos 27 anos que fomos expulsos e nunca mais tivemos de volta", afirmou. "Nós sabemos que a terra é nossa, nós sabemos que vivemos ali, sabemos que ali estão enterrados nossos antepassados", acrescentou.
Krahô-Kanela - Reunidos em Brasília desde a quarta-feira, lideranças indígenas buscam indenização por descaso das autoridades
Entre os 16 povos que foram a Brasília apresentar suas reivindicações ao Governo Federal, estão os Krahô-Kanela, do Tocantins. Há 27 anos, os 300 índios que viviam no local tiveram que deixar as suas terras, na Lagoa da Confunsão, que abrigam uma fazenda. Passaram por assentamento, terras "emprestadas", e hoje 87 índios, entre eles 38 crianças, vivem na Casa do Índio em Gurupi, a 250 quilômetros de Palmas.
Uma das lideranças, Argemiro Tapanan, contou que a vida dos Krahô-Kanela não tem sido fácil. "É um grande sofrimento", afirmou. Ele disse que durante dois anos não houve nascimentos. "Era tão triste que não nasceu nenhuma criança". Passaram também um tempo em frente às terras que já pertenceram a eles. "A gente só olhava".
Na casa em que vivem hoje passam por dificuldades, pois o local não tem estrutura adequada para abrigar a todos. "Há morcegos e muitos ratos", disse. Segundo Tapanan, os ratos já morderam moradores e comem a comida dos índios. No local, eles também não podem plantar ou caçar e vivem de cestas básicas e doações. O líder reclama ainda que as crianças não têm escola.
O sonho dos Krahô-Kanela é voltar às suas terras. Tentaram retornar para o antigo local, em Lagoa da Confusão, em junho deste ano, mas foram retirados por força de um mandado de reintegração de posse concedido pela Justiça Federal. "O que vemos é o clamor do pessoal, dos velhos, das crianças e até mesmo da gente como liderança, é que estamos presos como se estivéssemos sem solução. Porque a nossa solução é a lei, temos 27 anos que fomos expulsos e nunca mais tivemos de volta", afirmou. "Nós sabemos que a terra é nossa, nós sabemos que vivemos ali, sabemos que ali estão enterrados nossos antepassados", acrescentou.
Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.