De Pueblos Indígenas en Brasil
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Histórias de rir e de assustar é o primeiro livro em português dos índios Tuyuka
04/11/2004
Fonte: Site do ISA-Socioambiental.org-São Paulo-SP
Os Tuyuka que habitam o Alto Rio Tiquié, região do Alto Rio Negro, no noroeste Amazônico, começam a usar sua língua escrita para produzir sua própria literatura. A publicação que acaba de ser lançada - com o nome de Histórias Tuyuka de rir e de assustar -, é a tradução do original Kiti wederira tuohoarira, publicado em 2003, versão que circula nas comunidades indígenas da região, fortalecendo o uso da língua entre crianças e jovens.
Trata-se de uma coletânea de histórias contadas em reuniões, festas, visitas etc. Apesar de algumas serem assustadoras, o jeito como são contadas depois faz rir. Pela peculiaridade do humor, visão e contextos em que se passam, desconhecidos de crianças e adultos não-índios, o livro traz uma introdução e anotações finais que explicam as práticas, costumes, objetos, ambientes e aspectos da região.
A idéia da tradução do livro para o português é divulgar o trabalho desenvolvido pelos povos indígenas do Alto Rio Negro ao público leigo, não-índios, ONGs voltadas à educação indígena e não-indígena e aos interessados na literatura indígena. Além disso, é valorizar a cultura tuyuka e reverter os ganhos da venda da publicação à Associação Escola Indígena Utapinopona Tuyuka.
O povo indígena Tuyuka
São cerca de 500 pessoas no Brasil e 500 na Colômbia. Autodenominam-se Utapinopona (Filhos da Cobra de Pedra), e sua língua pertence à família linguística Tukano. Tuyuka é uma palavra de origem tupi (quer dizer barro, cerâmica) - usada pelos colonizadores para se referir a eles.
Desde 1920 há escolas de missionários salesianos na região, que apresenta alto índice de alfabetização entre os povos indígenas. Mas os missionários adotaram a estratégia oficial do governo brasileiro de integração dos índios à sociedade nacional, proibindo-os de usar suas línguas nas escolas.
A partir dos anos 1980, os índios das várias etnias da região se reuniram para criar um novo modelo de ensino que respeitasse sua identidade e interesses. A partir do ano 2000, cinco comunidades Tuyuka do Alto Rio Tiquié organizaram a Escola Indígena Utapinopona Tuyuka. Então, a formação das crianças e jovens passou a enfatizar o fortalecimento da cultura Tuyuka e a conscientizá-los sobre os problemas enfrentados pelas comunidades indígenas.
O que os tuyuka têm feito é pesquisar, discutir e escrever coletivamente vários temas de interesse e assuntos importantes para suas comunidades. Não existe um autor individual para cada caso contado ou escrito. Em cada história deste livro citamos um escritor, que não é um autor. E é citado o narrador de quem o escritor escutou a história, mas que não é, certamente, o único que sabe contá-la.
Histórias tuyuka de rir e de assustar está à venda no ISA em São Paulo, à Av. Higienópolis, 901 e na loja virtual do site www.socioambiental.org. Preço: R$ 30,00. Os relatos orais são característicos dessa etnia, que os transmitem de geração a geração há milênios e, portanto, fazem parte da bagagem cultural de todos na comunidade.
Trata-se de uma coletânea de histórias contadas em reuniões, festas, visitas etc. Apesar de algumas serem assustadoras, o jeito como são contadas depois faz rir. Pela peculiaridade do humor, visão e contextos em que se passam, desconhecidos de crianças e adultos não-índios, o livro traz uma introdução e anotações finais que explicam as práticas, costumes, objetos, ambientes e aspectos da região.
A idéia da tradução do livro para o português é divulgar o trabalho desenvolvido pelos povos indígenas do Alto Rio Negro ao público leigo, não-índios, ONGs voltadas à educação indígena e não-indígena e aos interessados na literatura indígena. Além disso, é valorizar a cultura tuyuka e reverter os ganhos da venda da publicação à Associação Escola Indígena Utapinopona Tuyuka.
O povo indígena Tuyuka
São cerca de 500 pessoas no Brasil e 500 na Colômbia. Autodenominam-se Utapinopona (Filhos da Cobra de Pedra), e sua língua pertence à família linguística Tukano. Tuyuka é uma palavra de origem tupi (quer dizer barro, cerâmica) - usada pelos colonizadores para se referir a eles.
Desde 1920 há escolas de missionários salesianos na região, que apresenta alto índice de alfabetização entre os povos indígenas. Mas os missionários adotaram a estratégia oficial do governo brasileiro de integração dos índios à sociedade nacional, proibindo-os de usar suas línguas nas escolas.
A partir dos anos 1980, os índios das várias etnias da região se reuniram para criar um novo modelo de ensino que respeitasse sua identidade e interesses. A partir do ano 2000, cinco comunidades Tuyuka do Alto Rio Tiquié organizaram a Escola Indígena Utapinopona Tuyuka. Então, a formação das crianças e jovens passou a enfatizar o fortalecimento da cultura Tuyuka e a conscientizá-los sobre os problemas enfrentados pelas comunidades indígenas.
O que os tuyuka têm feito é pesquisar, discutir e escrever coletivamente vários temas de interesse e assuntos importantes para suas comunidades. Não existe um autor individual para cada caso contado ou escrito. Em cada história deste livro citamos um escritor, que não é um autor. E é citado o narrador de quem o escritor escutou a história, mas que não é, certamente, o único que sabe contá-la.
Histórias tuyuka de rir e de assustar está à venda no ISA em São Paulo, à Av. Higienópolis, 901 e na loja virtual do site www.socioambiental.org. Preço: R$ 30,00. Os relatos orais são característicos dessa etnia, que os transmitem de geração a geração há milênios e, portanto, fazem parte da bagagem cultural de todos na comunidade.
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